Em 2014, Kashiwa Reysol tornou-se o único estrangeiro a avançar na Copinha

Em 2014, Kashiwa Reysol tornou-se o único estrangeiro a avançar na Copinha

Com 14 participantes gringos desde 1980, time japonês foi o único a se classificar no torneio sub-20

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Japoneses deixaram boa impressão na Copinha (Foto: Divulgação/FPF)
Japoneses deixaram boa impressão na Copinha (Foto: Divulgação/FPF)

Restrita aos clubes paulistas em seus dois primeiros anos de existência, a Copa São Paulo de Futebol Júnior hoje é famosa por reunir equipes de todo o território brasileiro, além de receber eventualmente a presença de convidados estrangeiros.

Desde a estreia do mexicano Providencia em 1980, 14 representantes internacionais já desfilaram seus talentos na maior competição juvenil do país, incluindo nomes prestigiados como Vélez Sarsfield, Bayern de Munique, Boca Juniors e Peñarol.

O desempenho deles, entretanto, sempre esteve aquém do esperado para suas tradições. Quase todos caíram logo na fase de grupos, com resultados poucos expressivos. A exceção foi o japonês Kashiwa Reysol, único a avançar para a segunda fase do torneio.

Em 2014, o time nipônico empatou por 1 a 1 contra o São Paulo, ganhou de virada do Grêmio Barueri, por 2 a 1, e goleou o Auto Esporte-PB por 5 a 1, igualando o Tricolor em número de pontos, mas ficou na vice-liderança pela desvantagem no saldo de gols.

Pelo regulamento, os seis melhores segundos colocados avançariam, e o Kashiwa Reysol, orientado pelo técnico Takahiro Shimotaira, alcançou o segundo melhor índice técnico, atrás apenas do Grêmio Osasco, e sonhava com vaga nas oitavas de final.

Apesar dos 8 gols marcados, a metade deles pelo atacante Koki Oshima, o setor ofensivo dos japoneses passou em branco no reencontro com o Santos, seu adversário na semifinal do Mundial de 2011. Na Vila Belmiro, os donos da casa – e futuros campeões – venceram novamente, desta vez por 4 a 0, enterrando as ambições do oponente.

Em que pese a goleada, os asiáticos deixaram boa impressão na Copinha. Na primeira fase, empolgaram os torcedores em Barueri em virtude do jogo coletivo bem organizado, marcado pela dominância através da posse de bola e da característica troca de passes.

Infelizmente, naquela edição, o destino não foi muito generoso para o Kashiwa Reysol, que enfrentou um páreo duro diante dos Meninos da Vila. Além de tudo, um novo jejum nascia ali. Desde então, os estrangeiros só acumulam resultados negativos na Copinha.

Convidado em 2016 e 2017, o Pérolas Negras soma cinco derrotas. A última chance para os haitianos quebrarem essa incômoda marca será no domingo (8), às 11h, contra o Nacional-SP, no Nicolau Alayon, o que também lhe renderia um feito inédito.

De qualquer forma, já que o Pérolas Negras está virtualmente desclassificado, segue viva a pequena “maldição” dos estrangeiros na Copa São Paulo. Quem poderá quebrá-la?

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Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, é apreciador do futebol latino, do teor político-social do esporte bretão e também de seu lado histórico.