Companheiro de longa data de repetidos insucessos, o Gimnasia y Esgrima está próximo de encerrar um incômodo jejum sem títulos. Na última quarta-feira (28), os Lobos bateram o River Plate nos pênaltis, em Mar del Plata, após empate por 2×2, e avançaram pela primeira vez à final da Copa Argentina, onde enfrentarão o Rosario Central. O jogo será realizado na próxima quinta (6), no Estádio Malvinas Argentinas, em Mendoza.
Classificados após vitória sobre o Temperley, os “canallas” ainda perseguem o troféu inédito depois de amargarem três vices em cinco anos. Já o Gimnasia, terá pela frente mais do que seu próprio jejum e um adversário sedento: precisará também quebrar a maldição que assombra os algozes de River e Boca Juniors no mesmo torneio.
Antes do quadro de La Plata, realizaram essa façanha justamente seu arquirrival, o Estudiantes, na Copa de Honor de 1913, e o Independiente del Valle, na Copa Libertadores de 2016. Ambos eliminaram “millonarios” e “xeneizes” nas oitavas e na semifinal, enquanto os Lobos inverteram a ordem. Nenhum deles, porém, foi campeão.
Buscando romper essa escrita, o Gimnasia deposita suas esperanças em um velho conhecido: o técnico Pedro Troglio, 53, que retornou em abril deste ano para sua terceira passagem no clube. À frente do branco e azul marinho dos “triperos”, ele foi vice-campeão argentino, além de tê-los conduzido a uma Libertadores e duas Sul-Americanas.
Embora não sejam êxitos, em geral, dignos de grande repercussão, deve-se levar em conta o breve histórico internacional do clube e a escassez de troféus em sua galeria: até hoje foram obtidos dois deles, o primeiro em 1929, durante o amadorismo no país, e o segundo em 1993, em uma copa organizada pela AFA no centenário da entidade.
Dada a trajetória bem-sucedida da parte alvirrubra da cidade, torna-se inevitável a comparação com o Estudiantes em termos de títulos – jamais de paixão. Ainda que haja essa diferença significativa diferença, as glórias não surgem da noite para o dia. É necessário antes vencer os desafios do momento para só depois projetar voos mais altos.
Nesse cenário, o time de Pedro Troglio, a despeito da frágil campanha na Superliga, está há cinco jogos invicto na Copa Argentina e agora precisa superar o Rosario Central, que vive momento semelhante ao dos Lobos: não vence uma taça desde a Copa Conmebol de 1995, está no meio da tabela da Superliga e ainda não perdeu na Copa em questão.
Do lado rosarino, destaca-se a figura do atacante Germán Herrera, autor de quatro gols, seguido pelo homólogo Fernando Zampedri, com três. Do lado platense, cinco jogadores diferentes balançaram a rede, sendo o atacante Jan Hurtado o único que fez pelo menos dois gols. Enfim, será um duelo que reserva muita emoção e avidez pelo grito redentor.