O Haiti é um dos países mais pobres do mundo. O quadro se agravou após um terremoto que devastou completamente a capital Porto Príncipe, em 2010. Uma situação que comoveu o mundo e escancarou problemas de natureza estrutural.
Porém, ao mesmo tempo em que se notam dificuldades para retomar um rumo minimamente saudável para a sua população, a seleção nacional coleciona bons resultados e demonstra evolução significativa nos últimos anos.
Na edição 2015 da Copa Ouro, disputada neste mês de julho, os haitianos buscam voltar às quartas de final do torneio e repetir o seu melhor desempenho na história. A classificação para o torneio veio na Copa do Caribe do ano passado, quando a equipe alcançou o terceiro posto.
A geração é uma das melhores dos últimos tempos e conta com a maioria dos atletas jogando na Europa. Apenas o terceiro goleiro atua no futebol local, mais precisamente no América. O arqueiro titular, Johnny Placide, defende o francês Stade de Reims.
Todavia, o grande destaque dos haitianos está no ataque. Jean-Eudes Maurice, 29 anos, é o grande jogador da equipe. Com nove gols marcados em 23 partidas com a seleção nacional, o atleta se destaca pela capacidade de fazer gols e pela força física. Ex-promessa do Paris Saint-Germain, atua hoje no Ermis Aradippou, do Chipre.
Ele fez parte da equipe que surpreendeu o mundo em 2013. Em amistosos pré-Copa das Confederações, os haitianos enfrentaram as potências Espanha e França. E não fizeram feio. Contra os espanhóis, derrota por apenas 2 a 1. Já a Azzurra sentiu a força dos bicolores: empate por 2 a 2 em solo carioca.
Nos últimos 12 duelos encarados pela seleção, foram apenas três derrotas. No último amistoso preparatório, empate contra a China. Foram 17 gols nesses 12 jogos, prova da força do ataque dos comandados de Marc Collat.
Na atual competição, foram duas partidas e a equipe acumula um ponto, proveniente do empate diante do Panamá. Na última sexta-feira (10), uma derrota doída para os norte-americanos. Em uma partida equilibrada, Dempsey decidiu para os anfitriões.
Na última rodada, o Haiti enfrenta o Panamá em busca de uma classificação que viria para alentar os corações dos haitianos. Maurice, Guerrier e Milien estão prontos para alcançar a proeza.
