A segunda parte do guia do Europeu Sub-17 mostrará as equipes dos grupos C e D. A chave D, inclusive, já foi colocada como o “o grupo da morte” pelo nível das seleções que disputam as vagas.
O Alambrado mostra para você as principais qualidades das seleções e os potenciais craques do torneio. Confira aqui!
Grupo C
França
Atual campeã e três vezes no lugar mais alto do pódio, os franceses sempre entram como favoritos em competições de base. Ainda mais quando as seleções estão indo bem. A geração /99 da França promete não decepcionar.
Para isso, conta novamente com um poder ofensivo alto. Yassine Fortune, do Arsenal, pode ser o que Edouard foi na campanha 2016. Dono de grande habilidade e boa finalização, deve liderar tecnicamente a equipe.
Se nas eliminatórias os franceses se saíram bem, muito se deve a Erwin Taha, centroavante do Bordeaux, que marcou três gols e foi o artilheiro do time. Para fechar o ótimo poderio ofensivo, Hakim El Mokeddem, promessa do Toulouse.
No meio-campo, Antoine Bernede, do PSG, faz o setor funcionar. Entre os zagueiros, Dan Axel Zagadou, também da equipe parisiense, se destaca pela imposição e liderança. O treinador Bernard Diomède confia muito nele.
Dinamarca
A briga para ser a terceira força da chave será grande. Para avançar de fase, as chances são pequenas, mas elas existem. Ainda mais pela presença da promessa Jens Odgaard, grande esperança do país.
O atacante do Lyngby já tem sete gols em 14 partidas pela seleção – o artilheiro desta geração. Jogador de boa técnica, já estreou pelos profissionais, inclusive marcando gols. Ele espera repetir Fischer, quem em 2011 comandou o time até as semifinais da competição.
E para fazer companhia à estrela, Jeppe Okkels, do Silkeborg, também promete gols. São quatro em 12 partidas pela seleção.
Outros atletas que podem se destacar na campanha são o atacante Sebastian Buch, do Midtjylland, e o zagueiro Luka Racic, do Copenhagen. Ambos têm a aprovação do técnico Jan Michaelsen, que quer uma equipe sólida como na fase de classificação, com apenas cinco gols sofridos em seis partidas.
Inglaterra
Dizem que a Inglaterra sempre vai como favorita às competições e sempre decepciona. No geral, realmente esse vem sendo o roteiro dos ingleses nas últimas competições. E isso, muitas vezes, é visto na base.
Mas em menor escala. Principalmente no Europeu Sub-17. Com dois títulos nos últimos seis anos, em 2010 e 2014, as categorias de base da Inglaterra vêm formando cada vez mais jogadores de alto nível. A geração /99 se mostra uma das mais fortes dos últimos anos.
Porém, um grande desfalque, de última hora, deixa a confiança mais abalada. Jonathan Leko, atacante do West Brom e com partidas pelo profissional, não foi liberado pelo clube e não estará na competição. Ele seria um dos líderes da seleção que está invicta na competição.
Com isso, as esperanças recaem totalmente em Reiss Nelson. Um dos jogadores mais habilidosos que surgiram no Arsenal recentemente, busca manter a boa fase: são seis gols até agora, vice-artilheiro do torneio. Apoiado pelos ótimos coadjuvantes Andre Dozzell, que fez gol como profissional do Ipswich Town já, Samuel Shashoua, do Tottenham, e Mason Mount, do Chelsea, a expectativa é de mais uma grande campanha dos comandados de Steven Cooper.
Suécia
Mais uma seleção que sentirá falta de um jogador. Aliás, do astro do time. Alexander Isak, promessa do AIK Solna, Ele seria o grande diferencial da equipe do ótimo técnico Magnus Wikman.
Apesar da campanha com altos e baixos na fase de classificação, a Suécia é uma equipe legal de ver jogar. Com jogadores rápidos e técnicos, a seleção tenta surpreender como em 2013, quando chegou às semifinais.
Contará, por exemplo, com o artilheiro Joel Asoro, do Sunderland, que tem 12 gols em 17 partidas pela seleção. Ao lado de Asoro, Teddy Bergqvist, do Malmo, também faz gols. São 11 com a camisa sueca.
No meio-campo, a segurança é de Joseph Colley, capitão e atleta do Chelsea. Volante de muita técnica e força física, é o jogador que defende e ataca com intensidade sempre.
Grupo D
Itália
O crescimento da importância das categorias de base da Itália vem aumentando nos últimos anos. Buscando reviver os momentos épicos. E 34 anos depois, os italianos querem o título do Europeu Sub-17.
E a geração /99 vem, literalmente, forte para Isso. A dupla de ataque, Gianluca Scamacca, do PSV, e Moise Kean, da Juventus, é a de maior força física da competição. Scamacca tem 1,99cm e muita qualidade técnica.
Moise Kean, de “somente” 1,82cm, tem quatro gols em seis jogos pela seleção sub-17. Tem muito talento e é a esperança da Juventus.
Davide Frattesi, meio-campista da Roma, é a qualidade nos passes para armar jogadas para os dois atacantes. Entre os defensores, Luca Pellegrini talvez seja o grande destaque. Lateral-esquerdo de muita qualidade técnica, é a promessa da Roma. O técnico Alessandro Dal Canto é a esperança para acabar o jejum.
Sérvia
O Elite Round da Sérvia foi perfeito. Os nove pontos credenciam a equipe a brigar pela vaga mesmo em uma grupo tão complicado. E o técnico Ilija Stolica tem uma missão importante: levar à seleção ao título inédito.
Stefan Ilic, do OFK Beograd, é o grande talento da geração – e um dos maiores da Europa. Com velocidade, técnica e boa finalização, parece ser um atacante completo para a atual categoria.
Djordje Jovanovic, do Partizan, e Dejan Joveljic, do Estrela Vermelha, completam o setor ofensivo que promete muita velocidade e movimentação.
Julijan Popović, do Bayer Leverkusen, é o líder da defesa. Muito forte fisicamente, é a esperança para comandar o setor e evitar que o setor seja vazado como na primeira fase de qualificação.
Holanda
Tecnicamente, talvez a grande seleção do “grupo da morte”. No ataque, o técnico Kees van Wonderen pode jogar a camisa para cima e quem pegar pode jogar. É muita qualidade no setor ofensivo.
Justin Kluivert e Ché Nunnely, do Ajax, o artilheiro Dylan Vente e Tahith Chong, do Feyenoord, e Donyell Malen, do Arsenal, apresentam um repertório gigantesco de dribles e gols.
Porém, falta emplacar grandes resultados. Talvez a grande necessidade seja melhorar o meio-campo. Lá, apenas Leandro Fernandes, do PSV, é unanimidade para a competição.
Na defesa, Matthijs de Ligt, do Ajax, é o líder. O capitão espera esperar levantar o terceiro troféu da história, o terceiro em cinco anos – em 2011 e 2012 a Holanda foi campeã.
Espanha
O treinador Santiago Denia tem responsabilidade grande neste ano: levar o maior vencedor da história novamente ao título, algo que não acontece há oito anos, desde a edição 2008.
A Espanha ainda segue com o modelo de toque de bola, mas com jogadores bem agudos. Além de contar com uma ótima defesa. Levou apenas um gol em toda a competição – a melhor defesa do torneio.
Boa parte disso se deve a Oriol Busquets, volante do Barcelona. Marcador de bom nível, ataca da mesma maneira. Com a bola nos pés, é muito bom. É o grande líder da equipe, principalmente pela força técnica.
No ataque, Iván Martín, do Villareal, Abel Ruiz, do Barcelona, Francisco Garcia, do Real Madrid, e Brahim Díaz, do Manchester City, são as esperanças para aumentar os gols da equipe. Todos com muita qualidade técnica para fazer a diferença.