A primeira grande geração suíça do século

A primeira grande geração suíça do século

Conheça o time que brilhou na Euro Sub-17 de 2002

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Nas últimas quatro Copas do Mundo, a Suíça esteve presente e é figura “carimbada” nos mundiais recentes. Tradicional, a seleção voltou a ter força após anos sem destaque na Europa. E foi justamente nos anos 2000 que as categorias de base do país melhoraram.

No início da década, um título foi um ponto importante para os suíços. Após somente uma Copa disputada em quase quatro décadas, o país viu surgir uma geração com força. Em 2002, no Europeu Sub-17 disputado na Dinamarca, a seleção conquistou seu primeiro título de expressão na base.

Antes de 2009, quando conquistou o Mundial Sub-17, momento mais importante recentemente, a base do país já mostrava um bom trabalho refletido em campanhas de alto nível. Mas nada como em 2002.

Integrante do grupo B, que também tinha França, Portugal e Ucrânia, as expectativas não eram das mais altas. A primeira citada tinha uma seleção com elenco bem badalado, incluindo Clichy, ex-Arsenal. Já Portugal tinha um astro, que ainda não tinha o mesmo peso na base, mas era bem comentado. Cristiano Ronaldo, aos 17 anos, era o atacante do Sporting que pintava com grande potencial.

Porém, quando a competição teve início, ficou claro que a Suíça ia incomodar. Na primeira partida, 3 a 1 sobre a Ucrânia. A qualidade da equipe ficou ainda mais evidente no triunfo por 1 a 0 sobre Portugal.

No terceiro joga da chave, já classificada, a seleção enfrentou a França. Para ter a liderança, a vitória era necessária. E veio mais uma vez: 2 a 1.

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As quartas de final colocaram os suíços para enfrentar os surpreendentes georgianos. Com jogo coletivo afiado e solidez, a seleção seguiu avançando. Desta vez, 3 a 0.

Nas semifinais, os adversários, na teoria, seriam mais difíceis. A Inglaterra de Wayne Rooney e Glen Johnson. Mais uma vez, os suíços foram os donos do jogo: 3 a 0.

A final foi contra a França, rival vencido na primeira etapa. E agora? Mesmo diante da força da França e o poderio do time que mais tarde mostraria grande futebol, os suíços conseguiram levar o jogo. A defesa funcionou muito bem. E a partida não teve muitas chances de ter gol. Decisão então foi para os pênaltis.

E aí deu, pela primeira vez, a seleção suíça campeã. 4 a 2 nos pênaltis. Cobranças perfeitas, assim como a trajetória: invicta e campeã.

Do time, Sandro Burki, destaque da campanha, não foi o craque que era esperado. Mas fez carreira no futebol do país. Foram mais de 10 anos como titular do Aarau. Fez uma partida pela seleção.

A zaga tinha Philippe Senderos, talvez o jogador com maior sucesso daquela seleção. São mais de 50 jogos com a camisa da seleção até hoje, com três Copas do Mundo disputadas.

Ziegler, que vestia a camisa 10 e era visto como grande craque da geração, até por ser um ano mais jovem, não foi protagonista. Jogou pela Juventus, Hamburgo e Tottenham, disputou duas Copas do Mundo. Mas ficou um pouco de decepção.

Outro que chegou à seleção principal foi Tranquilo Barnetta. De carreira semelhante ao último citado, foi bom jogador e ajudou muito nas classificações para as últimas Copas.

Se os três tiveram sua representação na década passada, principalmente, para a Suíça, o resto do elenco campeão do Europeu Sub-17 de 2002 não teve caminho parecido. Alguns inclusive não chegaram a atuar em grandes ligas.

Goran Antic e Maksimovic, dois bons meias importantes na conquista, não chegaram a ter destaque. Com passagens pelo futebol suíço, não puderam desfrutar de grandes títulos pela seleção principal como era esperado após destaque daquele ano.

 

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