Guia do Mundial Sub-20 2017- Parte II

Guia do Mundial Sub-20 2017- Parte II

Confira os destaques dos grupos C e D

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Após falar sobre os possíveis destaques dos grupos A e B do Mundial Sub-20, chega a vez de apresentar a você, amante do futebol, quem serão as jovens estrelas em que as seleções dos grupos C e D depositam suas fichas. Tem muita gente boa em disputa. Confira:

Grupo C

Portugal

Xadas é o cérebro do time português (Foto: Divulgação/UEFA)
Xadas é o cérebro do time português (Foto: Divulgação/UEFA)

Bicampeão do Mundial Sub-20 (1989 e 1991), Portugal retomou o ótimo trabalho nas categorias de base há alguns anos. Mesmo assim, a classificação para o Mundial foi atribulada, com apenas uma vitória na fase final do Europeu Sub-19 do ano passado.

Sem alguns nomes mais conhecidos da categoria, como Renato Sanches e Ruben Neves, já consolidados como estrelas em suas equipes principais, Portugal viaja para a Coreia do Sul com um time armado no 4-3-3, priorizando as ações de ataque.

A defesa ficaria ainda mais vulnerável por conta da ausência de Aurélio Buta, lesionado, mas o lateral direito Diogo Dalot dá conta do recado na marcação, com o auxílio do eficiente zagueiro Ruben Dias, capitão do time.

O meio de campo, com a boa dupla de volantes formada por Pedro Rodrigues e Gedson Fernandes, do Benfica, é o setor mais decisivo do time. Muito por conta do camisa 10, o canhoto Xadas, que apesar de ficar sumido em alguns momentos dos jogos pode resolver a partida com um toque de classe. Uma espécie de Paulo Henrique Ganso, para o bem e para o mal.

No ataque, a habilidade de José Gomes e Diogo Gonçalves pelas pontas é um diferencial, que somado ao faro de gol do centroavante André Ribeiro pode alçar os portugueses a vôos mais altos no torneio.

Zâmbia

O continente africano sempre traz seleções que dão trabalho no Mundial Sub-20, e nesta edição a bola da vez é a Zâmbia. Em sua terceira participação no torneio, os zambianos não tem medo de se colocar como favoritos aos postos mais altos.

Boa parte dessa confiança vem por conta da extraordinária campanha na Copa das Nações Africanas Sub-20, obtida com seis vitórias em seis jogos e apenas dois gols sofridos. O título chegou mostrando que a Zâmbia tem bons nomes em todos os setores.

A começar pelo gol, defendido pelo ágil Mangani Banda. O goleiro foi responsável por algumas das melhores defesas do torneio qualificatório, garantindo a segurança e botando seu próprio irmão mais velho, Samson, no banco.

Patson Daka (Foto: Reprodução)
Patson Daka é o grande destaque do conjunto africano (Foto: Reprodução)

Os Banda não são os únicos irmãos do time. Na defesa, o capitão Solomon Sakala dá liberdade para seu irmão Fashion, um dos destaques do time no ataque – jogador forte e goleador que finalizou como um dos goleadores da eliminatória continental, com 3 tentos.

O outro artilheiro é o craque da Zâmbia. Patson Daka, uma das estrelas do Red Bull Salzburg na conquista da UEFA Youth League, corre por fora na briga como potencial destaque do torneio. O atacante combina força com habilidade e boa finalização. As boas tabelas com Edward Chilufya são os pontos altos do time.

Irã

O Irã tem apenas uma vitória em seu retrospecto no Mundial Sub-20, conquistada justamente na primeira edição, em 1977. Sorteado em grupo com dois favoritos destacados, a equipe da Ásia tenta melhorar seu índice para, quem sabe, beliscar vaga na segunda fase.

Para conquistar o objetivo, o time do técnico Amir Peyrovani precisará acabar com a irregularidade apresentada no torneio qualificatório da Ásia. Depois de jogos truncados na primeira fase, o Irã foi eliminado pela Arábia Saudita nas semifinais em uma partida alucinante que terminou com o placar de 6×5. E no tempo normal!

Os destaques do time são dois “Rezas”: Reza Shekari, do FC Rostov-RUS, e Reza Jafari, do Saipa-IRN. Eles são os pontos fortes do setor ofensivo, que conta ainda com o centroavante Mehdi Mehdikahni, pouco técnico mas forte e esforçado.

O meia Omid Nor Afkan é o grande criador da equipe, podendo atuar com liberdade no meio de campo iraniano. É o líder do grupo junto com o zagueiro Aref Gholami.

Costa Rica

Depois de ficar fora das duas últimas edições do Mundial, a Costa Rica chega à Coréia do Sul com poucas perspectivas de passar de fase. A partida de estreia, contra o Irã, é considerada de vida ou morte para suas pretensões no torneio.

Randall Leal (Foto: Reprodução)
Randall Leal tenta conduzir seu país à 2ª fase (Foto: Reprodução)

O time é um clássico exemplo de “terra de um homem só”. Quem comanda Los Ticos é o atacante Randall Leal, do Mechelen-BEL, que se desdobra no setor ofensivo assumindo a responsabilidade de armar as jogadas e ainda ser o artilheiro.

O outro grande pilar do time é o goleiro Mario Sequeira, que segue a boa tradição de arqueiros da seleção caribenha. Seguro e com boa comunicação com o resto dos defensores, Sequeira foi peça importante na classificação para o Mundial.

Entre os coadjuvantes, vale ficar de olho no meia Jonathan Martinez, do Herediano, que em uma partida inspirada pode ser um bom desafogo para Leal e ajudar a Costa Rica a alcançar uma classificação pouco provável.

1ª Rodada:

21/05 – 02:00 – Zâmbia x Portugal

21/05 – 05:00 – Irã x Costa Rica

Grupo D

África do Sul

Sem muita tradição nas competições de base, a África do Sul busca mudar esse retrospecto. Porém, não deve ser agora. A seleção está em um grupo muito equilibrado, e nem a qualidade individual deve fazer com que passem de grupo.

Luther Singh (Foto: Reprodução)
Luther Singh (Foto: Reprodução)

Um dos grandes destaques é Luther Singh, meio-campista ofensivo que tem na velocidade e habilidade o principal triunfo. Capaz de desequilibrar partidas sozinho, o atleta do Sporting Braga é a aposta do técnico Thabo Senong.

Outro atleta do setor que costuma dar prosseguimento às jogadas é Kobamelo Kodisang, do Platinum Stars. Assim como o companheiro já citado, Kodisang costuma se destacar em jogadores ofensivas e individuais.

Mais à frente, Liam Jordan, do Sporting de Portugal, costuma ser perigoso. Ao utilizar bem as duas pernas, tem na finalização grande positivo. Além disso, é muito rápido na condução com a bola, o que o deixa como atacante difícil de se marcar.

Japão

Depois de um bom tempo longe do Mundial (10 anos), o Japão está de volta. Apesar do grupo forte, os japoneses confiam que podem fazer uma competição perto de casa.

Para isso, Atsushi Uchiyama deverá utilizar um time experiente, com ótima rodagem nos torneios profissionais. Apenas um atleta atua fora do país (França), e a maioria já enfrentou adversários experientes.

A exceção é uma das estrelas da competição: Takefusa Kubo. Apontado como sucessor de Messi no Barcelona, quando atuava nas categorias de base do clube blaugrana, Kubo tem apenas 15 anos, e surpreende a todos com tamanho potencial.

Com apenas 15 anos, Kubo pode surpreender (Foto: Divulgação/JFF)
Com apenas 15 anos, Kubo pode surpreender (Foto: Divulgação/JFF)

O atacante já estreou como profissional pelo FC Tokyo. Ele deve voltar ao Barcelona quando completar 18 anos, após punição da FIFA. Capaz de lances de rara beleza, ele deve ser aposta para mudar os jogos.

Com a 10, Daisuke Sakai é o responsável por criar as jogador. O baixinho também demonstra muita habilidade. Assim como Koki Ogawa, centroavante alto, mas de mobilidade, do Jubilo Iwata.

Itália

Não deverá ser dessa vez que a Itália leva o título mundial. Apesar da boa geração e do vice-campeonato do Europeu Sub-19, os desfalques e a forte concorrência podem fazer os italianos amargarem mais um ano de jejum.

Porém, diante da tradição da seleção, alguns destaques individuais e a forte defesa o técnico Alberigo Evani poderá fazer com que o time evolua durante a competição.

Dimarco é um dos destaques da Itália (Foto: Reprodução)
Dimarco é um dos destaques da Itália (Foto: Reprodução)

Atrás, há dois nomes de peso: Federico Dimarco e Filippo Romagna. O primeiro é lateral-esquerdo da Inter, que atuou emprestado pelo Empoli no último Italiano. Com muita qualidade na bola parada, foi o destaque da Azzurra na classificação para o Mundial.

Já Romagna é da Juventus, mas atuou pelo Brescia na Série B, emprestado. Zagueiro forte e técnico, é a grande aposta da equipe no setor defensivo.

Como organizador, está o ótimo Rolando Mandragora, da Juventus. Será dele a função de abastecer o potencial craque Riccardo Orsolini, ponta canhoto que brilhou nesta temporada pelo Ascoli, chamando atenção de diversos clubes. Luca Vido, que jogou no Citadella neste ano, é outro atacante muito técnico que deve incomodar os adversários.

Uruguai

O grande favorito da competição. Atual campeão Sul-Americano da categoria, com certa folga, a geração uruguaia empolga. E não é pouco, não. Com, no mínimo, seis destaques do meio-campo para frente, será difícil parar o Uruguai.

Não será fácil para o treinador Fabián Coito arrumar espaço para seis atletas de alto nível. Nicolás Schiappacasse, Joaquín Ardaiz, Rodrigo Amaral, Nicolás de la Cruz, Rodrigo Bentancur e Federico Valverde se completam. Todos com muita técnica.

Bentancur é uma das maiores promessas do mundial (Foto: Divulgação/Conmebol)
Bentancur é uma das maiores promessas do mundial (Foto: Divulgação/Conmebol)

Os dois primeiros são atacantes. Ardaiz, do Danubio, tem boa velocidade, enquanto Schiappacasse, do Atlético de Madrid, pode ser centroavante ou atuar aberto.

Ambos são auxiliados por Nicolas de la Cruz, do Liverpool, Rodrigo Amaral, do Nacional, e Federico Valverde, do Real Madrid. O trio esbanja técnica e habilidade. Amaral e Valverde costumar criar muitas jogadas e finalizar com muita tranquilidade. Já Nicolas costuma trazer lances de genialidade ao público.

O volante Rodrigo Bentancur, da Juventus, costuma ser o primeiro passe no meio. Na defesa, Santiago Bueno, zagueiro do Barcelona, deverá deixar todos tranquilos com sua força e ímpeto nos encontros um contra um.

1ª Rodada

21/05 – 05:00 – África do Sul x Japão

21/05 – 08:00 – Itália x Uruguai

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