75 anos do imortal Pacaembu

75 anos do imortal Pacaembu

Estádio foi palco de jogos de Copa do Mundo e de partidas históricas

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27 de abril, aniversário de Paulo Machado de Carvalho. Não me refiro ao “Marechal da Vitória”, mas sim ao estádio que, em homenagem, leva o seu nome, o Pacaembu. Mas antes de mais nada, lembremos como tudo começou.

Conhecido por ser um vale que servia de ponto de descanso para os índios, o até então chamado Ribeirão Pacaembu seria urbanizado pela empresa CIA CITY – City of São Paulo & Freehold Limited, nascendo aí a “Avenida Pacaembu”.

Com a doação do terreno feito pela empresa à prefeitura, o estádio passaria a ser construído em 1938, com conclusão apenas em 1940. No dia 27 de abril de 1940, com a presença de Getúlio Vargas, presidente à época, o Pacaembu era inaugurado.

Inauguração do Estádio do Pacaembu (Foto: Reprodução)
Inauguração do Estádio do Pacaembu (Foto: Reprodução)

A partida inaugural seria entre Palmeiras x Coritiba, com Zequinha, jogador do Coxa, marcando o primeiro gol da história do estádio.

O maior recorde de público da história do estádio aconteceria dois anos após sua inauguração, no Majestoso entre Corinthians e São Paulo, no dia 24 de maio de 1942. O confronto válido pelo Campeonato Paulista marcava a estreia de Leônidas da Silva com a camisa Tricolor, sob os olhares de nada menos que 72.018 espectadores. O jogo acabaria empatado em 3 a 3, com o Diamante Negro passando em branco.

São Paulo no Pacaembu para a estreia de Lêonidas (agachado, terceiro da esq. para a direita)
São Paulo no Pacaembu para a estreia de Lêonidas (agachado, terceiro da esq. para a direita)

Em 1950, receberia dois jogos da Copa do Mundo. A vitória da Suécia por 3 a 2 sobre a Itália e o empate entre Brasil e Suíça em 2 a 2. Infelizmente, a seleção brasileira viria a perder o título inédito diante do Uruguai, no Maracanã.

Com as conquistas dos mundiais em 1958 e 1962, o Pacaembu receberia o nome de Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira nestas duas edições.

Quem nunca irá se esquecer do estádio são, provavelmente, os corintianos. Primeiramente, porque foi nele que começou o jejum de 23 anos sem títulos do Timão, que seria campeão paulista em 1954, contra o Palmeiras.

Mas também foi nele que o Corinthians conquistou o inédito e histórico título da Libertadores, no dia 4 de julho de 2012, sobre o poderoso Boca Juniors, da Argentina, por 2 a 0. Os dois gols foram marcados pelo sempre polêmico (e decisivo) Émerson Sheik.

Mosaico da torcida do Corinthians na decisão contra o Boca (Foto: Reprodução)
Mosaico da torcida do Corinthians na decisão contra o Boca (Foto: Reprodução)

Foi no gramado do Pacaembu que Neymar, maior nome do futebol brasileiro na atualidade, pisou como profissional pela primeira vez em sua carreira. Foi em 2009, pelo Campeonato Paulista, na partida entre Santos e Oeste.

Neymar faz sua estreia como profissional pelo Santos (Foto: Reprodução)
Neymar faz sua estreia como profissional pelo Santos (Foto: Reprodução)

 

Essas são apenas algumas das inúmeras belas passagens que ocorreram no Pacaembu. E mesmo que hoje, com as novas arenas construídas em São Paulo, o estádio não receba mais tantos jogos como era de costume no passado, é importante comemorar a existência de um dos palcos mais charmosos do futebol brasileiro.

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