O Europeu Sub-17 2017 deverá ser palco de diversos jogadores badalados na base que poderão dar o primeiro passo diante de um público maior. Provavelmente, a competição terá o maior nível técnico dos últimos anos, aprimorando o que já foi ótimo no ano passado. Seis seleções irão se classificar para o Mundial Sub-17 deste ano.
Um dos jogadores mais famosos da categoria, Moise Kean, atacante da Juventus, é o líder da Itália, que busca voltar a vencer a competição, disputada na Croácia neste ano.
Conforme publicado nos últimos anos, o Alambrado produziu um material inédito e com diversas informações do torneio europeu, que será disputado por jogadores nascidos a partir de 2000.
Grupo A
Croácia
Esta não é das melhores seleções da base da Croácia nos últimos anos. Mesmo assim, é um time com jogadores talentosos, que ainda não se encontraram atuando juntos. Em casa, os croatas podem aprontar algumas surpresas, apesar de estarem em um grupo forte.
O grande destaque é Antonio Marin, do Dinamo Zagreb. Atacante que atua pelos lados, é da geração /01. Tratado como craque, ele pode fazer a diferença com sua habilidade e ótima finalização, mesmo mais jovem que a maioria dos adversários. Ao seu lado, atuam outros dois atacantes: Leon Krekoric, baixinho de muita velocidade, e o centroavante Sego. Os dois são do Hajduk Split.
No meio-campo, o entrosamento do Dinamo Zagreb será essencial. Quatro atletas atuam no clube. Tomislav Krizmanić é o melhor. Camisa 10 de muita técnica, faz ótima parceria com Bartol Franjić. O Dinamo Zagreb tem oito jogadores na seleção, quase metade do elenco.
Espanha
Maior vencedor com oito títulos, a Espanha busca voltar a ser campeã – ano passado ficou com o vice, após perder para Portugal. Para isso, terá, novamente, jogadores da dupla Barcelona e Real Madrid.
São 11 atletas no total, com cinco do Madrid e seis do Barça. Entre os destaques de uma das principais favoritas, dois chamam atenção em especial: Abel Ruiz e Sérgio Gomez, do Barcelona. O primeiro é um 9 goleador, que se destacou no Europeu 2016. Já Gomez é pura classe. Canhoto técnico, pode atuar aberto ou mais centralizado no meio-campo.
Do Real, dois jogadores do meio-campo se destacam. Moha e César são jogadores que gostam de ter a bola, e isso ajuda muito o time, que tem essa característica como grande qualidade.
Na zaga, uma espécie de fenômeno está cercado de expectativas.
Eric Garcia é /01 e considerado um dos melhores zagueiros da história da base do Barcelona.
Turquia
Uma das gerações mais talentosas da Turquia, a seleção irá buscar a classificação em um grupo muito equilibrado. Durante o período de classificação e amistosos, os resultados empolgam.
No ataque, a dupla formada por Atalay Babacan e Yunus Akgün é de extrema qualidade. Ambos do Galatasaray, eles se compeltam. Enquanto Babacan participa de todas as ações ofensivas, Akgun é o artilheiro. O jogador possui uma média de gols absurda pela seleção turca.
No meio-campo, Recep Gül, também do Galatasaray, é o atleta que dá dinâmica, com seus dribles e passes. Umut Güneş, do Stuttgart, dá sustenção ao setor e chega forte ao ataque quando preciso.
São seis jogadores do Galatasaray na convocação. A Turquia busca repetir 2005, quando levou o titulo com Sahin.
Itália
Esqueça a Itália retranqueira. A base do país vem produzindo jogadores de muita técnica e com mentalidade ofensiva. E vem sendo observado os resultados nas últimas competição. O elenco do Europeu Sub-17 deverá mostrar isso novamente.
Moise Kean, da Juventus, por si só já é um destaque. Talvez o astro do torneio, as expectativas em torno dele são grandes. Muito forte e goleador, deve ser o artilheiro da equipe.
Também no ataque, outros dois destaques: Merola e Pellegri. O primeiro tem técnica impressionante e é um dos maiores potenciais do país. Pellegri, aos 16 anos, já estreou como profissional, assim como Kean.
No meio-campo, Roberto Biancu, do Cagliari, é volante com pés de armador. Emanuel Vignato, do Chievo, já foi convocado pela seleção brasileira, e deve ser titular. A Itália busca o tricampeonato do torneio. Não vence há 30 anos.
Grupo B
França
Tradicional, a seleção da França deverá ser protagonista mais uma vez, apesar da geração não ter o destaque da /98, por exemplo. Com um time muito físico, os franceses terminaram invictos a fase de classificação.
Em busca do quarto título, o ponte forte da França é o meio-campo sólido. Claudio Gomes, volante do Paris Saint-Germain, é marcador nato, mas que possui qualidade no passe. Mathis Picouleau dá suporte ao companheiro, enquanto Maxence Caqueret, do Lyon, é o criador.
No ataque, Yacine Adli, do PSG, é muito badalado. Muito habilidoso, fez quatro gols na fase de classificação. Ao lado do potente Willem Geubbels, centroavante do Lyon, a expectativa é de briga pela liderança com a Escócia.
Escócia
Considerada a grande seleção de base recente do país, a atual Escócia Sub-17 vem credenciada com uma das melhores campanhas nas eliminatórias, com 100% de aproveitamento, 16 gols marcados e um sofrido.
São sete jogadores do Celtic convocados. Entre eles, o craque Jack Aitchison, expoente da categoria e dono de todas as credenciais possíveis para a disputa de craque da competição. Goleador, técnico e capaz de decidir a partida em um lance, ele já é apontado como futuro ídolo do Celtic.
Glenn Middleton, do Norwich, é o parceiro ideal de Aitchison. Também repleto de cartaz positivo, foi peça fundamental para a classificação dos escoceses Billy Gimour, astro do Rangers, não foi convocado. É membro da geração /01 e muito elogiado.
Hungria
Buscando voltar a figurar entre as grandes potências, a Hungria vem bem nas competições de base nos últimos anos. Em uma espécie de “reconstrução”, a seleção tem bons resultados. Em 2015, fez excelente Mundial Sub-20, e no ano passado boa Eurocopa.
De volta à fase final do europeu Sub-17 depois de 11 anos, a Hungria só está neste momento muito em função do excelente momento de Dominik Szoboszlai. O meio-campista do Red Bull Salzburg é o capitão, artilheiro e líder do meio-campo do time.
Autor do gol da classificação diante da Noruega, em falta extremamente bem cobrada, o volante deverá ser um dos destaques do setor no torneio. Dono de uma incrível capacidade de achar espaços e finalizar fora da área, ele será fator determinante para a classificação.
Outro destaque é Szabolcs Schön, o Robben do Ajax. Assim como Kevin Csoboth, atacante do Benfica.
Ilhas Faroe
A surpresa da competição. Pela primeira vez, a seleção se classificou para a fase final de alguma competição oficial. A história épica terá o capítulo mais especial na Croácia, mas o resultado não importa muito.
Após a campanha histórica, com vitórias sobre a Eslováquia e República Tcheca, fica visível o quanto evoluiu o futebol da região. Focada na organização defensiva, foram apenas seis gols em seis partidas na fase de classificação.
Três deles anotados por Tórur Jacobsen, o grande destaque individual. Os jogadores atuam nas Ilhas Faroes, Dinamarca e Islândia. O HB Tórshavn tem seis convocados e será a base da equipe que busca continuar fazendo uma história de impacto.