“A Inglaterra precisava de um meio-campista criativo”. A cada Copa do Mundo ou competição importante que os ingleses disputam – e são eliminados, surgem os questionamentos sobre o porquê do jejum de títulos. Uma das respostas é, inevitavelmente, a que aparece acima. Mesmo as fortes gerações de 2002 e 2006 padeciam do tal jogador. Joe Cole, o mais próximo do que a torcida exigia na posição, acabou não tendo carreira tão sólida.
É justamente do Chelsea, equipe em que Cole passou parte da trajetória, que promissores jogadores surgem a cada ano. O domínio nas categorias de base na Inglaterra é grande. Tricampeão da FA Youth Cup e bi campeão da Youth League, o potencial de formação é enorme. Utilização dos talentos à parte, mais uma promessa aparece como grande esperança do futebol inglês. Mason Mount é o dono da 10.
Torcedor do Chelsea, no clube desde os seis anos de idade e muito identificado com os londrinos, Mount já aparece na equipe sub-23 do clube, mesmo tendo apenas 17 anos. A trajetória brilhante contou com mudanças no caminho.
Dono de ótimo chute de média distância, o agora armador já atuou mais adiantado, próximo ao gol. Porém, a observação de que possuía visão de jogo acima da média e incrível capacidade de desarrumar defesas adversárias. Com isso, a posição de agora o deixa livre para criar e finalizar – em algumas partidas vindo ainda mais de trás.
A temporada 2015/16 consagrou Mount e o cercou de expectativas. Além de ser um dos principais jogadores na conquista da Youth Cup, o meio-campista marcou o gol de abertura das finais, no empate em 1 a 1 com o Manchester City.
O outro time de Manchester, o United, também sofreu com a habilidade de Mount. Na vitória por 5 a 1, ainda nas fases anteriores da competição, a promessa fez grande dobradinha com Tammy Abraham: um gol e uma assistência.
Inclusive, a parceria com o centroavante era de muito sucesso. O físico frágil e veloz de Mount completava a força e posicionamento de Abraham. Na Youth League, também conquistada pelo clube, Mount foi peça importante na semifinal e final.
Como substituto de Kyle Scott e Kasey Palmer, brilhou quando preciso. Nas semifinais, diante do Anderlecht, deu duas assistências para confirmar os 3 a 0. A grande fase chamou atenção também da seleção inglesa.
Até o momento, Mount participou de nove partidas pelas equipes sub-16, sub-17 e sub-18 da Inglaterra – com três gols marcados. Um deles, inclusive, teve muita visibilidade. Na vitória por 2 a 1 sobre a Alemanha, em novembro do ano passado, o meio-campista acertou chute colocado de fora da área.
Com o bom desenvolvimento, foi convocado e atuou como titular no Europeu Sub-17, em que a Inglaterra caiu nas quartas de final para a Espanha. Na ótima geração inglesa, Mount é o 10.