Após 47 anos, Rampla Juniors garante vaga sul-americana e mira Libertadores

Após 47 anos, Rampla Juniors garante vaga sul-americana e mira Libertadores

Clube uruguaio assegurou vaga na próxima edição da Copa Sul-Americana, mas sonha ainda mais alto

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Rampla conquistou a vaga depois de um longo tempo fora do cenário internacional
Rampla conquistou a vaga depois de um longo tempo fora do cenário internacional

Um virtuoso passado graças ao qual já foi tido como o “terceiro grande” do futebol uruguaio, lá nos idos do século XX, e um dessaboroso presente sem muitas glórias, incluindo dois rebaixamentos nos últimos cinco anos. Mas, apesar das dificuldades contemporâneas, o Rampla Juniors está sacudindo a poeira e dando a volta por cima.

Recém-promovido à elite nacional com o título da segunda divisão, logrado na temporada de 2015/16 sob o comando técnico de Gabriel Añon, o “Picapiedras” realizou uma façanha histórica: voltou a se classificar para um certame continental, algo que só havia ocorrido uma única vez, em 1970, na extinta Recopa Sul-Americana, da qual já falamos aqui.

Na ocasião, o Rampla Juniors obteve a vaga por mérito da bem-sucedida campanha no Torneio de Copa, realizado no ano anterior em iniciativa única da Associação Uruguaia de Futebol (AUF) para integrar as equipes da primeira e segunda divisões. A taça veio com um 3 a 1 sobre o Danubio, após ter deixado pelo caminho o poderoso Nacional.

Seu desempenho, contudo, não teve o mesmo brilho naquela Recopa, que depois seria chamada de Copa Ganhadores de Copa para não haver confusão com o torneio homônimo disputado na atualidade: somente um ponto em quatro jogos e a lanterna do grupo, com derrotas para Unión Española-CHI (1×0), Mariscal Santa Cruz-BOL (4×1) e Atlanta-ARG (2×0), além de um empate contra o Deportivo Municipal-PER (1×1).

Hoje treinado por Luis López, que substituiu Fernando Araújo já nas rodadas finais, o Picapiedras ocupa o sétimo lugar da tabela anual, dentro da zona de classificação para a Copa Sul-Americana. Até aqui, soma 50 pontos com 13 vitórias, 11 empates e 12 derrotas, com 42 gols feitos e 49 sofridos. Destaque para Alex Silva, autor de 11 tentos.

O que é bom pode tornar-se ainda melhor. Matematicamente assegurado na próxima edição da Sul-Americana, o Rampla também alimenta o sonho de disputar a Libertadores da América. Para conquistar a última vaga – as outras foram garantidas por Defensor (86), Peñarol (83) e Nacional (83) -, o time precisa de uma combinação de resultados.

Em primeiro lugar, é necessário vencer o clássico sobre o Cerro na última rodada, em casa, no Estádio Olímpico de Montevidéu, marcado para 2 de dezembro. O rival também contabiliza 50 pontos. Em segundo, torcer contra Boston River e Wanderers, que têm 52 unidades e visitam, respectivamente, Danubio e Juventud de Las Piedras.

Os tropeços desanimam. Nos últimos três jogos, duas derrotas – 1 a 0 para o Wanderers, como visitante, e 2 a 0 para o Nacional, como mandante – e um empate fora de casa diante do Fénix (1 a 1). Por sua vez, o Cerro vem de goleada sofrida para o Peñarol (4 a 0). Já o Boston, fez 3 a 1 no Juventud, e o Wanderers, 1×0 no Sud América.

Situação difícil, mas nada impossível para quem carrega no peito uma história centenária e luta cotidianamente contra os prognósticos negativos.

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