A acachapante vitória do Real Madrid por 4 a 1, no Estádio Millennium, em Cardiff, no último sábado (3), pela final da Liga dos Campeões, impediu a Juventus de se tornar o oitavo clube europeu a faturar a tríplice coroa. A Velha Senhora havia ganhado o campeonato e a copa nacionais sobre Roma e Lazio, respectivamente.
Já os merengues, embora tenham sido campeões espanhóis, perderam a oportunidade de entrar nesse seleto grupo de maneira inédita em decorrência da eliminação para o Celta de Vigo ainda nas quartas de final da Copa do Rei, em janeiro. Seus algozes caíram na fase seguinte para o Alavés, que seria derrotado pelo Barcelona na disputa pelo título.
Dessa maneira, seguem exibindo o triplete em suas galerias apenas Celtic (1966-67), Ajax (1971-72), PSV (1987-88), Manchester United (1998-99), Barcelona (2008-09 e 2014-15), Internazionale (2009-10) e Bayern de Munique (2012-13). É interessante notar alguns pontos na lista acima, que evidencia a dificuldade de concretizar esse feito.
Por exemplo, três dos maiores campeões europeus, Real Madrid (12), Milan (7) e Liverpool (5) somam juntos 24 títulos, mas nunca conseguiram faturar a treble. Outro detalhe é que a Holanda é o único país com dois representantes nessa relação, enquanto apenas o Barcelona, recentemente, foi capaz de repetir a façanha europeia.
Dado o retrospecto, a missão de vencer os três títulos mais importantes da temporada tem perdido um pouco do grau de complexidade. Basta ver os números. Houve um intervalo de 32 anos entre os quatros primeiros tripletes, de 1967 a 1999, número que se repetiu entre 2009 e 2015 – período quase cinco vezes menor.
Então, é bem provável que nos anos seguintes vejamos novos (ou velhos, dependendo do ponto de vista) ganhadores da tríplice coroa. O próprio Real Madrid é um forte candidato, além, é claro, dos clubes que dominam o cenário nacional e são fortes internacionalmente, como o Bayern de Munique e, quem sabe, até Juventus, que busca se livrar da maldição continental que teima em persegui-la.