O fator estrangeiro na Libertadores

O fator estrangeiro na Libertadores

River Plate é o semifinalista que mais depende de gringos para fazer gols na atual edição do torneio

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O River Plate reencontrou o bom futebol após ter vivido um início para lá de turbulento na Copa Libertadores da América de 2015. Classificado com a pior segunda colocação da fase de grupos, o time “millonario” eliminou com autoridade o Cruzeiro, atual bicampeão brasileiro, avançando nesta quarta-feira (27) para as semifinais do torneio continental. E um número interessante marca a reabilitação argentina.

Teo Gutiérrez marcou 3 dos 12 gols do River na competição (Foto: Diego Haliasz/Prensa River)
Teo Gutiérrez marcou 3 dos 12 gols do River na competição (Foto: Diego Haliasz/Prensa River)

Dos 12 gols marcados até o momento, 10 foram convertidos por estrangeiros. A nacionalidade que encabeça a lista de goleadores é a uruguaia, graças aos três tentos do meia Carlos Sánchez e aos outros três do atacante Rodrigo Mora.

Na sequência, aparecem os colombianos somando quatro gols, sendo três do atacante Teo Gutiérrez e um do zagueiro Eder Balanta. Por fim, os defensores “locais” Gabriel Mercado e Jonathan Maidana balançaram as redes adversárias uma vez cada.

Curiosamente, apenas 5 dos 30 atletas inscritos pelo River Plate na competição nasceram fora do território argentino. Além dos quatro nomes já citados, também faz parte do plantel alvirrubro o meio-campista uruguaio Camilo Mayada. Desta maneira, 16,6% do elenco são provenientes de outros países sul-americanos e foram responsáveis por 83,3% dos gols da equipe na atual edição do torneio. Uma estatística relevante.

Para efeitos comparativos, o Racing de Avellaneda, time argentino que também alcançou as quartas de final da Libertadores, fase na qual foi superado pelo Guaraní-PAR, nesta quinta-feira (27), conta com três jogadores estrangeiros: o paraguaio Oscar Romero e os uruguaios Washington Camacho e Carlos Núñez. No entanto, “La Academia” não depende tanto deles como o River Plate depende de seus gringos.

Dos 18 gols feitos pelo Racing até a eliminação, 17 foram de autoria de argentinos. O atacante Gustavo Bou é o maior artilheiro (7), seguido por Diego Milito (4), Brian Fernández (3), Ezequiel Videla (1) e Luciano Lollo (1). Camacho figura como o único “intruso” desta relação – embora esteja longe do protagonismo, enquanto Teo, Mora e Sánchez, por outro lado, são uns dos principais nomes do River Plate.

Rafael Sóbis, à esquerda, marcou 4 gols pelo Tigres na Libertadores (Foto: Divulgação)
Rafael Sóbis, à esquerda, marcou 4 gols pelo Tigres na Libertadores (Foto: Divulgação)

Analisando os demais remanescentes na Libertadores, o Tigres-MEX é o que mais se aproxima dos Millonarios neste quesito. Dos 21 gols assinalados pelo time de Nueva León, 12 foram de estrangeiros. Destaques, o brasileiro Rafael Sóbis e o colombiano Joffre Guerrón têm 4 tentos cada, dois a mais que o argentino Damián Álvarez (2) e o uruguaio Egidio Arévalo (2), lembrando que estes se naturalizaram mexicanos.

Já a situação do Guaraní é bastante diferente. A equipe anotou 16 gols até chegar à semifinal, mas só três jogadores de fora marcaram: os argentinos Darío Ocampo (1) e Jorge Mendoza (1), este naturalizado paraguaio, além do uruguaio Marcelo Palau (1). A principal fonte goleadora dos “aborígenes” está nos atletas da casa, principalmente no atacante Federico Santander, que fez 6 gols, superando com sobras o desempenho dos compatriotas Fernando Fernández (3), Julián Benítez (3) e Alberto Contrera (1).

D'Alessandro é o estrangeiro do Inter com mais gols na Libertadores: 3 (Foto: Divulgação)
D’Alessandro é o estrangeiro do Inter com mais gols na Libertadores: 3 (Foto: Divulgação)

Quanto ao Internacional de Porto Alegre, os estrangeiros converteram 5 dos 20 gols da equipe na competição. O argentino Andrés D’Alessandro vazou a meta adversária em três oportunidades, e seu compatriota Lisandro López celebrou dois tentos.

Os brasileiros, portanto, respondem pela maior parte das bolas nas redes. O nome do momento é o de Valdívia, a grande sensação colorada. Ele já marcou quatro vezes nesta Libertadores. Em seguida, Nilmar está empatado com D’Alessandro. Ambos estão à frente de Sasha (2), Alex (1), Jorge Henrique (1), Juan (1), Réver (1) e Vitinho (1). O último gol da lista foi obra do zagueiro colombiano Mina, do Santa Fé, que fez contra.

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