A subida dos juniores para o profissional é a fase mais difícil para qualquer jogador de futebol. De uma hora para outra, a jovem promessa deixa de driblar o Zezinho da Copinha para disputar bola com um Ralf salivando em seu pescoço.
No caso de um zagueiro, desaparece de sua frente o 10 habilidoso e franzino do Matsubara, dando lugar a um Robinho pedalando e te aplicando uma caneta em seu primeiro bote (ou tentativa de) no Brasileirão.
Some a isso milhares de torcedores ecoando todos os tipos de palavrões a cada falha sua. Ao técnico não escondendo a irritação no banco quando você deixou de dominar aquela bola fácil por puro nervosismo. Às entrevistas coletivas do professor dizendo que você não está preparado e que lhe falta massa muscular, pois está parecendo um filé de borboleta. E os comentários infundados das redes sociais de torcedores te acusando de exagerar na noite.
As informações da galeria abaixo não são segredo para ninguém. São poucos os garotos que conseguem ao menos ser coadjuvantes em equipes da primeira divisão nacional. Muitos dos artilheiros dos últimos dez anos da Copa São Paulo de Futebol Júnior, torneio de base mais prestigiado do Brasil, você sequer ouviu falar. Outros chegaram ao profissional cercados de expectativas e nunca corresponderam.
Oportunidades não faltaram. “Clube X contrata artilheiro da Copinha” é uma manchete recorrente no noticiário esportivo. O caso mais recente é o de Isaac, que se mudou do Botafogo para o Corinthians. Mas quantos deles dão certo? Confira:
Atualização 30/08 15h01: Como bem alertaram os leitores Pedro Venâncio, Ronald Capita e Vinícius Leonardo Biffi, Santiago se transferiu para os juniores do Cruzeiro, e Diego Cardoso foi emprestado ao Bragantino há alguns dias.