Os líderes de estatísticas do Brasileirão 2017

Os líderes de estatísticas do Brasileirão 2017

Aproveitamento de passes, bolas aéreas, dribles, chutes, passes e até interceptações: saiba quem se destacou (ou não) nos números do Brasileirão de 2017.

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Fim de ano, campeonatos encerrados, premiações dadas. Mas o que os números dizem sobre os jogadores da Série A do Brasileirão de 2017? Aquele atleta que seu time quer contratar e a que você pouco assistiu conseguiu ao menos algum feito numérico?

O levantamento abaixo, feito pelo Alambrado, leva em conta os excelentes dados do site WhoScored.com. Clique aqui para comparar com os números do Brasileirão de 2016.

Confira abaixo:

Ofensivas

aproveitamento de passes

Grande revelação do Grêmio na temporada, Arthur foi o “rei da saída de bola” com impressionantes 93,1% de acerto em seus passes. Diferente do resto, o jovem tem um posicionamento mais ofensivo em relação ao restante do top-10, o que acarreta em uma dificuldade maior no passe.

Mesmo assim, Arthur liderou a lista. Tão impressionante quanto é a sua média de passes por jogo, 74,1 – todos os outros têm média abaixo de 58. O gremista simplesmente lidera com folga esse número – o segundo colocado é seu companheiro Ramiro, com 66.2, e o terceiro Michel, com 65.3. Pouco entrosamento entre o trio?

Já Pablo, por outro lado, é o lanterna do quesito entre o top-10 de aproveitamento de passe: tem uma média de 39,2 passes por jogo, quase a metade da média de Arthur.

assistências

Sequer cogitado para as premiações de fim de ano e visto como negociável pelo Fluminense, Scarpa ao menos tem os números a seu favor. A temporada foi abaixo se comparada à anterior, mas o meio-campista terminou o ano como o principal garçom da primeira divisão. Imagina se o ano tivesse sido bom?

A lista ainda traz jogadores que não são meias de origem, como os laterais Reinaldo e Carleto, o ponta Éverton e o atacante Rodrigo Pimpão, que jogou mais recuado ao longo do ano.

chutes a gol

A lista só traz nomes de peso (além do promissor Paquetá), o que com certeza deve significar alguma coisa. A bola procura o craque? Ou será que os jogadores que se destacam são aqueles que não têm medo de arriscar?

Filosofia à parte, Guerrero não deve estar contente em liderar esse ranking. Apesar da média alta de chutes por jogo, o aproveitamento foi baixo – o peruano só marcou seis gols no Brasileirão. Pior ainda para Scarpa, autor de apenas dois gols na competição.

Muito diferente do líder, o melhor da lista é Diego Souza, que fez 11 gols com a média de 2.6 finalizações por jogo. O mais interessante, porém, é que nenhum dos artilheiros da competição – Jô e Henrique – estão no top 10 deste ranking.

passes chave

A lista contabiliza os passes que resultaram em finalizações, mas que não chegaram a balançar as redes. Dá para ter uma noção dos melhores passadores do futebol brasileiro.

Com a chegada de Lucas Lima e a possível vinda de Gustavo Scarpa, o Palmeiras poderá ter uma incrível seleção de maestros em seu elenco – já conta com Dudu e Guerra, 2º e 8º da lista respectivamente.

dribles

O veterano Hernanes pode não ter se destacado por números de passes, como seria de se imaginar para sua posição, mas compensou com gols e dribles. Foi o principal driblador do campeonato, com sobras.

A lista ainda apresenta algumas surpresas, como o lateral Caique Sá e o volante Patrick. O primeiro chegou a ser especulado no São Paulo, e o segundo desperta o interesse de equipes da Série A.

faltas sofridas

Essa é a categoria mais odiada pelos zagueiros. Nela estão os jogadores mais provocativos e/ou habilidosos, consequentemente, os mais caçados em campo.

Nenhuma surpresa na lista, certo?

posses perdidas

Uma categoria em que ninguém quer fazer parte. Curiosamente, porém, a maioria do top 10 terminou a temporada em alta. Perder a bola faz parte, afinal.

Defensivas

desarmes

O interesse do Corinthians por Renê Júnior é quase que inteiramente pelos ótimos números defensivos: o volante foi o principal batedor de carteiras do Brasileiro. Possui a mesma média que o segundo colocado, Marcos Rocha, mas com nove jogos a mais.

Mas nem todos do ranking conseguem prestígio com esses número. Egídio, por exemplo, não conta com uma reputação muito boa com a torcida do Palmeiras…

interceptações

Aqui são contabilizadas as interceptações de passe, o que também inclui passes errados de adversários.

Não por acaso, quase todos os integrantes do ranking estiveram ou terminaram na parte de baixo da tabela, e, portanto, foram mais ameaçados pelos adversários – resultado de retrancas, talvez?

Exceção feita a Geromel e Michel, do Grêmio, dois destaques individuais defensivos do quarto colocado.

faltas cometidas

Não há nenhum zagueiro no top 10. O motivo pode ser óbvio – jogadores de frente podem se dar ao luxo de fazer uma marcação mais agressiva sem colocar a equipe em risco, devido à posição no campo.

Ou simplesmente têm capacidade de desarme limitada, casos de Guerrero, Henrique ou Bruno Henrique, por exemplo.

cortes

Essa é a popular categoria do “bumba meu boi”, diria o outro. Como não poderia deixar de ser, todos os integrantes do top 10 são zagueiros. O líder Lucas Veríssimo aparece com folga na liderança, com uma incrível média de 8,6 cortes por jogo.

O curioso é que a lista contém a dupla de zaga do campeão Corinthians e do terceiro colocado Santos. Será que o bico para frente é a solução mais efetiva para quem quer se manter no topo?

chutes bloqueados

Novamente só com zagueiros, a categoria lista aqueles que, em média, mais “salvaram a pele” de seus clubes.

Há a presença de atletas de times menores, mais castigados na defesa por seus adversários, mas novamente há representantes de Santos e Corinthians, por exemplo.

dribles sofridos

O top 10 desta categoria está repleto de contradições. Os dois primeiros, por exemplo, são os mesmos líderes em roubadas de bola. Só é driblado quem arrisca o bote, certo?

Outra curiosidade é a presença de Zé Rafael, que figura do top 10 de dribladores do campeonato. Quem com o ferro fere, com o ferro será ferido…

bolas aereas

Este ranking está na parte defensiva, mas serve tanto para ataque quanto defesa. Os zagueiros estão em maior número, mas o ataque também tem representantes no top-10.

O principal deles é Jô. Conhecido por ser um dos melhores “fazedores de pivô” do futebol brasileiro, o atacante abusa de seu 1,90m de altura para superar os adversários em disputas aéreas.

defesas

Rebaixado com o Avaí, Douglas se acostumou a ser testado de todas as formas pelos ataques rivais, e fez o o melhor que pôde. Situação diferente de Vanderlei, que esteve brigando entre os líderes e, mesmo assim, manteve uma média alta de defesas por jogo.

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