1991: Um exemplo para a seleção argentina

1991: Um exemplo para a seleção argentina

Seleção comandada por Messi pode repetir em 2015 o que Caniggia e Batistuta fizeram 24 anos atrás

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Equipe da argentina que foi campeã no Chile (Foto: Reprodução)
Equipe da argentina que foi campeã no Chile (Foto: Reprodução)

Vice-campeã do mundo em 2014, a Argentina amarga um jejum de títulos de 22 anos sem levantar uma taça sequer. O pior de tudo é que ela sempre fica com a sensação do quase. Foi assim em 2004 e 2007, nos dois vice-campeonatos da Copa América diante do Brasil. Em 2005, na Copa das Confederações, também para o Brasil, e em 2014, na Copa, para a Alemanha.

Nem Lionel Messi, o maior jogador da atualidade, foi capaz de dar um troféu para sua nação. Os únicos títulos que conquistou foram duas medalhas de ouro em Jogos Olímpicos, o que é pouco para o seu futebol e para sua tradicional seleção.

Jogadores festejam após conquista do título (Foto: Reprodução)
Jogadores festejam após conquista do título (Foto: Reprodução)

Entretanto, um feito não tão longínquo pode servir de exemplo para nossos hermanos. Em 1991, a Argentina conquistou a Copa América pela 13ª vez, pondo fim a um jejum de nada menos que 32 anos sem conquistar a competição continental.

Com grandes nomes como os de Goycochea, Caniggia, Batistuta e Simeone, a Argentina, que já era bicampeã do mundo, faria uma campanha irretocável naquela edição da Copa América, realizada no Chile – curiosamente, palco da edição de 2015. Um ano antes, em 1990, a equipe havia perdido a decisão da Copa do Mundo de 1990 para a mesma Alemanha.

Na primeira fase, foi líder do Grupo A com quatro vitórias em quatro jogos, derrotando as seleções do Chile, Paraguai, Peru e Venezuela. A estreia foi diante da modesta seleção venezuelana, que acabou perdendo de 3 a 0, com Batistuta marcando dois gols e Caniggia o outro. Depois, vitória simples diante do Chile, 1 a 0 gol do artilheiro Batistuta. Para sacramentar a classificação, a Argentina goleou a seleção do Paraguai por 4 a 1, com Batistuta deixando mais uma vez sua marca. Na última rodada, vitória apertada sobre o Peru por 3 a 2.

Dona do melhor ataque da competição, a Argentina ia como favorita para o quadrangular final, uma vez que a edição de 91 seria a última a ser realizada sem a existência do mata-mata. Entretanto, nossos hermanos teriam que brigar pelo título com duras seleções. A do Brasil, atual campeã da América, Chile, país-sede e liderada por Zamorano, além da Colômbia, detentora do posto de melhor defesa da competição.

Logo na abertura da fase final, um clássico de tirar o fôlego contra o Brasil. Em noite inspirada do camisa 8 Franco, que marcaria dois gols na partida, a Argentina derrotaria o Brasil por 3 a 2, com Batistuta sacramentando a vitória e confusão no final da partida, para não perder o costume.

No segundo jogo, a Argentina acabaria empatando em 0 a 0 com o Chile, o qual havia vencido na primeira fase da competição. No outro jogo, entre Brasil e Colômbia, a seleção brasileira venceria a colombiana, fazendo com que a decisão do título ficasse para a última rodada.

Desta maneira, a Argentina encararia a Colômbia dependendo apenas de si, uma vez que tinha quatro pontos conquistados, enquanto o Brasil apenas três. Ambas as seleções fizeram sua parte. O Brasil derrotou o Chile por 2 a 0, e a Argentina por 2 a 1 a ColÔmbia, com Batistuta e Simeone como autores dos gols.

Gabriel Batistuta, um dos maiores centroavantes da época, ficaria com o posto de artilheiro do torneio, marcando seis gols, o que contribuiu para que a seleção argentina ficasse também com o posto de melhor ataque da competição.

Simeone, um dos craques daquela época, com a cobiçada taça (Foto: Reprodução)
Simeone, um dos craques daquela época, com a cobiçada taça (Foto: Reprodução)

Que isto sirva de lição para Lionel Messi, Dí Maria, Aguero e companhia, e que esta brilhante e talentosa geração argentina acabe com um jejum de títulos que não se resume apenas à Copa América, mas sim todas as competições as quais nossos hermanos têm disputado e batido na trave. A missão será espinhosa, mas nada é impossível para quem tem um gênio ao seu lado e a chance de reescrever a história, mais uma vez, no Chile.

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