O Europeu Sub-17 2004 está marcado para os amantes de futebol. E não são só os fãs das categorias de base que lembram com carinho desta competição. Foi um desfile de grandes seleções e craques que já demonstravam um grande futebol. Dificilmente teremos um torneio tão forte como aquele.
Antes de contar a trajetória dos franceses, donos da casa e campeões, vale lembrar o elenco das principais nações, Começando pelo país sede. A França contava com um meio-campo de dar inveja. Ben Arfa, Menéz e Nasri comandavam o principal setor dos Bleus. No comando de ataque, Benzema era o homem-gol.
Além da cabeça de chave, o grupo A ainda contava com Espanha, Turquia e Irlanda do Norte. A Fúria tinha uma equipe igualmente poderosa. Além do Maestro e craque da competição Fábregas, os espanhóis ainda contavam com nomes do quilate de Javi Garcia, Piqué, Mario Suárez, Diego Capel e Granero.
Do outro lado, no grupo B, a Inglaterra intimidava com Noble, Kyel Reid e Frazier Campbell. Ao seu lado, Portugal buscava surpreender com Rui Patricio, Helder Barbosa e o grande craque do time, Bruno Gama. Ucrânia e Áustria completavam o grupo.
A França comandou sua chave com 100% de aproveitamento, inclusive com vitória sobre a segunda colocada Espanha. O placar de 1 a 0 mostrou o equilíbrio do jogo.
No grupo B, a liderança foi inglesa, com Portugal alcançando a vice-liderança após goleada sobre a Ucrânia.
As esperadas semifinais colocaram frente a frente as quatro melhores seleções do torneio. No encontro entre França e Portugal, o trio do meio-campo francês fez a diferença. Menez, Nasri e Ben Arfa marcaram nos 3 a 1 sobre os lusos. Bruno Moreira ainda tentou complicar, mas não conseguiu.
No outro embate, jogo mais duro. A Espanha só venceu a Inglaterra nos últimos minutos. Fábregas anotou de pênalti o gol da classificação. Uma partida que cansou muito os jogadores espanhóis.
Na disputa do terceiro lugar, um jogaço. O 4 a 4 entre Portugal e Inglaterra simbolizou bem o nível técnico do torneio. Foram oito gols e até a prorrogação contou com muita emoção. Nos pênaltis, melhor para os portugueses: 3 a 2 e terceiro lugar.
A esperada e galáctica final estava formada. O desenho era de um clássico intenso. Fábregas e Nasri eram os grandes maestros de lado a lado. Contando com o apoio do público, a França entrou mais ligada na partida.
Logo a um minuto, Constant abriu o placar com uma bela finalização de esquerda. Gol que motivou de forma estrondosa os franceses. A qualidade era tão grande que as arquibancadas se deliciavam com os futuros grandes jogadores do futebol mundial.
Além de ser dona da casa, a seleção francesa tinha muito ímpeto pela conquista do primeiro título da categoria. A Fúria buscava o seu sétimo.
No segundo tempo, após muita pressão, a Espanha chegou ao empate. Fabregas, sempre ele, bateu escanteio na medida e Piqué desviou com perfeição. O empate esfriava a euforia francesa e mostrava a grandeza da seleção adversária.
Mesmo assim, os Bleus seguiram martelando e chegaram ao gol da vitória, e do título, faltando um minuto para o termino da partida. Nasri fez uma grande jogada e, de fora da área, finalizou no canto do goleiro adversário.
Festa incrível pelo primeiro título dos franceses. Um título gigante pelas dificuldades impostas pela ótima Fúria, do craque da competição Fábregas. E a glória de uma geração que ficou marcada como uma das melhores da história da França, mesmo que, por conta de percalços no caminho, não pode dar tudo o que podia na seleção principal.
