Apostando em argentinos, América tenta quebrar “maldição” em Mundiais

Apostando em argentinos, América tenta quebrar “maldição” em Mundiais

Comandado por Ignacio Ambríz, time mexicano estreia diante do Guangzhou Evergrande no domingo (13)

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A comemoração do título da Concachampions, que deu vaga para o Mundial (Foto: Divulgação/Concacaf)
A comemoração do título da Concachampions, que deu vaga para o Mundial (Foto: Divulgação/Concacaf)

O clima que envolve o América às vésperas de sua mais nova jornada mundialista não é o mais agradável possível. No passado domingo (6), a equipe orientada pelo técnico Ignacio Ambríz amargou uma dura queda na semifinal do Torneo Apertura, quando visitou o Pumas e ficou a um gol de reverter a derrota por 3 a 0 em casa.

Entretanto, faltaram-lhe tempo e jogadores – nunca vontade – para operar o milagroso 4 a 1 que garantiria sua vaga na decisão. Ressalte-se que houve dois jogadores expulsos no segundo tempo e o terceiro gol foi marcado a poucos minutos do apito final.

A frustrante eliminação e os sete reveses acumulados na fase regular do torneio nacional tiveram de ser rapidamente superados, pois o conjunto já embarcou rumo a terras orientais com a esperança de concretizar a melhor participação mexicana na história do Mundial de Clubes da FIFA, que será disputado entre 10 e 20 de dezembro, no Japão.

Vale lembrar que um time do país azteca nunca esteve entre os finalistas do certame. O melhor desempenho foi obtido por Necaxa (2000) e Monterrey (2006), com o terceiro lugar. Na edição de 2006, o América ficou na quarta posição, após vencer o Jeonbuk-KOR (1 a 0), perder para Barcelona (4 a 0) e Al-Ahly-EGY (2 a 1), respectivamente.

Como o futebol costuma dar grandes oportunidades de revanche, ainda que esta seja uma das mais improváveis, as Águias podem reencontrar o poderoso time catalão em outra semifinal, no dia 17, em Yokohama. Antes, contudo, precisam enfrentar o Guangzhou Evergrande, que tem Felipão como técnico e uma legião de brasileiros a seu dispor.

Para essa difícil tarefa, que terá como palco o Estádio Nagai, em Osaka, no próximo domingo (13), o América possui as habilidades do meia argentino Rubens Sambueza e o faro goleador de seu compatriota Darío Benedetto, artilharia da Liga dos Campeões da CONCACAF ao lado de Peralta, seu parceiro no setor ofensivo, ambos com sete gols.

Por outro lado, o time mexicano perdeu o meia Javier Güémez, que fraturou a tíbia durante a último jogo contra o Pumas, e o atacante Adrián Marín, que se machucou em uma partida defendendo o segundo time do América. Eles foram substituídos por Gil Burón e Martín Zuñiga na lista de 23 convocados para a competição.

Apesar das dificuldades que irrompem a trajetória das Águias, que parecem destinadas a carregar a indigesta maldição de seus conterrâneos de nunca sentir a glória da Copa Libertadores ou do Mundial, o experiente capitão Sambueza, de 31 anos, formado na base do River Plate, confia em boas apresentações e sonha, naturalmente, com o título.

A oportunidade de encontrar seu clube de juventude em uma eventual disputa pela taça lhe soa quase tão especial quanto o desafio de medir forças com a trinca sul-americana formada por Messi, Suárez e Neymar, conforme sua entrevista ao site da FIFA. Antes, Sambueza sabe que a cabeça precisa estar focada no Guangzhou Evergrande.

O momento, repito, não é dos mais positivos. Segundo um dia raciocinou o filósofo, – aqui não tenho a intenção de ser referência em autoajuda – da adversidade se pode extrair o estímulo necessário para alcançar o êxito. Mas apenas a lição de como reagir bem em situações de sofrimento não bastará para o América.

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