A Roma é uma tradicional equipe italiana, claro, mas se comparada com Internazionale, Juventus e Milan, fica um “tantinho” para trás. Entretanto, isso não diminui sua grandeza, tampouco os feitos de sua história, como quando um jovem atleta chamado Francesco Totti liderou Batistuta, Cafu, Zanetti, entre outros, à conquista histórica do Campeonato Italiano.
A Roma é um dos times grandes mais novos do futebol italiano. Fundada em 1927, foi conquistar seu primeiro título de expressão somente em 1941-42, quando a Juventus, por exemplo, já possuía sete, e o Genoa, que hoje nem consegue ficar no G-4, havia conquistado nove. Ainda nos dias de hoje o clube romanista não possui muitos títulos, apesar de montar sempre bons e competitivos elencos.
E um desses elencos foi o de 2000-2001, que acabaria com um jejum de 18 anos sem um título da Série A, e 10 sem um título sequer. Fabio Capello foi o responsável por acabar com este tabu incômodo para torcedores, jogadores e diretores. O até então jovem treinador havia sido contratado em 1999, e foi ele quem montou a base da equipe que viria a ser campeã naquela temporada.
Francesco Totti, maior jogador da história da Roma e ídolo do clube, já era capitão com 24 anos, sendo nomeado aos 21, e jamais largou a braçadeira. Com ele estavam os artilheiros Batistuta e Delvecchio, além de outros nomes como Zanetti, Cafu, Aldair, Emerson, Nakata, Samuel, Marcos Assunção, entre tantos outros. Um grande time.
Na temporada anterior, a Roma acabaria ficando apenas com o sexto lugar. Quem imaginaria que, no ano seguinte, praticamente a mesma equipe faria uma campanha irretocável? Foram 22 vitórias, nove empates e apenas três derrotas. Sendo estas derrotas em clássicos (Internazionale, Milan e Fiorentina). Os comandados de Capello não deram sopa para o azar.
Se nos confrontos diante dos grandes a maioria dos resultados foi de empate ou derrota, contra os “pequenos” era somente vitória. Batistuta foi o artilheiro da temporada com 21 gols. A Roma ainda levou o maior número de torcedores ao estádio, com média de 64.720 espectadores por jogo no Estádio Olímpico.
A seca de títulos já durava 18 anos, desde os tempos em que Falcão era o Rei de Roma. E a quebra da escrita não poderia ver de outra forma: com uma boa dose de sofrimento.
O campeonato só seria decidido na última rodada, com ninguém menos que a ultracampeã Juventus brigando de maneira valente com a “Loba”. Para ser campeã, a Roma dependia somente de si. Já a Juve precisava vencer a Atalanta e torcer por um tropeço rival, que não aconteceu. A Juve fez sua parte, mas a Roma também, vitória por 3 a 1 sobre o Parma com gols de Totti, Montella e Gabriel Batistuta. Estava quebrado o tabu.
Veja como foi a conquista diante do Parma: