O (novo) brilho alemão em um Europeu Sub-21 repleto de estrelas

O (novo) brilho alemão em um Europeu Sub-21 repleto de estrelas

Saiba qual é a seleção do torneio deste ano

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Torneio sacramentou a ótima fase do futebol alemão (Foto: Divulgação/UEFA)
Torneio sacramentou a ótima fase do futebol alemão (Foto: Divulgação/UEFA)

Planejamento. Organização. Continuidade. Palavras não faltam para ajudar a descrever mais uma conquista alemã no futebol. Seja na base ou no profissional, palavras que se misturam no país, é impossível descartar a Alemanha em qualquer torneio nos dias de hoje. Se a Copa do Mundo de 2014 consagrou o trabalho de uma geração, o título do Europeu Sub-21 deste ano significa muito para a comprovação do planejamento dos alemães.

Mesmo sem favoritismo, já que enfrentou algumas seleções praticamente completas e muito fortes – em um dos torneios de base de maior nível dos últimos anos, a Alemanha se impôs com um futebol organizado, estruturado e muito inteligente. A seleção não contou com alguns jogadores que estiveram na Copa das Confederações, que também teve título alemão.

Em uma competição marcada por jogadores ofensivos de extremo talento, alguns defensores também se mostraram acima da média. Não se surpreenda se ao menos um quarto dos jogadores que disputaram as finais deste ano, entre Alemanha e Espanha, apareça na Copa do Mundo de 2018.

Pelo lado espanhol, Saul, Ceballos e Asensio exibiram níveis de atuações absurdas, próximas à perfeição da categoria. O primeiro, inclusive, se mostra pronto para liderar o Atlético de Madrid por muitos anos. Marcador, criador e artilheiro.

Além do brilho das duas seleções, o Euro Sub-21 teve a afirmação da Itália, a força inglesa, os talentos individuais portugueses, a boa seleção sérvia, os surpreendentes macedônios, entre outras atrações.

A Alemanha, campeã, comemora mais um título. Além dos já citados, levou o Europeu Sub-19 em 2014, com alguns jogadores que estiveram no elenco do Europeu deste ano.

Com tantos destaques individuais, confira a seleção da competição, tradicionalmente feita pelo Alambrado.

Seleção formada no 4-3-3

Goleiro

Julian Pollersbeck- 16/04/1994- Hamburgo- Alemanha

Goleiro da defesa menos vazada do torneio, Pollersbeck é uma barreira difícil de ser vazada. Alto, é muito frio e tem bom reflexo. Contratado pelo Hamburgo, após bons jogos pelo Kaiserslautern, tem tudo para seguir a linhagem de uma das melhores escolas de goleiros do mundo.

Lateral-direita

Jeremy Toljan- 08/08/1994- Hoffenheim- Alemanha

Com assistências e muito fôlego ofensivo, Toljan já havia chamado atenção após grande temporada pelo surpreendente Hoffenheim. Medalhista de prata nas Olimpíadas 2016, tem fôlego para chega à Copa do Mundo, apesar da concorrência.

Zagueiros

Edgar Iê- 01/05/1994- Lille- Portugal

O Europeu de Edgar foi bom. Tão bom que despertou o Interesse de Bielsa. E do Lille. Saído do Belenenses, o defensor pode finalmente se firmar. Formado pelo Barcelona, é muito rápido. Apesar da altura, tem tudo para se colocar como um dos melhores da posição no Campeonato Francês.

Calum Chambers- 20/01/1995- Arsenal- Inglaterra

Apesar de não ter se firmado no Arsenal, parece que ninguém duvida do potencial presentado no Southampton. Zagueiro técnico e veloz, passou pelas seleções sub-17 e sub-19, além da principal. Chega novamente para ser titular do Arsenal, em posição não muito concorrida.

Lateral-esquerda

José Luis Gaya- 25/02/1995- Valencia- Espanha

Lateral ofensivo e habilidoso, Gaya faz parte de uma geração repleta de laterais na Espanha. Dono da posição no seu clube há três temporadas, tem tudo para aparecer no elenco que vai disputar a Copa do Mundo do ano que vem.

Meio-campistas

Saúl Niguez- 21/12/1994- Atlético de Madrid- Espanha

Consolidado no Atlético de Madrid, com partidas pela seleção principal e craque com os pés. Saul fez de tudo no Euro Sub-21, como de costume. Marcou, criou, atacou e fez gols. Cinco, no total. Artilheiro e craque do torneio. Atleta para liderar a nova geração espanhola.

Dani Ceballos- 07/08/1996- Betis- Espanha

Dono de atuação histórica nas semifinais, diante da Itália, Ceballos foi um dos melhores jogadores da competição. Técnico, habilidoso e muito inteligente, despertou atenção dos dois gigantes espanhóis. Quem garantir sua contratação, terá um dos mais promissores jogadores da Europa atualmente.

Enis Bardhi- 02/07/1995- Ujpest- Macedônia

Destaque da surpreendente e interessante Macedônia, Bardhi se mostrou jogador de alto nível. Capaz de fazer várias funções no meio-campo, o jogador foi importante nas partidas da fase de grupos. Com ótima finalização, não deve ficar muito tempo na Hungria.

Atacantes

Federico Bernadeschi- 16/02/1994- Fiorentina- Itália

Efetivo. Cada vez melhor, Bernadeschi vai se mostrando cada vez o sucessor de posto de ídolo italiano. Diferente em cada toque na bola, tem bom passe e cria muito. Além disso, finaliza com perfeição e é um perigo constante quando se encontra na área.

Marco Asensio- 21/01/1996- Real Madrid- Espanha

Chamado de “Novo Messi”, logo foi adquirido pelo Real Madrid. E a aposta deu certo. Nesta temporada, fez gols importantes nas fases finais da Champions League, inclusive na final. É um jogador praticamente completo, com muita margem de evolução.

Serge Gnabry- 14/07/1995- Bayern de Munique- Alemanha

Maior força do ataque alemão, Gnabry mostrou o porquê do Bayern ter contratado a promessa. Ótimo finalizador, rápido e técnico, é um atacante capaz de cumprir várias funções. Foi decisivo na campanha do título.

Seleção reserva (formada no 4-3-3)

Kepa Arrizabalaga (Espanha); Conti (Itália), Vallejo (Espanha), Stark (Alemanha), Yannick Gerhardt (Alemanha); LLorente (Espanha), Lobotka (Eslováquia), Pellegrini (Itália); Bruma (Portugal), Sandro (Espanha) e Selke (Alemanha)

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Jornalista. Apaixonado por futebol, seja ele de onde for. Fanático também por futebol de base