Guia do Sul-Americano Sub-15 – Parte I

Guia do Sul-Americano Sub-15 – Parte I

Confira análise sobre o grupo A, formado por Argentina, Colômbia, Venezuela, Paraguai e Equador

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Desde 2004, jovens dos dez países que compõem a Conmebol se reúnem para ter sua primeira grande experiência internacional no mundo do futebol.

O Sul-Americano Sub-15, que neste ano será realizado na Colômbia, começa no próximo sábado (21), dando aos jovens a oportunidade de mostrar seus valores dentro de campo e, quem sabe, já conseguir o status de futuros craques.

Obviamente, com uma idade máxima de 15 anos para os inscritos, a competição reúne historicamente um alto número de nomes que acabaram não vingando no esporte. Mas existem exceções, como argentino Sergio Agüero, destaque da edição de 2004.

Mais uma vez, o Alambrado deixa o leitor por dentro sobre os possíveis destaques e em quem ficar de olho durante o torneio, neste guia dividido em duas partes. Na primeira delas, você confere os detalhes das equipes do Grupo A.

Grupo A

Colômbia

Colômbia durante a preparação para o Sul-Americano (Foto: Divulgação/Federação Colombiana)
Colômbia durante a preparação para o Sul-Americano (Foto: Divulgação/Federação Colombiana)

Donos da casa, os colombianos tentam aproveitar a torcida a favor para dar um passo à frente em seu histórico no Sul-Americano Sub-15, já que se sagraram vice-campeões na última edição, em 2013.

Comandada pelo estudioso treinador Jorge “El Chamo” Serna, a Colômbia possui um time equilibrado e acostumado com torneios juvenis, que deram uma cara para o grupo que entrará em campo no Sul-Americano.

Capitão e líder do selecionado nacional, o zagueiro Thomás Gutierrez mostra muita imposição física e bom senso de colocação, que acabam compensando a falta de velocidade e os reflexos para acompanhar os atacantes rivais.

Além dele, o volante Edwin López também é uma das principais figuras do time, preenchendo bem o meio-campo e subindo com muita frequência para o ataque.

O setor ofensivo, aliás, é a maior esperança dos cafeteros. O veloz Diego Moncada, do Valledúpar, é uma arma forte pelas beiradas, podendo atuar também na lateral. Muito habilidoso, o baixinho Brayan Gomez arma as jogadas e chega na área para marcar gols importantes, dividindo a função com o voluntarioso Rafael Tapia.

É inevitável falar de Deiber Caicedo, meio-campista do Deportivo Cali. Alvo do Milan há cinco anos, o jovem é a joia do futebol local. Talentoso, usa a habilidade para criar jogadas. Um típico atleta sul-americano que precisa ser lapidado para no futuro se tornar um grande jogador. A passagem pela Itália deve ajudar.

Argentina

Os argentinos querem acabar com a má fase das categorias inferiores (Foto: Divulgação/Conmebol)
Os argentinos querem acabar com a má fase das categorias inferiores (Foto: Divulgação/Conmebol)

A Argentina tentará usar o Sul-Americano como uma forma de aliviar um ano que até agora tem sido desastroso para suas categorias de base. Com eliminações vexatórias nos Mundiais Sub-20 e Sub-17, os hermanos querem espantar o medo de ter “queimado” toda uma geração de atletas.

Para isso, a seleção alviceleste tem um trunfo: o entrosamento. Sem motivos para arriscar muito, o técnico Walter Coyette resolveu utilizar como base o Boca Juniors, bicampeão nacional da categoria. São nada menos que oito atletas xeneizes no grupo que disputa o Sul-Americano.

Entre eles, alguns dos principais destaques do time, como o seguro goleiro Manuel Roffo, que costuma se aventurar e bater faltas e pênaltis de vez em quando. Ele tem ajuda de seu colega no clube, o zagueiro Marcelo Weigandt, muito rápido no um contra um.

Os principais destaques são o criativo meia Facundo Fernandez e seu oportunista xará Facundo Colidio. Ambos são a principal esperança do setor de ataque, que ainda com a opção de Javier Obando como uma carta na manga para jogos difíceis.

Mas nem só de atletas do Boca vive a Argentina. O capitão Fausto Vera, do Argentinos Juniors, é um volante marcador que oferece a liberdade necessária para seus companheiros do meio. Há ainda o habilidoso Gonzalo Córdoba, do Racing, camisa 10 e jogador mais técnico do time.

Paraguai

Campeão em 2004 e 2009, o Paraguai viaja para a Colômbia sem o peso do favoritismo, mas tentando mostrar que pode fazer bonito e surpreender mais uma vez.

O time não conta com grandes estrelas individuais, mas a aplicação tática e a força defensiva podem fazer a diferença, somadas ao potencial da equipe nas jogadas de bola parada, mantendo a tradição do jogo no país.

O conjunto foi cuidadosamente preparado pelo técnico Gerardo González, ídolo do Cerro Porteño em seus tempos de jogador. Seu espelho em campo é o zagueiro Alex López, líder nato, que mostra bom tempo de bola e inteligência no comando da linha defensiva.

O meio de campo é o setor mais efetivo do time. Destaque para o bom volante Hugo Martínez, do Libertad, que tem muito fôlego para preencher a função de “todo-campista”. O armador Julio Báez, do Cerro, é habilidoso e tem boa visão de jogo.

No ataque, espera-se que a dupla formada pelo rápido Martin Sánchez, do Olimpia, e o finalizador Ángel Boveda, do Nacional, dê conta do recado para alçar o Paraguai a voos mais altos.

Equador

A evolução do futebol equatoriano é visível. Neste século, são três Copas do Mundo. Para o Sul-Americano Sub-15, o objetivo é conquistar pela primeira vez o torneio.

Seleção equatoriana tenta título inédito (Foto: Reprodução/conmebol.com)
Seleção equatoriana tenta título inédito (Foto: Reprodução/conmebol.com)

O técnico Gonzalo Alcocer sabe que o título é difícil, mas conta com alguns talentos na equipe. Andrés Parrales, autor do gol da vitória em amistoso recente contra o Peru, é um dos destaques.

Jogador da Liga De Portoviejo, o atacante tem bom poder de finalização e é o encarregado de colocar a bola dentro do gol adversário.

Para aproveitar o entrosamento com Parrales, José Navas pode ser boa opção no meio-campo. Companheiro de time, auxilia na criação de jogador e tem bom vigor físico.

Aliás, a velocidade e força física são pontos forte da equipe inferior, assim como da seleção profissional. Bryan Nazareno, do poderoso Barcelona local, alia técnica com velocidade e pode ser um dos destaques da seleção.

Venezuela

A Venezuela busca colocar fim a um jejum incômodo. Desde 2007, a seleção não consegue ganhar uma partida no Sul-Americano Sub-15. Pior do que isto: não faz um ponto sequer.

Com o futebol em crescimento, mas ainda em busca de estrutura nas categorias mais jovens, o técnico Alessandro Corridore tenta montar uma equipe no mínimo competitiva, assim como a principal.

O goleiro Carlos Olce é um dos destaques da equipe. Líder e com responsabilidade de defender o manto nacional, ele garante realizar um sonho ao defender a Vinotinto.

A seleção sub-15 venezuelana (Foto: Reprodução/hoyvenezuelaa.info)
A seleção sub-15 venezuelana (Foto: Reprodução/hoyvenezuelaa.info)

No meio, Gabriel Miranda, homônimo a um ídolo local, tenta ser o jogador de articulação. Ao lado, Proswell Fernández, também do Deportivo La Guaira, é a figura do finalizador clássico e técnica mais refinada.

Adrian Zambrano, do Zulia, é o responsável por dar velocidade e habilidade para o ataque. Quem sabe os venezuelanos não quebrem o jejum na Colômbia com essas promessas destacadas pelo Alambrado.

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