Guia do Europeu Sub-17 2016 – Parte I

Guia do Europeu Sub-17 2016 – Parte I

Confira guia exclusivo da principal competição da categoria

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O mês de maio reserva aos amantes do futebol de base a fase final do Europeu Sub-17 2016. O principal torneio da categoria no continente será sediado no Azerbaijão, e contará novamente com 16 equipes participantes, divididas em quatro grupos.

Nesta quinta (05), a competição terá início. É a chance da geração /99 se colocar nos holofotes de vez. Alguns dos jovens já têm, inclusive, experiência em partidas profissionais, prova de que as categorias de base estão sendo observadas cada vez mais. E não é só no Brasil.

Portugal foi o grande campeão em 2003 (Foto: Reprodução/maisfutebol.iot.com)
Portugal foi o grande campeão em 2003 (Foto: Reprodução/maisfutebol.iot.com)

A equipe do Alambrado preparou um guia especial da principal competição europeia para a geração /99. A atual campeã França vai defender o título e busca o bicampeonato. Confira a primeira parte do especial:

Grupo A

Azerbaijão

Os investimentos no futebol do Azerbaijão se mostram cada vez mais eficientes tendo em vista os resultados dos clubes do país. Tendo como exemplo a seleção nacional, a evolução ainda caminha mais lentamente. Mesmo assim, novos talentos surgem.

Na competição deste ano, o país terá pela primeira vez a chance de disputar o torneio. Como país-sede, a expectativa é de fazer um papel digno. E para isso, além de apostar na força da torcida, o técnico Tabriz Hasanov comemora o grupo tecnicamente mais fraco do torneio, com apenas Portugal como favorito destacado na chave.

Para passar de fase, o treinador vai apostar em Murad Mahmudov. Apesar de ter apenas 15 anos, um ano a menos que a maioria dos oponentes, o atacante é a promessa do país para o futuro. Jogador do Red Bull Leipzig, é um atleta rápido que atua pelas pontas. Ao lado dele, Dogukan Öksüz, do Trabzonspor, é a esperança de gols.

Mais atrás, Metin Güler é o organizador da equipe. Dono de bom passe, é o capitão que já tem dois gols anotados pela seleção. E foi dele o gol do último amistoso da categoria, diante da Rússia, na vitória por 1×0 – triunfo que encheu o país de esperança.

Portugal

Uma das grandes potências do futebol juvenil, Portugal chega credenciada como um dos principais favoritos da competição. Fora do último Europeu Sub-17, os portugueses buscam mostrar porque são referências em categorias de base.

Os comandados de Hélio Sousa buscam reeditar 2003, quando os lusos ficaram com o título pela quinta vez. Em 2014, bateram na trave, ao cair nas semifinais – geração que tinha Renato Sanches e Ruben Neves no comando.

Para este ano, o treinador confia no trio de ataque do Benfica, formado por João Filipe, Mesaque Dju e José Gomes, que impressiona. O primeiro, inclusive, já foi apontado como “novo Cristiano Ronaldo”, e é o artilheiro da competição até o momento, com sete gols marcados. Não muito atrás está José Gomes, que tem cinco.

Na primeira fase, a seleção fez sete pontos. Já no Elite Round, marcou os nove possíveis. A força do ataque também se justifica por Domingos Quina, do West Ham. A promessa é colocada como uma das esperanças no meio-campo do clube inglês. Na lateral-esquerda, Rubem Vinagre, do Monaco, é certeza de apoio constante. O amigo de Portugal Rui Fernandes afirma que a geração é cercada de expectativa.

Bélgica

Mais um capítulo para “a ótima geração belga” provar o seu valor. Em 2015, o sucesso foi grande: semifinais na Euro Sub-17 e no Mundial da categoria. E a geração mais uma vez é boa.

Ilias Moutha-Sebtaou foi contratado pelo Manchester United como uma grande promessa (Foto: Reprodução/pantip.com)
Ilias Moutha-Sebtaou foi contratado pelo Manchester United como uma grande promessa (Foto: Reprodução/pantip.com)

Invicta na primeira fase e no Elite Round, a Bélgica conta com um setor ofensivo forte. Porém, antes de tudo, um goleiro excelente. Ilias Moutha-Sebtaou, do Manchester United, traz segurança para a equipe.

Se o goleiro fizer a sua parte, o trio formado por Milan Corryn, do Anderlecht, Adrien Bongiovanni, do Monaco, e Luis Openda, do Bruges, pode resolver.

Treinados por Thierry Siquet, os belgas mostram que o ótimo trabalho em sequência pode dar frutos. Não se pode duvidar da seleção neste momento de tamanho crescimento. Trabalhos coletivo e individual são exemplos.

Escócia

Pela terceira vez consecutiva, a Escócia está na fase final da Euro Sub-17. E, mais uma vez, aos trancos e barrancos, na fase de classificação – duas vitórias, dois empates e duas derrotas. Porém, não quer dizer que a geração seja ruim.

O técnico Kyle McAllister conta com, no mínimo, quatro jogadores de alto nível. No ataque, Jack Altchison, do Celtic, e Lewis Morrison, do Kilmanorck, são as esperanças de gol. Lewis, inclusive, tem quatro gols e é o artilheiro da seleção.

Liam Burt, meio-campista do Rangers, é o grande astro. Com partidas pelo profissional, mostra grande técnica com a bola nos pés. Inclusive, já disputou jogos pela equipe sub-19, tamanha diferença de qualidade para a categoria.

Jordan Holsgrove, do Reading, é o companheiro de Burt na busca por colocar a Escócia nas quartas de final da competição.

Grupo B

Ucrânia

A Ucrânia aposta em um grande destaque para vencer a Eurocopa Sub-17. Trata-se do meia armador Sergiy Buletsa, do Dinamo de Kiev. Grande expoente da geração, o jogador se mostrou acima da média.

Na fase de classificação, ajudou a seleção a se manter invicta, com quatro vitórias e dois empates. Os três gols e duas assistências dão credenciais para que ele se candidate a craque do torneio.

O treinador Alexander Petrakov conta ainda com um ataque de peso: Andriy Kulakov, do Shakhtar Donetsk, do Andriy Kulakov, do Metalist, Yaroslav Deda, do Volyn.

A expectativa é de passar de fase, principalmente com apenas a Alemanha como favorita da chave. A terceira partida, diante da Bósnia, será decisiva e deve classificar uma das duas seleções.

Alemanha

Atual campeão mundial, a Alemanha segue como a referência no futebol atualmente, Isso, claro, pode mudar a qualquer momento. Nas categorias de base, porém, os resultados continuam positivos.

Tricampeã da Eurocopa Sub-17 e atual vice-campeã da competição, a Alemanha surge novamente como favorita. E o técnico Meikel Schönweitz sabe disso.

O ponto forte é o ataque. Foram sete gols em três jogos. A vitória contra a Holanda, na última rodada do Elite Round, mostra perfeitamente a força da equipe. O trio formado Arne Maier, do Hertha Berlin, Jano Baxmann, do Werder Bremen, e Renat Dadashov, do Red Bull Leipzig, foi responsável por seis dos sete gols.

Dadashov é visto como o grande goleador da categoria. Na seleção sub-17, são dez jogos e, incríveis, dez gols. Com muita força, tem a finalização como principal qualidade. Tem tudo para ir bem no torneio.

Áustria

Antes de jogar a Eurocopa com os profissionais, os torcedores da Áustria irão matar a ansiedade com a equipe sub-17. As categorias de base, muito valorizadas na nação, tentam apresentar novos talentos.

Para ser campeã pela primeira vez, a grande aposta é em Kevin Arase, do Rapid Viena, para fazer gols, e no craque Romano Schmid, do Sturm Graz, camisa 10, para armar a equipe.

Porém, o grande destaque, de fato, é Philipp Sittsam, do Sturm Graz – companheiro de Schmid na equipe. Foi ele quem marcou na vitória contra a França, por 2 a 1, pelo Elite Round – que garantiu a Áustria no torneio.

Na campanha, a Áustria ainda não perdeu. Até agora, são três vitórias e três empates. A chance de sair do equilíbrio é agora. O grupo é difícil, mas não impossível.

Bósnia-Herzegovina

Estreante na competição, a Bósnia não foi só participar. Apesar da falta de experiência, os bósnios têm consciência que a ótima fase de classificação e os recentes bons resultados os credenciam para passar da fase de grupos.

Podemos definir a equipe que irá disputar a competição como o time de uma estrela só. E justificável. Benjamin Hadžić, do Bayern de Munique, é o principal jogador da sua categoria no clube alemão.

Centroavante de ótimo nível técnico, é reconhecidamente um camisa 9 de alto nível. Capaz de fazer gols de todas as maneiras, as esperanças estão depositadas no jogador.

O outro Nedim Hadžić, do Academy Sarajevo, é o companheiro de ataque. E é na onda dos Hadzic que o técnico Sakib Malkočević espera que a Bósnia vá longe na Eurocopa Sub-17.

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