As categorias de base do Manchester United sempre foram reverenciadas. Não foi só na Inglaterra que os “Young Red Devils” fizeram sucesso. Nas três conquistas europeias do clube, jogadores da base estiveram presentes para solidificar a tradição.
O que dizer então da mítica equipe da década de 90? Na temporada 1998-99, a mais vitoriosa da história do clube, o contingente da base era gigante. Alex Ferguson usava até seis jogadores formados no clube por partida.
A filosofia de valorizar as pratas da casa sempre deu retorno. Apesar da força econômica da equipe e da tradição de contratar grandes jogadores do futebol mundial, a base sempre foi valorizada e utilizada da melhor maneira possível.
Um dado interessante corrobora para a tese do sucesso da base no clube. De 1937 até 2011, o Manchester United sempre teve um jogador do clube formado na sua própria cantera relacionado para as partidas.
Um recorde absoluto e de fazer inveja a qualquer time. Porém, nas últimas duas temporadas, já sem o lendário Ferguson no comando, o números de jogadores formados em Manchester diminuiu entre os titulares.
A imprensa local discute se a safra de 92 foi apenas uma exceção no clube, já que muitos jogadores “world class” saíram de uma única fornada. O que importa mesmo é a certeza que jogadores importantes na construção de elencos vencedores sejam formados em casa (Brown, O’Shea, Fletcher, entre outros).
A equipe que disputou a Uefa Youth League demonstrou ser muito jovem e não apareceu como uma das favoritas para conquistar a competição. Porém, três jogadores se destacaram e podem ser os próximos grandes craques do lado vermelho de Manchester.
Timothy Fosu-Mensah – 17 anos – zagueiro
O holandês é a grande aposta para o futuro da defesa do Manchester United. Aliás, os holandeses também esperam. Líder da equipe sub-19 do Manchester United, o zagueiro, lateral e volante vai bem onde joga.
Capitão da Holanda também, a qualidade que Fosu-Mensah demonstra nos faz pensar que, no máximo, em dois anos estará na equipe principal.
Vindo do Ajax no início de 2014, impressionou logo na sua estreia, uma derrota para o Everton, por 2 a 0. A velocidade aliada à capacidade atlética fazem dele um atleta praticamente imbatível no mano a mano.
Pesa a altura não ser muito elevada, o que dificulta as ações de jogada aérea. Mesmo assim, diante de tanta qualidade técnica, é previsível que ajude o Manchester no setor defensivo.
Callum Gribbin – 16 anos – Meio-campista
A grande joia das categorias de base do Manchester United. Além dos gols e habilidade com a perna esquerda, a prova são os R$ 200 mil mensais que o jogador ganha do clube.
Cobiçado por gigantes do futebol inglês, Gribbin é precoce. Sem dúvidas, é um dos maiores talentos da badalada geração a que pertence.
Uma das principais qualidade de Callum é a sua criatividade, grande ponto fraco das últimas seleções ingleses. A técnica demasiada impressiona os técnicos da academia.
Outra grande virtude do meio-campista é sua precisão na bola parada. Capaz de proporcionar lances espetaculares, como no clássico diante do Manchester City.
Marcus Rashford- 18 anos- Atacante
Atacante tipicamente inglês, tem velocidade e força que combinam muito bem diante das defesas adversárias. A dupla com Callum é uma das mais devastadoras do país.
Na temporada passada, marcou 13 gols em 25 partidas, uma média que comprova a eficiência do atacante. Além da força física, tem ótima técnica.
É um dos melhores atacantes formados pelo Manchester United nos últimos anos. Pode fazer muita diferença no time profissional, já que o elenco conta com brecha na posição.
