Guia Sul-Americano Sub-20 2017 – Grupo A

Guia Sul-Americano Sub-20 2017 – Grupo A

Conheça quem poderá ser os destaques da competição

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Quer ter uma prévia dos craques do futuro? Dê uma olhada nos gramados do Equador no mês de janeiro. É por lá que desfilarão jogadores de 10 seleções no Sul-Americano Sub-20 deste ano, que levará as quatro melhores equipes para o Mundial na Coréia do Sul.

A competição tem início nesta quarta-feira, e como não poderia deixar de ser, o Alambrado preparou um guia especial para te deixar por dentro dos destaques de cada time, mostrando quem tem mais potencial para brilhar em um futuro próximo.

Nesta primeira parte, falaremos sobre o Grupo A do torneio, que reúne tanto os anfitriões equatorianos como a seleção brasileira, que tenta mostrar mais uma vez a sua força no futebol de base. Confira:

Brasil

David Neres, do São Paulo, é uma das estrelas do time (Foto: Kin Saito/Divulgação/CBF)
David Neres, do São Paulo, é uma das estrelas do time (Foto: Kin Saito/Divulgação/CBF)

Em tempos de renovação e esperança no futebol brasileiro, poucos personagens simbolizam o atual momento como Rogério Micale. O treinador do ouro olímpico simboliza a mudança de rumo que o futebol canarinho busca tomar, principalmente nas categorias de base. Com Micale no banco, a expectativa é que o título do Sul-Americano Sub-20 volte ao seu principal ganhador.

Dono de 11 taças, a seleção brasileira não leva um título desde 2011 – nas últimas duas edições a melhor colocação foi um quarto lugar. Neste ano, o Corinthians lidera a lista de clubes com mais jogadores cedidos – são quatro nomes. Flamengo e São Paulo aparecem na sequência con três atletas convocados cada.

No gol, a briga pela vaga é boa entre Lucas Perri, São Paulo, e Caíque, Vitória. Com ambos os candidatos altos e de boa envergadura, a posição é considerada um ponto positivo da equipe.

Já a linha defensiva apresenta alguns nomes surpreendentes, caso de Lucas Cunha, do Braga B. Ao lado de Lyanco, do São Paulo, deve fazer parte da defesa com os laterais Dodo (Coritiba) e Guilherme Arana (Corinthians). Todos com rodagem no futebol profissional.

A briga no meio-campo deve ser intensa. Provavelmente organizada em um 4-3-3, com três volantes de muita qualidade técnica e de transição rápida, Allan, que pertence ao Liverpool, Douglas Luiz (Vasco), e Caio (Atlético de Madrid), saem na frente.

Allan e Caio possuem características de armadores, mesmo atuando mais recuados. Ambos devem alimentar os rápidos Lucas Paquetá (Flamengo) e David Neres (São Paulo).

O segundo viveu um excelente fim de ano e se consolida como uma das esperanças do Tricolor para a temporada. Dono de muita habilidade e boa finalização, o lado direito do ataque brasileiro deve ser espaço das jogadas mais ousadas na campanha.

Paquetá e Vizeu trazem o entrosamento do Flamengo para a a Seleção (Foto: Reprodução)
Paquetá e Vizeu trazem o entrosamento do Flamengo para a a Seleção (Foto: Reprodução)

Paquetá, que também tem como uma de suas principais características a habilidade, será peça fundamental para servir seu parceiro de Flamengo, o centroavante Felipe Vizeu.

Outras opções de qualidade aparecem na lista. Richarlison, atacante que terminou o ano como titular do Fluminense, Maycon, volante que fez ótimo Campeonato Brasileiro pela Ponte Preta, e Matheus Sávio, armador do Flamengo, podem iniciar a competição como titulares.

Apesar dos cortes, quatro no total, e alguns desfalques por falta de liberação dos clubes – Malcom e Shaylon, a geração espera voltar a conquistar o Sul-Americano. Não há favoritismo destacado, e a briga deve ser árdua até o fim da competição.

Escalação provável: Lucas Perri, Dodô, Lucas Cunha, Lyanco, Arana; Caio, Douglas Luiz, Allan; Neres, Lucas Paquetá, Vizeu

Técnico: Rogério Micale

Estreia: Equador, quarta-feira, às 22h15

 

Colômbia

Michael Gomez é uma das apostas colombianas (Foto: Reprodução)
Michael Gomez é uma das apostas colombianas (Foto: Reprodução)

Uma das principais forças sul-americanas na base e celeiro de jogadores muito bem dotados tecnicamente, a Colômbia parece não ter força para levar seu quarto título sul-americano sub-20 neste ano – os colombianos são o quarto país com mais conquistas, a última em 2013.

Treinada por Juan Carlos Restrepo, que esteve nos Jogos Olímpicos 2016, a vaga para o Mundial Sub-20 parece ser a pretensão mais palpável. No grupo, um jogador esteve com Restrepo no Rio de Janeiro: Kevin Balanta. Meio-campista defensivo do Deportivo Cali, ele é um dos principais atletas da equipe.

Também do Deportivo, outros dois destaques. Meio-campista mais ofensivo, Benedetti auxilia na armação das jogadas. Já Jhon Lucumi, de apenas 18 anos, é zagueiro. Apesar de jovem, já possui partidas no profissional na carreira. Ele é o único atleta que esteve presente no Sul-Americano Sub-17 2015.

Com apenas um “estrangeiro” na convocação – Andrés Solano, zagueiro do Atlético de Madrid, a aposta é nos talentos do futebol nacional. O Envigado foi o clube mais convocações, quatro no total.

Michael Gomez talvez seja o principal deles. Atacante de velocidade, anotou quatro gols no Clausura Colombiano, sendo o vice-artilheiro da equipe. Ao seu lado, deve jogar Juan Camilo Hernández. Aos 17 anos, o atacante já chocou a Colômbia estreando aos 16 anos pelo Deportivo Pereira. Contratado pelo América de Cali, esbanja colocação na área e tem ótima finalização. Apesar de ser o segundo mais jovem do time, pode ser um dos trunfos de Restrepo para uma boa campanha no Equador.

Chile

A seleção chilena viverá a linha entre dois conceitos das categorias de base neste Sul-Americano Sub-20: promessa e realidade. Yarko Leiva, meio-campista de apenas 18 anos, está na linha da esperança. Já Jeisson Vargas, atacante, é talento testado. E aprovado.

O prodígio Jeisson Vargas já mostrou talento no time profissional (Foto: Reprodução)
O prodígio Jeisson Vargas já mostrou talento no time profissional (Foto: Reprodução)

Aos 19 anos, foi eleito revelação do Campeonato Chileno em 2015, atuando pela Universidad Católica. Seus 10 gols em 42 partidas, boas partidas e brilho no setor ofensivo chamaram atenção do Bologna, da Itália. Emprestado ao Estudiantes, demonstra em solo argentino que pode ser um parceiro futuro de Sánchez e Vargas na seleção principal.

A grande surpresa foi o corte de Marcelo Allende. Ele era queridinho da torcida do Chile. Em 2015, pelo Mundial Sub-17, foi personagem de diversas matéria no torneio sediado no país. Considerado o próximo grande jogador chileno, inclusive tratado como “gênio, o baixinho sobrou no time que caiu nas oitavas de final.

Revelado pelo Cobreloa, o meio-campista vem atuando profissional pelo Deportes Santa Cruz, da terceira divisão chilena – após período de treinos no Arsenal. Ele era apontado como favorito do treinador Hector Robles para acabar com o jejum de grandes campanhas na base.

Diego Soto, lateral-esquerdo, foi outro que ficou de fora e causou comoção. Ambos, porém, ficarão com o grupo no Equador. Zacarias López, goleiro, é outro jogador que disputou o Mundial e é esperança. José Luis Sierra, filho do homônimo atleta ídolo nos anos 90 e 00, é atacante e integrará o grupo no torneio.

Paraguai

Villalba assume a responsabilidade pelos gols no Paraguai (Foto: Reprodução)
Villalba assume a responsabilidade pelos gols no Paraguai (Foto: Reprodução)

Os paraguaios vão ao Sul-Americano sem seu principal jogador: Sérgio Diaz. Um dos melhores jogadores da categoria, o atacante não foi liberado pelo Real Madrid. Mesmo assim, os comandados de Pedro Sarabia vão fortes na luta pela vaga no Mundial da categoria.

Em tese, o Paraguai luta com a Colômbia pela posição de segunda melhor equipe do grupo – atrás do Brasil somente. Formada em grande parte por atletas do Olimpia e Cerro Pòrteño, cinco de cada, a defesa dos “guaranis” é um fator importante na luta pela vaga.

Saúl Salcedo, zagueiro, e Blás Riveros, lateral-esquerdo que joga atualmente no Basel, da Suíça, reviverão uma dupla de sucesso do Olimpia. Ambos demonstram qualidade acima da média para a idade. O segundo, inclusive, é visto como jogador para grandes clubes do mercado europeu em pouco tempo.

Cristhian Paredes, 17 anos, contratado pelo América do México juntamente ao Sol, dá o toque de classe no meio-campo. Volante de ótima saída de bola e muita visão de jogo, deve fazer dupla de qualidade com Jesús Medina, do Guarani.

No ataque, já que Diaz não estará em campo, a responsabilidade ficará para seu grande parceiro: Julio Villalba. Um dos destaques no Sul-Americano e Mundial Sub-17, em 2015, o centroavante tem pinta de artilheiro. Domina a área e cabeceia bem. Foi para o  Borussia Monchengladbach neste ano.

Equador

Cabezas em ação pelo Independiente Del Valle (Foto: Conmebol/Divulgação)
Cabezas em ação pelo Independiente Del Valle (Foto: Conmebol/Divulgação)

A seleção do técnico Xavier Rodriguez aposta na excelente geração 98 para fazer bom papel no Sul-Americano. Apesar do grupo complicado, a meta de chegar entre os três melhores – nunca alcançado na história do país – está nos pés de vários jogadores que estiveram na ótima campanha do Sul-Americano e Mundial Sub-17 2015, quando alcançaram as quartas de final.

Entre os dez jogadores que estiveram na competição de nosso continente há dois anos, destaque para quatro atletas que eram peças vitais para o bom funcionamento da leve e habilidoso seleção: Pervis Estupiñan, lateral-esquerdo ofensivo, atualmente no Granada; Juan Nazareno, meio-campista do Independiente Del Valle; e a dupla de ataque formada por Jhon Pereira, do Aucas, e Washington Corozo, do Independiente Del Valle, que liderou a artilharia da seleção nos torneios sub-17

O Del Valle, vice-campeão da última Libertadores, é o clube com o maior número de convocações – cinco no total. E poderiam ser mais. Bryan Cabezas, que brilhou entre os profissionais, foi para a Atalanta. Também formado na ótima base da equipe, ele deve o líder da seleção no Sul-Americano deste ano.

Cabezas é um meio-campista que atua pelos lados de campo. Rápido e de ótimo chute, não desiste das jogadas e costuma ser muito intenso nos jogos. Também pode atuar como atacante. Na Libertadores de 2016, chegou a fazer gol no Atlético-MG.

Rápida e ofensiva, os equatorianos devem animar neste Sul-Americano. Caso consiga acertar o sistema defensivo, é time para brigar por vaga na fase final. A geração quer repetir os passos do Independiente Del Valle.

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