Começa nesta semana o torneio mais tradicional das categorias de base do futebol brasileiro. Em sua 49ª edição a Copinha mais uma vez bate eu recorde de clube inscritos, com nada menos que 128 times tentando mostrar jovens talentos para o mundo da bola até o dia 25 de janeiro.
Entre todas essas equipes que disputarão a Copinha, o Alambrado destacou seis agremiações que, mesmo fugindo um pouco da badalação dos favoritos de sempre, podem chegar longe no torneio, baseando-se na força de cada elenco, nos resultados conquistados nas últimas competições ou até mesmo nos valores individuais. Confira:
Avaí
O Leão da Ilha catarinense impressionou pela qualidade do futebol jogado nos torneios de 2017, principalmente na disputa da Copa do Brasil Sub-20, quando chegou nas semifinais. Na campanha, o time treinado por Fabrício Bento eliminou o Palmeiras, um dos grandes favoritos, com direito a um 4×1 nas quartas de final.
Depois da boa campanha, o time cedeu alguns destaques para o elenco profissional, mas conseguiu se remontar a tempo de conquistar dois títulos no fim do ano: A Taça Brasil Sub-19 e o Campeonato Catarinense Sub-20, vencido com impressionantes 11 vitórias em 12 partidas. No time que disputará a Copinha, a meta é repetir o futebol ofensivo demonstrado em 2017.
Começando pelo seguro goleiro Léo Lopes, a equipe conta com bons valores em todos os setores do campo, passando pelo agudo lateral-direito Guga e chegando até o ataque, com o oportunista Caio. Mas o maior destaque talvez seja o volante Wesley, forte marcador que chega com inteligência no campo de ataque.
Bahia
Vice-campeão da Copa São Paulo em 2011, o Bahia tem mostrado consistência nos torneios de base nos últimos anos. Apesar da falta de títulos em 2017, o time mostrou bons valores que poderão ser observados com maior destaque nesta edição, além de outros atletas que já mostraram brilho em torneios passados.
A espinha dorsal do time vem sendo mantido desde a Copinha de 2016, incluindo o atacante Geovane Itinga, artilheiro daquela edição. Cotado para subir diretamente para o profissional, Geovane passou muito tempo se recuperando de lesões, mas agora parece pronto para brilhar novamente pelo “Esquadrãozinho” de Aço.
No meio, a estrela é o habilidoso Felipinho, jogador capaz de decidir um jogo em um lance de talento. A dúvida é se ele será capaz de suprir a ausência de outro talentoso meia do time, Dimitri, que acabou cortado por lesão.
Chapecoense
A Chape foi uma surpresa na edição do ano passado da Copa São Paulo, chegando até as quartas de final e mostrando uma força incrível para superar o trauma do acidente aéreo que vitimou os atletas do time principal pouco tempo antes. Em 2018, a equipe volta para o torneio com a mesma base, esperando resultados ainda melhores.
Entre os remanescentes da campanha passada está o ótimo goleiro Giovani Tiepo, símbolo de segurança e liderança do time, juntamente com o capitão Tharlis, volante que esbanja seriedade e não deve demorar parar aparecer no elenco profissional.
O brilho do time fica por conta do meia Lima, de 18 anos. Com muita técnica, o armador já chegou a fazer algumas partidas pelo time de cima na Primeira Liga, e desponta como um dos principais talentos da posição.
Ponte Preta
O grupo 9 da Copa São Paulo, sediado em Franca, é um dos maios fortes do torneio. O motivo: Além da Chapecoense, citada acima como uma das possíveis surpresas, a chave abriga a Ponte Preta, outra equipe que promete dar trabalho na competição. Para isso, terá que superar alguns desfalques importantes em relação à impressionante campanha do vice-campeonato paulista sub-20.
A dupla de ataque titular, formado por Yuri e Fellipe Cardoso, já subiu para o elenco profissional e não participa da Copinha. John Kleber, destaque do time sub-17, também fica fora por conta de uma lesão no joelho. Mas mesmo assim a Macaca vem com um time forte e competitivo.
Os novos responsáveis pelos gols são Walisson e Thiaguinho, que podem incomodar bastante caso superem as dificuldades de entrosamento. O meia-atacante Alan Miranda é outra peça importante no setor ofensivo, municiado por atletas técnicos como o meio-campista João Victor, que brilhou pela equipe sub-17.
Sport
O time da Ilha do Retiro aposta muito na base que foi vice-campeã da Copa do Brasil Sub-17 em 2016. É por isso que a diretoria deu total liberdade para o técnico Junior Camara escalar nesta Copinha a espinha dorsal daquele time que bateu na trave e promete trazer bons frutos para o Sport num futuro próximo.
O fato da maioria dos jogadores ter 18 anos não abala muito as pretensões da equipe, que conta com muita qualidade técnica. O maior exemplo disso é o atacante Alisson, jogador de velocidade capaz de quebrar as linhas de defesa adversárias com dribles e inteligência.
A dupla de laterais formada por Caio e Elias garante, ao mesmo tempo, apoio no ataque e segurança na defesa. Outros destaques são o goleiro Everton, figura presente em várias convocações da Seleção Brasileira de base, e o atacante Mikael, que veio do Ceará e já se firmou como uma das esperanças do time.
Vitória
Os últimos meses de 2017 foram prolíficos para as categorias de base do Vitória. O time se consolidou como um dos maiores formadores do futebol do Nordeste, com títulos como a Supercopa Natal e o Estadual no Sub-17, além do Estadual e da Copa do Nordeste no Sub-20, com um gostinho especial: vencendo o arquirrival Bahia na final do torneio.
O lateral direito Cedric é um dos líderes do time dentro de campo, mostrando inteligência e força. Na esquerda, Hebert mantém o bom nível do seu colega no lado oposto, e a sintonia entre os dois pode ser uma das chaves para fazer o Leão chegar longe na Copinha.
No ataque, a estrela é Luan, jogador com bom porte e faro de gol. Ele forma dupla com Eron, destaque do time Sub-17 em 2015, que agora aposta em sua experiência em torneios de base para ajudar a equipe. Fique de olho também no meia Léo Ceará, jogador versátil e elemento surpresa da equipe.