Goran Pandev, Darko Pancev e a dinastia dos Babunski: como fazer o...

Goran Pandev, Darko Pancev e a dinastia dos Babunski: como fazer o futebol macedônio evoluir

David Babunski e a ótima fase da equipe macedônia sub-21

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13 de outubro de 1993. Em Kranj, na Eslovênia, era realizado o primeiro jogo oficial da seleção de futebol da Macedônia. Os visitantes se deram bem e golearam o rival por 4 a 1. Dois anos depois de sua independência, os macedônios poderiam, enfim, ter uma seleção para torcer.

O cenário era positivo. Apesar da força adversária, a espinha dorsal, formada pelos bons e experientes Darko Pancev e Boban Babunski, dava esperanças aos torcedores. Porém, 23 anos depois, o futebol local se mostra como o elo mais fraco e menos desenvolvido dos países que formaram a Iugoslávia.

Durante o Campeonato Iugoslavo, isso já era perceptível. Apenas o Vardar chegou a conquistar algum título de expressão para os macedônios – a Copa da Iugoslávia, em 1961. Com Goran Pandev, grande jogador da história da nação, alguns resultados chegaram a aparecer, mas nada muito significativo.

Em 2006, o país terminou o ano entre os 60 mais bem ranqueados da FIFA. Algo distante dos dias de hoje, já que a seleção ocupa o 138º lugar. Nos últimos dez jogos, por exemplo, a seleção perdeu sete, ganhou apenas duas e empatou uma partida. Cenário ruim na perspectiva pela busca por uma vaga na Copa do Mundo 2018.

Pior que a seleção é o panorama do Campeonato Nacional. Não obstante o nível técnico não muito evoluído, o interesse do público não é dos maiores. Nem mesmo o Vardar, maior clube do país, consegue atrair públicos interessantes.

Na última década, apenas o Shkëndija Tetovo chegou a obter médias de público maiores que 5 mil pessoas. Na última temporada, era comum ver estádios com menos de mil pessoas. A falta de público é difícil de ser explicada com exatidão, mas é fato que os resultados e a falta de uma seleção forte corroboram com o público.

Geração para revolucionar

Desde 2015, porém, uma seleção vem empolgando os torcedores. As promessas do sub-21 lideram o seu grupo das Eliminatórias para o Europeu Sub-21 2017. Chave forte, que ainda possui França, Escócia, Ucrânia, Islândia e Irlanda do Norte.

Com 18 pontos em nove partidas disputadas, os macedônios se garantem no torneio caso vençam a Escócia na última rodada. A partida do dia 8 de outubro, na Philip II Arena, em Skopje, é aguardada com muita ansiedade pelos torcedores.

Os dois empates com a França (1 a 1, fora de casa, e 2 a 2, como mandante) deram esperanças à seleção. O time treinado por Blagoja Milevski é muito sólido. Foram 11 gols anotados e sete sofridos nas nove partidas.

Liderados por Babunski

Para garantir a primeira classificação em torneios europeus, a Macedônia confia no prosseguimento da dinastia Babunski. Após Boban, Dorian e David Babunski seguem os passos do pai.

Aos 20 e 22 anos, respectivamente,a dupla integra o time sub-21 da Macedônia. David, em especial, chama atenção pela qualidade técnica e espirito de liderança.

Babunski lidera a seleção da Macedônia sub-21 (Foto: Reprodução/sport.es)
Babunski lidera a seleção da Macedônia sub-21 (Foto: Reprodução/sport.es)

Capitão e camisa 10, Babunski foi formado nas categorias de base do Barcelona. Em La Masia, sempre se destacou como meio-campista de muita maestria. Clássico, tem a visão de jogo acima da média.

Em 2011, foi eleito o melhor jogador jovem da Macedônia, com apenas 17 anos. O futebol apresentado no clube espanhol empolgava a todos.

Após praticamente dez anos no Barcelona, David se transferiu para o Estrela Vermelha, no início de 2016. Logo na chegada, título sérvio e empolgação da torcida pelo seu futebol.

É com essa ótima fase que Babunski pretende chegar ao Europeu Sub-21 2017 e fazer história pelo seu país. As esperanças estão depositadas no camisa 10 para acabar com a dependência sobre Goran Pandev.

O segundo capítulo dos Babunski está só começando.

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