As transferências mais estranhas do futebol mundial

As transferências mais estranhas do futebol mundial

Nem todo jogador muda de clube por valores milionários; Confira as histórias mais curiosas nas contratações de atletas

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Já não é novidade que o futebol tem se tornado algo cada vez mais profissional, um verdadeiro negócio mercadológico, envolvendo estratégias elaboradas de marketing e financiamento e cifras milionárias nas transferências de atletas de um clube para o outro.

No entanto, a história do esporte já mostrou algumas negociações bizarras, tendo como protagonistas não apenas jogadores pouco badalados, mas também craques consagrados. Confira as transferências mais estranhas:

Dois pés por quatro rodas

Em 1980, a Catuense, da Bahia, montava seu elenco para estrear na primeira divisão do campeonato estadual. O time já tinha acertado as bases com uma jovem promessa, o meia Roberto Nascimento, que atuava no Botafogo-BA. No entanto, o clube não autorizava sua transferência.

O Botafogo parecia irredutível, mas uma necessidade geográfica uniu o útil ao agradável. O time iria se mudar para Camaçari, e precisava de um ônibus para as viagens. A Catuense, por outro lado, havia sido fundada a partir de uma empresa de ônibus, e ofereceu um de seus veículos em troca do jogador. Assim, o negócio foi selado.

Linguiças e desilusão

Cioara foi trocado por linguiças (Foto: Reprodução)
Cioara foi trocado por linguiças (Foto: Reprodução)

Ser rebaixado de divisão já não costuma ser algo muito animador. O que dizer quando é preciso ir embora de um time por conta de 15 quilos de linguiça?

Foi o que aconteceu em 2006 com o zagueiro Marius Cioara, que defendia o UT Arad, da segunda divisão romena. Seu clube aceitou a proposta suína que chegou do Regal Hornia, da quarta divisão. Desapontado e desvalorizado, Cioara resolveu largar a carreira e se mudou para a Espanha.

 

Cinco estrelas

O americano Walter Restrepo era um dos jogadores mais badalados da Major League Soccer em 2014. Com boas atuações pelo Fort Lauderdale Strikers, o meia atraiu interesse de vários clubes, incluindo o San Antonio Scorpions.

Para contar com o atleta, os Scorpions ofereceram cobrir os valores de hospedagem e transporte para os Strikers na preparação para o jogo entre as duas equipes, algo que geraria um valor em torno de 5 mil dólares. A proposta foi aceita, e Restrepo, que já planejava se mudar para San Antonio há anos, realizou seu sonho.

Amor à(s) camisa(s)

John Barnes virou lenda no Liverpool (Foto:Divulgação/LFC)
John Barnes virou lenda no Liverpool (Foto:Divulgação/LFC)

Tido como uma lenda por torcedores do Liverpool e reconhecido como um dos grandes jogadores da história do futebol inglês, o meia John Barnes teve um início um pouco menos luxuoso no mundo da bola.

Em 1981, aos 18 anos, ele atuava pelo modesto Sudbury Court, quando foi descoberto por um olheiro do Watford. Sem ter muita noção do potencial de seu próprio jogador, o Sudbury não pediu muito em troca dele: apenas um novo jogo de camisas. Não é preciso dizer quem barganhou na história.

Craque de peso

Camarões da Noruega são muito valorizados na culinária local. Nesse caso, ser trocado por uma boa quantidade deles nem chega a ser uma grande ofensa, certo?

O caso ocorreu com o jogador Kenneth Kristensen, que na época jogava no Vindbjart, da terceira divisão do país. Para contar com o atleta, o Floey FC, também da terceirona, ofereceu o peso dele (75 Kg) em camarões. Imagina se resolvem fazer o mesmo, digamos, com o carismático Akinfewa (foto abaixo)?

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Trote que custou caro

A carreira do senegalês Ali Dia tem diversos aspectos folclóricos, e sua curiosa transferência do pequeno Blyth Spartans (que sequer disputava uma liga) para o Southampton, em 1996, com certeza é um deles.

Dia chegou nos “Saints” por conta de um telefonema recebido pelo então técnico do clube, Graeme Souness. Do outro lado da linha supostamente estava o craque George Weah, recomendando a Souness a contratação de Dia. Tudo não passava de uma farsa, já que a ligação havia sido feita pelo primo de Dia. Dentro de campo, o senegalês precisou de apenas alguns minutos para mostrar que não tinha a mínima condição de atuar na elite.

As chuteiras de Beto “Cachaça” 

Beto nos tempos de Botafogo (Foto: Reprodução)
Beto nos tempos de Botafogo (Foto: Reprodução)

Ícone do futebol carioca nos anos 90, o meia Beto começou sua carreira no Dom Bosco, do Mato Grosso. Em 1993, Beto chamou a atenção do Botafogo, que tentou a liberação do atleta junto ao seu clube de origem.

Mas o Dom Bosco não aceitava liberar o jogador de graça, e pedia algo inusitado em troca de seu passe: 50 pares de chuteira. O Botafogo não tinha tanta certeza sobre o investimento, o que fez com que o próprio atleta bancasse os calçados, entregues diretamente para o roupeiro da equipe.

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