Os líderes de estatística do Brasileirão 2018

Os líderes de estatística do Brasileirão 2018

Aproveitamento de passes, bolas aéreas, dribles, chutes e até interceptações: saiba quem se destacou (ou não) nos números do Brasileirão de 2018.

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Chegamos ao fim de mais um Campeonato Brasileiro, e como já é tradição aqui no Alambrado (2016, 2017), é hora de reunir os principais dados estatísticos da Série A nacional. Vale a pena comparar com os números anteriores para observar a evolução/regularidade de alguns jogadores.

Os dados foram retirados do site WhoScored, e os critérios de desempate são: menor número de jogos para estatísticas totais, maior número de jogos para médias por jogo. Há também um número mínimo de jogos para que os atletas entrem na conta, que é a média de minutos jogados por cada atleta na competição. Confira:

Ataque

1-aproveitamento_passes

Predominam na lista os jogadores de defesa ou cabeças-de-área, cujos passes são menos arriscados que os dos jogadores mais avançados. Algo natural, mas que evidencia a falta de repertório ofensivo dos times brasileiros: o detestável toca-toca entre zagueiros, laterais e volantes, sem muita objetividade.

2-assistencias_totais

Líder no quesito, Dudu obteve nada menos que o dobro do segundo colocado, Yimmi Chará. O atacante palmeirense é, definitivamente, o maior garçom da liga brasileira na atualidade. Sua regularidade vem de anos anteriores.

Destaque também para De Arrascaeta e Luan, atletas com baixo número de jogos, mas elevado número de assistências.

4-keypasses

O scout engloba assistências e passes que resultaram em finalização. Luan lidera com folga, Dudu e De Arrascaeta figuram na lista, assim como os veteranos Diego e Jadson.

Leo Valencia mostra novamente porque é um dos mais subestimados jogadores do último Brasileirão. O chileno aparece em três top-10 selecionados pelo Alambrado.

3-chutesagol

Everton, destaque do Grêmio na temporada, não tem medo de arriscar. Sua média elevada é bastante superior a de artilheiros como Gabriel e Ricardo Oliveira, embora os dois principais goleadores do torneio ainda assim figurem entre os dez jogadores que mais chutaram a gol a cada jogo.

5-dribles

Everton novamente dribla seus rivais, com uma média bem alta. Para efeito de comparação, o líder no quesito do Brasileirão passado foi Hernanes, então no São Paulo, com uma média de 2.7 e vários jogos a menos – o veterano chegou na metade da temporada.

6-faltassofridas

Dudu e Romero cada vez mais se consolidam como os jogadores menos populares entre a boleiragem brasileira. Muito por maldade dos defensores, muito também por simulações. A sorte de Dudu, no entanto, é que na próxima temporada seus adversários terão que dividir as bordoadas com Zé Rafael, caso continue no Palmeiras.

7-possesperdidas

O fato de Everton não constar nesta lista é bastante significativo, já que é o maior driblador do futebol brasileiro. Ou seja, seus dribles são bastante efetivos.Não podemos dizer o mesmo de Luan, Zé Rafael e Patrick.

Defesa

8-desarmes

Se dependesse dos números, Marcos Rocha seria considerado o melhor lateral direito do Brasileirão, e não seu companheiro Mayke. O veterano lidera não apenas os desarmes, como também as interceptações, como verá logo abaixo.

Destaque também para Cuellár, com um número que justifica sua tardia afirmação no Flamengo em 2018.

9-interceptações

Aqui o destaque é o Inter: três de seus jogadores no top 10 de interceptações de passe. Isso mostra o forte desempenho coletivo da defesa colorada ao longo do ano, talvez o grande pilar da equipe de Odair Hellmann.

11-cortes

A maior parte dos representantes estavam em times que brigaram contra o rebaixamento em 2018, aparentemente tentando se livrar da degola na base do chutão. Deu certo para alguns, para outros não. O melhor exemplo é o Botafogo, nono colocado no torneio, sem que a sua dupla de zaga fizesse cerimônia na hora de afastar o perigo.

12-chutesbloqueados

A raça mostrada pelo Ceará na segunda metade do Brasileirão está representada por Luiz Otávio e Valdo, que no mínimo salvavam uma vez seu time de uma chance perigosa a cada jogo. Lisca Doido sabe motivar o seu time.

10-faltascometidas

O Bahia foi um dos times mais faltosos no torneio, com três jogadores com média elevada de faltas. A estratégia de Enderson parece clara: perdeu a bola ou foi driblado? Faça a falta.

13-driblessofridos

Muito dos principais desarmadores do Brasileirão também estão entre os que mais são driblados. O que é natural, já que isso significa que esses atletas se arriscam mais na hora de tentar recuperar a bola. Valeria a pena um índice de eficiência mesclando as duas categorias. Isso se já não existir nos scouts mais avançados.

14-bolasaereas

Aqui está a prova de que nem sempre dá para acreditar nos números. Danilo Avelar lidera não porque é eficiente na bola parada defensiva ou ofensiva, mas porque Cássio costumava cobrar tiro de meta em sua direção, aproveitando seu 1,85m de altura. Foi a solução encontrada pela comissão técnica, já que a equipe entrava em campo sem jogadores altos do meio pra frente, na maioria dos jogos.

O mesmo vale para Diego Souza e Kieza, embora em menor grau.

15-defesas

Beneficiado pela convocação de Cássio para a Copa do Mundo, Walter manteve uma média altíssima de defesas por jogo e definitivamente aproveitou a oportunidade, mostrando que o Corinthians é um dos poucos clubes que pode se gabar de ter dois bons goleiros.

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