A competição continental de clubes mais prestigiada das Américas é conhecida por suas inabituais histórias dentro e fora dos gramados, sejam elas relacionadas a feitos extraordinários, a episódios de violência envolvendo jogadores ou torcedores (em alguns casos, ambos) ou até mesmo a cenários construídos nas obscuras salas dos dirigentes.
Para reunir diversas curiosidades e casos incríveis do certame, o jornalista argentino Luciano Wernicke produziu o livro Histórias Insólitas da Copa Libertadores (Editora Planeta, 2015), que enumera fatos interessantes desde os primórdios da competição, quando esta ainda recebia o nome de Copa dos Campeões da América, até sua última edição, vencida pelo San Lorenzo de Almagro, da Argentina.
Segundo o próprio jornalista, a obra é uma crônica de “façanhas e misérias, heróis e vencidos, risos e choros, gritos e silêncio”. Mais do que isso.
Com uma narrativa clara e direta, qualidade de um bom profissional da comunicação, Wernicke consegue desconstruir mitos, resgatar fatos inusitados e contar aventuras dignas de produções cinematográficas.
Dos clubes que se firmaram como potências continentais a estádios com público hostil. De chuvas de laranjas a juízes dando sequência a um confronto tido como encerrado. De duas expulsões sofridas por um único jogador na mesma partida a desistências por falta de dinheiro. De batalhas campais a triunfos improváveis, como o “Maracanazo” venezuelano. Do céu ao inferno. Das glórias às penas. E vice-versa.
Histórias Insólitas da Copa Libertadores não é apenas um livro para o bom apreciador do futebol, como também um rico material de pesquisas e referência histórica. Em tempo de prestigiarmos o início da 56ª edição do torneio, nada melhor do que uma produção como essa para conhecermos melhor nossas raízes e suspirarmos por gloriosos tempos que – perdoem-me o saudosismo – jamais voltarão.