A terceira edição da Youth League repetiu o vencedor da temporada passada. Mais uma vez, o Chelsea mostrou a sua incrível capacidade de formar grandes equipes nas categorias de base. E não foi apenas isso que se repetiu. A organização – mais uma vez ótima, qualidade técnica dos participantes e o interesse dos torcedores e da imprensa foram, novamente, muito grandes.
E se o Chelsea levou o bi – o segundo título em três edições -, por que não questionar o uso da base pelo clube londrino? Cumpridor fiel de duas das três principais partes do processo de formação nas categorias de base, captar e formar, agora o Chelsea precisa dar um passo à frente e cumprir a terceira: revelar. No caso, com mais frequência.
Com mais de 30 promessas emprestadas por várias ligas pela Europa, o clube inglês segue sua luta por descobrir talentos por todo o planeta. Se na edição passada, o trio de ataque formado por Boga, Izzy Brown e Solanke brilhou, nesta temporada foi a vez de Palmer, Scott e Abraham ditar as regras dos campeões.
Diante de um panorama tão positivo e repleto de talentos, o Chelsea precisa aproveitar uma safra que fez história na Europa. Com a transição ajustada, os que voltam de empréstimo e os jovens campeões da Youth League poderão ter mais oportunidades. Nesta temporada, Bertrand Traoré e Loftus-Cheek são os melhores exemplos.
E na edição 2015-16, ainda vale destacar alguns destaques que encantaram pela competição. Coletivamente, PSG, Dinamo de Zagreb, Benfica, Anderlecht, Real Madrid e Ajax mostraram aspectos positivos – principalmente com posturas ofensivas e de dinamismo.
Individualmente, a edição também contou com diversos destaques. Nomes badalados com os já citados do Chelsea, Augustin, do PSG, Borja Mayoral – que voltou a anotar enorme quantidade de gols na Youth League pelo Real Madrid, José Gomes, do Benfica, e Carlos Aleña, do Barcelona, são alguns exemplos.
E não foram apenas os gigantes que apresentaram jogadores de talento incrível: Brekalo, do Dinamo Zagreb, Harry Chapman, do Middlesbrough, e Jorn Vancamp, do Anderlecht, devem em breve brilhar como profissionais.
Seleção do campeonato (formação no 4-3-3)
Goleiros
Brad Collins – 18/02/1997- Inglaterra-Chelsea
Em sua terceira Youth League, Collins se manteve como um goleiro discreto e regular. Bicampeão, o jogador do Chelsea levou três gols em sete jogos na competição. Tem potencial para, ao menos, fazer carreira em um clube de porte na Inglaterra.
Lateral-direito
Achraf Hakimi – 04/11/1998- Espanha- Real Madrid
Lateral-direito com pés de meio-campista, Hakimi subia muito ao ataque nos jogos do Real Madrid. Com muita velocidade, bom cruzamento e, não se assustem, faro de gol, Hakimi é a esperança do Real Madrid para a posição em um futuro próximo. Fez dois gols na competição e deu uma assistência na ótima campanha do merengue.
Zagueiros
Wout Faes – 04/03/1998- Bélgica- Anderlecht
Já muito falado aqui no Alambrado, Faes é o “David Luiz” belga – pela grande semelhança física. Em campo, Faes é o líder da defesa do Anderlecht. Com muita força física e ótima jogada aérea, sobra. Além disso, tem muita técnica com a bola nos pés. Está quase pronto para a equipe profissional.
Jake Clarke-Salter
Jake Clarke-Salter – 22/09/1997- Inglaterra- Chelsea
Após muitos anos nas categorias de base do Chelsea, Clarker-Salter estreou pela equipe profissional. E no mesmo mês, levou o bicampeonato da Youth League. Forte fisicamente e muito firme, lembra os “zagueirões” ingleses mais antigos. Mesmo não tão rápido, dificilmente falha e tem ótimo posicionamento.
Lateral-esquerdo
Marc Cucurella – 22/07/1998- Espanha- Barcelona
Com status na base desde muito jovem, Marc Cucurella parece ter, finalmente, evoluído após o sub-15. Com muita força no ataque, o Barcelona o trata como sucessor de Jordi Alba, muito em função de seu estilo. O fôlego para atacar é impressionante.
Meio-campistas
Carles Aleña – 05/01/1998- Espanha- Barcelona
Potencialmente, talvez o grande jogador da competição. Dono de uma qualidade gigantesca, liderou o Barcelona até as quartas de final. Canhoto que dita o ritmo do jogo e pode decidir a partida a qualquer momento, marcou seis gols – rendendo bem mais adiantado. Pode ser o sucessor de Xavi ou Iniesta no Barcelona, já que parece render bem nas duas funções. Sem dúvidas, será um jogador de muito sucesso.
Charlie Colkett – 04/09/1996- Inglaterra- Chelsea
Vencedor e experiente. Não estamos falando de um veterano, mas do motor do Chelsea na competição. Veloz, Colkett era o homem do (ótimo) primeiro passe do time. Com capacidade de girar o jogo, foi um dos grandes jogadores da equipe. Além disso, era o homem da bola parada. Se melhorar o chute, será um jogador completo.
Kasey Palmer – 09/11/1996- Inglaterra- Chelsea
Com personalidade, Palmer foi o melhor jogador do Chelsea no torneio. E pelas partidas finais, o melhor da competição. Dono de uma qualidade grande e habilidade incomum, demorou para assumir o protagonismo na sua geração. Sem Solanke e Izzy Brown, assumiu a responsabilidade e levou o Chelsea à glória. Com bom físico, pode brilhar, já, pelo profissional.
Atacantes
Borja Mayoral – 05/04/1997- Espanha- Real Madrid
Vice-artilheiro da competição com oito gols marcados – atrás de Roberto Nuñez, atleta do Atlético de Madrid, com nove, Mayoral viveu sua temporada definitiva. A grande capacidade de decidir jogos foi o passaporte para a equipe profissional, onde já marcou gol. A finalização excelente e a velocidade o credenciam como um camisa 9 diferente. Acumulou 15 gols marcados em duas edições de Youth League.
Kevin Augustin – 16/06/1997- França- PSG
Brilho do finalista PSG, Augustin já é jogador da equipe profissional há algum tempo. Tanto que sobrou na Youth League. Em oito jogos, cinco gols. Não apenas isso. Dribles em velocidade, ótima noção coletiva e boa finalização o credenciam para brigar pela titularidade na próxima temporada.
Tammy Abraham – 02/10/1997- Inglaterra- Chelsea
O dono do jogo aéreo, Abraham não se limita a apenas isso. Apesar da altura e do porte físico, também se caracteriza pelo último arranque em velocidade. Com essas características citadas, é quase que um atacante imparável. Faz pivô de forma muito eficiente. Não será surpresa e, em breve, aparecer entre os profissionais, e, consequentemente, na seleção inglesa. Tem bastante talento para evoluir.
Seleção reserva (no 4-3-3)
Mile Svilar (Anderlecht), Jose María Amo (Sevilla), Mamadou Doucouré (PSG), Fode Toure (PSG), Jay da Silva (Chelsea); Nouri (Ajax), Ven der Beek (Ajax), Harry Chapman( Middlesbrough) ; Jorn Vancamp (Anderlecht), José Gomes (Benfica), Josip Brekalo (Dinamo de Zagreb)