Diego Costa é um bom centroavante: “corpudo”, habilidoso e um ótimo finalizador. Mas o que tem de bom tem de encrenqueiro e desleal. O que ele fez com Laurent Koscielny e Gabriel Paulista no último clássico envolvendo Chelsea e Arsenal foi, no mínimo, embaraçoso. Isso fez com que ele fosse punido pela Federação Inglesa, e mais, criticado por Vicente Del Bosque, técnico da seleção espanhola.
Mas o histórico de polêmicas envolvendo o atacante é antigo. Começou quando o jogador, ainda no Atlético de Madrid-ESP, ganhou notoriedade, na temporada 2013/2014, quando surgiu a novela sobre qual seleção ele iria defender: brasileira ou espanhola. Como no passado não recebeu tantas oportunidades na Amarelinha, acabou escolhendo pela Fúria para a disputa da Copa em 2014, despertando o recalque em Luiz Felipe Scolari, que contava com o atleta e já o havia convocado para amistosos preparatórios para o Mundial.
Então, veio a Copa do Mundo e, logo na estreia, Diego Costa foi vaiado por parte da torcida que se encontrava na arena Fonte Nova, na Bahia. Isso porque o jogador cavou um pênalti que culminou no gol de Xabi Alonso, abrindo o placar para os então atuais campeões. O que ele não sabia é que depois viria uma chuva de gols holandesa que acabaria em 5 a 1.
Pelo Atlético de Madrid, foram diversas as atitudes impensadas do jogador. Em uma derrota Colchonera para o Levante, o jogador deu uma cotovelada e cabeçada no marcador, que revidou com um soco. Também quis arranjar encrenca com Angel Dí Maria, quando este pertencia ao Real Madrid.
Na Liga dos Campeões 2014/2015, na fase de oitavas de final, no confronto entre Chelsea e Paris Saint-Germain no Stamford Bridge, o centroavante arrumou encrenca com os zagueiros Marquinhos, Thiago Silva e David Luiz.
Com o primeiro, uma trombada normal de jogo, que o atleta ficou “revoltadinho” e simplesmente empurrou o jovem jogador do PSG. Depois, uma entrada criminosa em Thiago Silva na qual ele recebeu apenas cartão amarelo. O lance deixou David Luiz revoltado, a ponto de tirar satisfações com o encrenqueiro.
Ao término da partida, e com a eliminação dos Blues, Yohan Cabaye, que pertencia ao PSG, também discutiu com o espanhol. Além disso, em um clássico contra o Liverpool, o jogador pisou desnecessariamente na canela de Emre Cam, que se encontrava fora de campo, caído no chão, além de procurar briga com ninguém menos que Steven Gerrard.
Mas a gota d’água foi o clássico entre Chelsea e Arsenal na atual temporada (2015/2016), onde ele arrumou briga com Laurent Koscielny e Gabriel Paulista. Tudo começou em uma jogada dentro da área quando Diego Costa deixou o braço e deu tapa na cara de Koscielny, que o fez cair no chão. Então, levantou querendo briga e a confusão foi instalada. Gabriel Paulista, de maneira nada sutil, afastou o centroavante. Mike Dean, então, amarelou os dois.
O problema é que os dois continuaram discutindo e, sem ninguém por perto, Diego Costa catimbou de maneira nada leal. Simplesmente, o jogador ficou atrás do zagueiro brasileiro e reclamou de agressão, a qual não aconteceu.
Como o jogo era em casa e os colegas do centroavante “compraram” a acusação dele, Gabriel Paulista acabou expulso. Saldo de toda a confusão: Gabriel Paulista foi suspenso por um jogo e Diego Costa por três, por causa da conduta violenta.
Na atual temporada, Diego Costa tem apenas dois gols marcados em oito jogos pelo Chelsea, início de temporada muito abaixo secomparado ao do primeiro ano vestindo a camisa dos Blues. Apesar de ser bom jogador, o centroavante não mostra diferencial diante dos demais atacantes que existem no futebol internacional.
Para piorar, possui um temperamento inadequado para um jogador de futebol. Não digo que ele é um Edmundo, mas também ele não é nenhum santo e não faltam imagens que corroborem esta afirmação.
Se o jogador não rever seus conceitos, pensar apenas em jogar bola e fazer seus gols, acabará perdendo espaço no Chelsea e na seleção espanhola, como já vem perdendo e sendo criticado por Del Bosque.
