Romário, Ronaldo, Careca, Vavá, Reinaldo, Roberto Dinamite… o futebol brasileiro sempre foi próspero em revelar grandes jogadores especialistas na arte da definição de jogadas.
Excelentes centroavantes, que conseguiam, em lances de oportunismo como um leve toque de bico ou uma cabeçada em meio aos zagueiros, decidir partidas importantes para suas equipes.
Jogadores que aliavam a técnica com um instinto matador, de não desistir de uma jogada e acreditar em falhas improváveis da defesa adversária.
No entanto, em algum momento o Brasil parece ter perdido essa tendência de revelar grandes centroavantes. Algumas razões podem ser especuladas, como a mudança no padrão do futebol praticado no país, mas o fato é claro: já não se fazem camisas 9 como antigamente.
Exemplo claro pode ser visto na atual edição do Campeonato Brasileiro, onde os principais nomes da posição já são veteranos (como Fred, Luis Fabiano e Ricardo Oliveira), e outros destaques vêm de fora (como o argentino Lucas Pratto e o peruano Paolo Guerero).
A escassez chega até mesmo na Seleção Brasileira, que encontra dificuldades para achar o parceiro ideal de Neymar no ataque. Luiz Adriano, Roberto Firmino, até o esquema com o tal “falso 9” é cogitado para suprir essa carência.
O chamado “homem-gol” parece ser artigo cada vez mais raro entre as nossas equipes, o que traz à tona um sentimento nostálgico, de uma época em que cada time grande parecia ter ao menos um matador em seu elenco.
Na década de 1990, por exemplo, a fartura na posição era tanta que alguns centroavantes que se tornaram ídolos de suas respectivas equipes jamais chegaram a disputar uma Copa do Mundo, muito por conta da alta concorrência.
Nomes que hoje em dia são considerados folclóricos e acabam até sendo subestimados, mas que dentro da área cumpriam suas funções com maestria.
Relembre alguns centroavantes dessa época que talvez tivessem mais sorte com a amarelinha caso atuassem nos dias de hoje: