Zebra, Catar faz história e briga com donos da casa por final...

Zebra, Catar faz história e briga com donos da casa por final inédita na Copa da Ásia

Nesta terça-feira (29), Catar e Emirados Árabes fazem duelo de invictos por vaga na final da Copa da Ásia

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Próxima sede da Copa do Mundo, o Catar está fazendo história na Copa da Ásia, realizada nos Emirados Árabes Unidos. Treinado pelo espanhol Félix Sánchez, o selecionado eliminou a forte Coreia do Sul, por 1×0, no Estádio Zayed Sports City, na última sexta-feira (25), e avançou de maneira inédita à semifinal da competição, onde enfrentará os donos da casa. O jogo ocorrerá no Mohammed bin Zayed, na próxima terça (29).

No percurso até a fase vigente, a equipe catari venceu os cinco jogos sem sofrer nenhum gol, algo que só havia acontecido uma vez na história – com os próprios sul-coreanos, em 2015. Além do resultado aludido, suas vítimas foram Líbano (2×0), Coreia do Norte (6×0) e Arábia Saudita (2×0), ainda na fase de grupos, e Iraque (1×0), nas quartas de final.

Grande responsável pelo desempenho do setor ofensivo, o atacante Almoez Ali, do Al-Duhail, foi às redes sete vezes e está próximo do recorde do iraniano Ali Daei, maior artilheiro de uma única edição da Copa da Ásia (8 gols em 1996) e da história do torneio (14). Em boa fase, Ali já é o décimo maior goleador do Catar com apenas 31 jogos.

Diante dos norte-coreanos, foram quatro tentos dele em 51 minutos, marca só superada justamente por Daei, que em 1996 fez a mesma quantidade sobre a Coreia do Norte em 23 minutos. Se na frente o brilho é de Ali e de seu companheiro Akram Afif, que distribuiu seis assistências, atrás o destaque fica por conta do goleiro Saad Al-Sheeb e da jovem dupla de zaga formada por Tarek Salman e Bassam Hisham, ambos de 21 anos.

Por outro lado, os Emirados Árabes, embora tenham sofrido, também estão invictos. Na fase de grupos, arrancaram uma igualdade contra o Bahrein (1×1), bateram a Índia (2×0) e sofreram um empate contra a Tailândia (1×1). No mata-mata, despacharam o Quirguistão na prorrogação (3×2) e superaram a Austrália (1×0), atual campeã.

Ao contrário do Catar, os emiradenses já disputaram um Mundial (1990) e foram finalistas da Copa da Ásia (1996). Agora, buscam repetir esse caminho, mas com outro desfecho. Na ocasião, eles foram vice em casa para a Árabia Saudita e hoje buscam o troféu inédito. Do outro lado da chave, está o tetracampeão Japão, que dominou o Irã, por 3×0, na manhã desta segunda (28), no Hazza bin Zayed, e garantiu presença em mais uma final.

Seja qual for o resultado que determine o outro postulante ao maior título do continente, é notável a campanha do Catar às vésperas de uma Copa América na qual o selecionado de Félix Sánchez, formado em quase sua totalidade por jogadores locais, poderá acumular novas experiências e se desenvolver. Os Emirados Árabes também lutam pela glória ainda inalcançada. Resta saber se algum deles será páreo para a tradição e força nipônicas.

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Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, é apreciador do futebol latino, do teor político-social do esporte bretão e também de seu lado histórico.