Guia do Sul-Americano Sub-17 de 2019 – Grupo A

Guia do Sul-Americano Sub-17 de 2019 – Grupo A

Confira os destaques do Grupo A do Sul-Americano que acontece no Peru

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Chegou a hora de dar a largada para o maior torneio sub-17 do continente. O Sul-Americano da categoria começa nesta semana, no Peru, e o Alambrado entra em campo mais uma vez para te deixar por dentro sobre os possíveis destaques da competição, que tem o Brasil tentando seu 13º título e a manutenção de sua hegemonia regional.

Nesta primeira parte do Guia, falaremos sobre o Grupo A, que conta com os donos da casa. Confira:

Peru

Ruiz (10) é um dos destaques dos donos da casa (Foto: Divulgação)
Ruiz (10) é um dos destaques dos donos da casa (Foto: Divulgação)

O Peru tinha a vaga para o Mundial Sub-17 garantida por ser o anfitrião do torneio, mas por conta da mudança de sede, vai ter que lutar por uma vaga no Sul-Americano. E para isso, a maior esperança é um jovem que atuará no país pela primeira vez. Alessandro Burlamaqui, meia do Espanyol-ESP, nasceu no Peru mas mora na Espanha desde que tinha um ano. Mesmo assim, é um dos maiores talentos da seleção dona da casa.

Por ser praticamente um “estrangeiro”, Burlamaqui terá que se esforçar para cavar uma vaga no setor, que conta ainda com outro jovem que pode se destacar: O rápido e habilidoso Yuriel Celi, da Academia Cantolao, time especializado na formação de jogadores para municiar os grandes do país.

Também é de lá que vem o bom zagueiro Carlos Montoya, jogador de 16 anos que tem chamado atenção pela maturidade e segurança. É um dos pilares do setor defensivo, que conta ainda com o bom lateral-direito Kluiverth Aguilar, do Sporting Cristal. Em um grupo equilibrado e sem seleções “gigantes”, a defesa sólida pode ser uma arma importante para não perder pontos no caminho rumo à segunda fase.

No entanto, os peruanos também sabem que a torcida pressionará pelos gols, e no setor de ataque o time treinado por Carlos Silvestri tem uma arma importante: O baixinho e camisa 10 Carlos Ruiz. Inteligente, com mobilidade e versatilidade impressionantes, Ruiz se destacou pela seleção sub-15 e agora faz parte do profissional do Sporting Cristal. Incansável, o atacante é chave para o desempenho dos anfitriões.

Chile

Repetir o vice-campeonato de 2017, quando foi sede, será muito difícil para o Chile. Porém, o grupo tranquilo pode ajudar a seleção a protagonizar bons momentos no torneio.

No meio-campo, Vicente Pizarro deve ser o comandante. Bom volante e dono de excelente passe, pode atuar também adiantado. Tem na finalização e bola parada algumas das suas armas, lembrando Aranguiz. Chegou a fazer golaço na última edição do Sul-Americano Sub-15.

No ataque, a dupla formada por dois jogadores da Universidad Católica deve fazer a diferença. Alex Aravena e Tapia têm grande entrosamento. O primeiro mais técnico e de bom passe. O segundo é melhor atuando pelas pontas e é bom cobrador de faltas.

Na posição de centroavante, Cesar Diaz pinta como o grande jogador no momento decisivo. O atleta da Union Española é goleador e deve ser o finalizador que vai ajudar os chilenos a tentar conquistar uma vaga para o Mundial.

Equador

O Equador vem forte na base. Campeão pela primeira vez do Sul-Americano Sub-20 neste ano, o título sub-17 também parece possível, por que não? E a receita é parecida: quase metade do grupo atua no Independiente Del Valle.

Além da qualidade da formação do país e das qualidades individuais dos atletas, ainda há o entrosamento. Para repetir o terceiro lugar de 2015, Edwin Valencia, da LDU, pinta como o centroavante. Já observado pelo Barcelona, tem velocidade e boa finalização.

Ao lado dele, o camisa 10 Johan Mina, do Emelec, é o jogador capaz de decidir sozinho. Também forte fisicamente, tem técnica, arranque e boa finalização. Fez excelente Sul-Americano Sub-15, em 2015.

Do forte Independiente Del Valle, desponta como destaque o atacante Adrian Mejia. Podendo atuar mais aberto ou centralizado, é outro jogador de finalização forte e muito poder dentro da área. Consegue unir velocidade e força para trazer bons resultados para mais uma interessante seleção equatoriana na base.

Venezuela

Já não é de hoje que os venezuelanos mostram seu crescimento no futebol. E o Sul-Americano do Peru pode ser mais uma chance de mostrar que a curva de evolução permanece em alta.

O primeiro destaque do time é justamente o primeiro na escalação. Ágil e com forte espírito de liderança, o goleiro Jesus Vega é uma das maiores esperanças da equipe, e busca repetir o caminho de sucesso trilhado por Wilker Fariñez, titular da seleção principal atualmente.

No meio, o volante Clyde Garcia, do Deportivo La Guaira, é uma válvula de escape interessante, mostrando boa saída para o jogo e presença dentro da área, sem perder o poder de marcação. O setor também conta com os versáteis Yorlen Cordero e Darluis Paz, que podem desequilibrar com sua movimentação.

No ataque, a referência é o camisa nove Daniel Pérez. Centroavante esguio mas com ótima presença de área, incomoda os adversários no jogo aéreo e consegue preparar as jogadas para os meias que chegam de trás. A Vinotinto ainda tem uma boa opção na reserva, com a habilidade do canhotinho Matias Lacava, que atua na base do Benfica.

Bolívia

A Bolívia não consegue a classificação para um Mundial da categoria desde 1987, e nas últimas quatro edições do torneio não conseguiu nem mesmo superar a primeira fase. Agora, em um grupo mais acessível por conta da ausência dos grandes campeões, os bolivianos têm motivos para sonhar com um desempenho mais digno.

Para isso, contam com um talento praticamente tupiniquim. Com dupla nacionalidade, o meia Robson Tomé, do Palmeiras, optou por defender a seleção boliviana, e será o cérebro da equipe no Sul-Americano. Inteligente e criativo, Tomé já chegou a disputar partidas pelo sub-20, mesmo tendo apenas 16 anos.

A segurança do central Leonardo Zabala também é um fator considerado essencial para que a Bolívia consiga aspirar a voos mais altos no torneio. Capitão desde as categorias inferiores, Zabala conta com a confiança do restante do grupo para liderar o setor defensivo, e também pode ser uma arma importante no jogo aéreo.

Para o ataque, os bolivianos botam muita esperança no garoto José Flores, de apenas 15 anos, tratado como uma joia a ser lapidada. A falta de experiência, no entanto, pode acabar pesando. Pablo Vaca, titular da seleção sub-15 no Sul-Americano de 2017, também é uma alternativa interessante no setor.

 

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