A fonte da Croácia não secou: os potenciais craques da seleção

A fonte da Croácia não secou: os potenciais craques da seleção

Vários jogadores aparecem para substituir a geração que deu ao país o melhor resultado em Copas do Mundo

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Uma das maiores surpresas das Copas recentes, a Croácia voltou da Rússia com o vice-campeonato na bagagem para o país. Com uma geração liderada por Modric e diversos destaques do futebol europeu, a preocupação agora é outra: como será a passagem de safra? Para entender melhor o tema, é preciso conhecer a base do Dínamo Zagreb.

O clube da capital foi responsável por desenvolver quase metade do elenco da campanha em questão, além de ser representado nas equipes nacionais de base desde as categorias mais inferiores. No Mundial Sub-17 de 2015, em que a forte geração croata chegou às quartas de final, por exemplo, 12 dos 21 jogadores atuavam nos “Azuis”.

Com foco no desenvolvimento de uma região rica em talentos e tradição em formar grandes nomes, o Dínamo possui um trabalho espetacular – lembre-se: a Croácia é um pouco maior que o Uruguai. Além de revelar atletas como Modric, Kovacic e Kramaric, a equipe consegue bater de frente com gigantes europeus nos torneios de base.

O bom exemplo da geração /98 da Croácia é válido. Ela deve ser uma das principais fornecedoras de jogadores para as futuras convocações da seleção principal – mais ainda no próximo ciclo da Copa. Muitos desses jogadores, que já se destacam entre os profissionais, podem aproveitar o espaço deixado por quem já anunciou sua aposentadoria da equipe nacional, como Mandzukic, Corluka e Subasic.

Duas grandes esperanças

Josip Brekalo - Croácia
Brekalo, em destaque, celebra gol no Mundial Sub-17 de 2015 (Foto: Divulgação/FIFA)

Além de atletas jovens, como Kovacic, de 24 anos, os jogadores sub-23 terão muito a acrescentar na seleção. Puxando a fila, duas grandes promessas do país em diferentes gerações: Filip Benkovic e Josip Brekalo.

Benkovic, zagueiro de 21 anos, foi contratado pelo Leicester nesta janela por quase 15 milhões de euros, valores que o colocam como a terceira maior venda do Dínamo.

Já Brekalo, atacante de 20 anos, surgiu como grande promessa, mas logo foi vendido para o Wolfsburg, em 2016. Aos 18 anos, custou 10 milhões de euros aos alemães.

O primeiro inclusive estreou na Premier League e criou muitas expectativas na torcida inglesa. Defensor forte e muito bom no jogo ofensivo, marcou seis gols pelo Zagreb. Tem técnica e consegue ter boa velocidade, apesar da altura.

Por sua vez, Brekalo é o expoente da geração /98. Veloz e finalizador de grande nível, tem 66 partidas e 25 gols pelas seleções inferiores. Potencial craque e comparado a Messi, logo deve estrear pela principal, até pelo bom momento no Wolfsburg.

Geração dourada

Não só eles chamam a atenção. Do time eliminado nas quartas de final do Mundial Sub-17 de 2015, outros três nomes ganham destaque. Adrian Semper, Borna Sosa e Vinko Soldo já brilham, mesmo mais jovens, entre os profissionais.

Semper é um dos mais promissores goleiros de sua geração. Alto, técnico e rápido, foi titular do Croata por mais de 50 vezes – a maioria delas na última temporada, emprestado para o Lokomotiva.

Agora, os planos do Dínamo o levaram para o Chievo. Promissor, ele pode ratificar de vez a promessa de ser o melhor arqueiro do país para os próximos anos.

Sosa vive história semelhante. O lateral-esquerdo logo teve destaque no Croata. Nesta temporada, foi vendido para o Stuttgart. Lá, o jogador, que defende bem e tem muita força, possui tudo para justificar o investimento de seis milhões de euros.

Enquanto isso, o versátil zagueiro Vinko Soldo segue para outro empréstimo. Após passar com certo destaque por Lokomotiva e Cibalia, o Dínamo o negociou com o Rudes, da Croácia. Forte no jogo aéreo e firme, tem um estilo semelhante ao de Vida.

Mais “experientes” na briga

Marko Pjaca - Croácia
Marko Pjaca, 23 anos, esteve na Euro 2016 e na Copa de 2018 (Foto: Reprodução: Croatia Week)

Não apenas os mais velhos ou os muito jovens que estarão nas próximas listas da Croácia. Quatro jogadores da geração /95 podem ser peças essenciais nesse ciclo que se aproxima: Marko Rog, Mario Pašalić, Tin Jedvaj e Marko Pjaca.

O quarteto acumula convocações e boas exibições pela seleções de base e principal. Jedvaj e Pjaca estiveram na Copa, inclusive. O segundo é um dos mais talentosos que surgiram no país nos últimos, porém, lesões atrapalharam sua evolução. Atualmente na Fiorentina, tem mais chances de mostrar o talento pelo qual sempre foi elogiado.

Não se pode deixar de falar de um outro jogador. Um talento – talvez o maior – que pode evoluir muito nesta temporada: Ante Coric. Comprado pela Roma, o meia ex Dínamo terá seu próximo passo na carreira no futebol da Itália. Desde 2014 sendo destaque na Croácia, é uma espécie de queridinho da torcida. Caso tenha sequência na Roma, pode ser o sucessor de Modric, após a passagem de bastão do craque e ícone.

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