Muitas vezes um zagueiro que marca duro, sempre junto ao adversário, é chamado de grosso ou truculento. Diversas vezes essa é a única maneira de parar um talento, como são os casos de Messi e Neymar, no Barcelona e PSG.
Poucas defesas, sistemas e equipes são capazes de parar tais atletas. Porém, alguns esquemas defensivos e zagueiros fizeram história e “descobriram” como marcar craques. Ou até gênios.
Em 1982, na Copa do Mundo disputada na Espanha, a Itália desfilou defesa. Isso mesmo. Os italianos mostraram ao mundo como defender. O esquema tático era bem definido: marcação forte e efetividade na frente. Apesar de desapontar muitos amantes do futebol, batendo Argentina, Brasil e Alemanha, um legado foi deixado pela seleção.

A defesa formada pelo goleiro Zoff, o capitão Scirea, o ótimo Cabrini e o duro Gentile é uma das mais fortes da história. Eles foram os pilares para um êxito inesperado. Todos atuavam na Juventus, e já faziam história no país com várias conquistas.
Gentile, também conhecido como Gadaffi pela ascendência Líbia, era uma das principais lideranças do setor. A missão recebida por ele era dura. Na segunda fase daquele Mundial, ficou encarregado de marcar nada mais nada menos do que Maradona e Zico, dois dos jogadores históricos.
E ele cumpriu com maestria e deu aula de como marcar gênios. Apesar de algumas vezes abusar da violência, a qualidade técnica e a marcação dura prevaleceram e ajudaram a Itália a vencer os dois jogos. Foram cinco faltas contra Maradona, com direito a uma solada, e quatro contra Zico.
Mais ainda, levou a Azzurra à conquista do tricampeonato mundial. Um título inesquecível e que reverbera até os dias de hoje. Tão inesquecível quanto as atuações perfeitas de um zagueiro que “zagueirava”. E “zagueirou” diante de Maradona e Zico. O 6 que venceu o 10 e que está ate hoje marcando os dois gênios.