Promessas e despedidas: as armas do Feyenoord para acabar com o tabu

Promessas e despedidas: as armas do Feyenoord para acabar com o tabu

Equipe de Roterdã tenta acabar com incômodo jejum na Eredivisie que dura desde 1999

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A experiência de Kuyt é uma das chaves para o bom desempenho do Feyenoord no início da temporada (Foto: Divulgação/UEFA)
A experiência de Kuyt é uma das chaves para o bom desempenho do Feyenoord no início da temporada (Foto: Divulgação/UEFA)

A torcida de um dos clubes mais tradicionais da Europa está com um grito preso na gargante há muito tempo. Mais precisamente, 17 anos. Foi em 1999 que o Feyenoord faturou pela última vez o título do Campeonato Holandês, sem nenhum indício de que a conquista ia demorar tanto para se repetir.

De lá para cá, a equipe de Roterdã viu a supremacia do rival Ajax aumentar no país, além de uma disparada do PSV. Alguns títulos de outras competições até vieram, como a Copa da UEFA na temporada 2001-02 e duas Copas da Holanda. Mas a Eredivisie continua entalada.

Como poderia um clube tão tradicional, o primeiro holandês a vencer a Copa dos Campeões da Europa, amargar tanto tempo de jejum? A crise financeira que se instaurou no clube por volta de 2010 pode ser uma das respostas, mas não é a única. Faltou ao Feyenoord reencontrar a genética de um time campeão.

No entanto, a temporada começou animadora para os torcedores do “Clube do Povo”. Nas cinco primeiras rodadas da Eredivisie, cinco vitórias, com 15 gols marcados e apenas dois sofridos. Embora o campeonato esteja apenas no começo, o Feyenoord já dá pistas de que esta pode ser a temporada da redenção.

A começar pelo estilo de jogo ultraofensivo montado pelo técnico Giovanni Bronckhorst, ídolo da equipe nos tempos de jogador que agora tenta repetir as conquistas como comandante. Ao melhor estilo holandês, o time joga em um 4-3-3 com dois pontas abertos e dois meias criativos.

O que não falta é velocidade no esquema e nas transições. E a boa fase de um velho nome é um dos segredos para o sucesso do Feyenoord neste início de temporada: Dirk Kuyt, veterano de 36 anos com passagem marcante pelo Liverpool, voltou ao país de origem para encerrar a carreira e vem dando conta do recado na armação de jogadas.

A experiência de Kuyt é de fato um dos pontos chaves da criatividade do time, mas a efetividade seria menor caso não houvesse o auxílio de Tommy Vilhena, um dos jovens mais talentosos na categoria sub-21 da Holanda. Fechando o meio, o experiente Karim El Ahmadi segura as pontas na marcação.

O ataque do Feyenoord também vem chamando atenção. Com o dinamarquês Nicolai Jorgensen como referência e os velozes Elia e Toornstra nas pontas, o setor ofensivo vem provocando pânico nas defesas do Campeonato Holandês.

Falando em defesa, juventude é a tônica do setor de marcação no Feyenoord. Na linha de quatro titular, apenas o brasileiro Eric Botteghin tem mais de 23 anos. Karsdorp, Kongolo e Woundenberg, os outros membros do quarteto, não parecem sentir a peso da camisa até o momento, com desempenho seguro. No gol, o australiano Brad Jones vem mostrando firmeza.

A atuação que deixou a torcida ansiosa pelo desenrolar do torneio aconteceu logo na estreia. Um convincente 5×0 fora de casa contra o Groningen, com grandes atuações de kuyt, Vilhena e Elia, autor de três gols.

É difícil cravar um prognóstico sobre aonde o Feyenoord pode chegar nesta temporada, tanto na liga local quanto na Europa League. Mas o time de Roterdã parece ter montado uma base sólida o suficiente para não fazer feio na luta para quebrar o incômodo jejum.

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