A final da Copa Libertadores de 2015 reserva para os amantes do futebol momentos de alto nível. A decisão contará com duas equipes de excelente qualidade, além de motivações diferentes para alcançar a desejada taça continental.
Os argentinos do River Plate buscam um título que não vem desde 1996 e um tricampeonato sonhado há tempos. Do outro lado, os mexicanos do Tigres contam com um elenco galáctico para acabar com uma marca: jamais um clube do México ganhou a Libertadores.
Motivações à parte, vale lembrar que ambas as equipes se encontraram na primeira fase do torneio e os resultados persistiram em empate. Agora, o tira-teima irá decidir quem será o principal clube do “continente” neste ano. As apostas já começaram.
Tigres: uma conquista para a história
Pela terceira vez na história, uma equipe mexicana chega à final da Copa Libertadores. Repetindo o Cruz Azul de 2001 e o Chivas de 2010, a equipe do Tigres mostra a força de um futebol que passa por um momento de afirmação no cenário mundial.
Os grandes resultados alcançados pela seleção nacional nos últimos anos – em âmbito profissional e na base – empolgam o torcedor mexicano. A torcida do Tigres, fanática por natureza, empurra uma equipe fortíssima em busca da principal conquista de um clube mexicano na história recente.
Apesar da regra de não poder disputar o Mundial de Clubes da FIFA no final do ano, a equipe de Monterrey quer um título que falta para a galeria dos astecas. Para isso, fez contratações bombásticas, que pareciam inconcebíveis no começo do ano.
Apesar de ter sido a segunda melhor campanha da fase de grupos e se classificar bem até as semifinais, a diretoria do Tigres ousou durante a pausa para a Copa América. O presidente Alejandro Rodriguez aproveitou o mercado aberto para ir às compras.
A maior delas foi o acerto com o ídolo do Olympique de Marselha, Andre Pierre Gignac. O francês de 29 anos vivia seu auge na Europa e é o atual vice-artilheiro do Campeonato Francês.
As contratações não pararam por aí. Os promissores e ótimos Javier Aquino, ex-Villareal, e Jurgem Damm, ex-Pachuca, chegaram para compor a equipe titular e incomodar os adversários jogando pelas pontas.
Ikechukwu Uche, nigeriano que jogou muito tempo no Villareal, foi mais um reforço pomposo dos mexicanos (um dos poucos jogadores que ainda não estreou).
Além dos “astros”, o lateral-esquerdo Jairo González veio do Leones Negros para brigar por uma vaga em um dos setores mais carentes do clube do Monterrey.
A força técnica, muito superior à maioria dos clubes sul-americanos, impressiona. O Tigres parece estar mais fortalecido e pronto para acabar com o jejum dos mexicanos.
O pequeno favoritismo contra o River Plate precisa ser confirmado já na primeira partida, agendada para o “El Volcán”. A força dos mexicanos será colocada à prova.
Após gastar R$ 75 milhões com reforços, a hora agora é de exercer a força de 45 mil apaixonados. No Vulcão, a pressão e o calor são as virtudes de um Tigres gigante.