Guia do Sul-Americano Sub-17 – Parte II

Guia do Sul-Americano Sub-17 – Parte II

Confira a análise sobre as seleções que compõem o Grupo B

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*Por Arthur Lima e Caio Alves

Depois de contar as expectativas para o Grupo A do Sul-Americano Sub-17, chegou a hora de conferir a segunda parte do Guia produzido pelo Alambrado contando um pouco sobre o que esperar das seleções que formam o Grupo B da competição, formado por Argentina, Uruguai, Equador, Chile e Bolívia.

Argentina

Argentina é uma das maiores favoritas ao título do Sul-Americano (Foto: AFA/Divulgação)
Argentina é uma das maiores favoritas ao título do Sul-Americano (Foto: AFA/Divulgação)

Atual campeã da categoria e tentando repetir o êxito da Seleção Sub-20 que venceu o Sulamericano em fevereiro, a Argentina vai ao Paraguai com um time forte e boas chances de fazer bonito.

Comandada por Miguel Ángel Lemme, um dos auxiliares de Maradona durante a Copa do Mundo de 2010, a seleção conta com uma equipe entrosada, com vários jogadores que atuam juntos desde as categorias inferiores.

Dentro de campo, o destaque fica por conta do capitão Lucas Ferraz Vila, meia do River Plate que já demonstra um senso tático acima da média para a idade, além de finalizar com precisão de fora da área.

Ele é uma das peças-chave do forte meio de campo argentino, que conta ainda com o habilidoso Juan Cejas, do Estudiantes, e Gianluca Mancuso, jogador do Vélez que costuma chegar como elemento surpresa na área adversária. Ele também é filho de Alejandro Mancuso, que atuou no Brasil nos anos 90 com as camisas de Palmeiras e Flamengo.

Na defesa, a esperança maior fica por conta do goleiro Federico Bonansea, que foi promovido aos profissionais do Belgrano apesar de ter apenas 16 anos de idade.

O ataque tem como principal estrela o baixinho Tomas Conechny, que atua no San Lorenzo e já atraiu o interesse do Liverpool por conta de sua velocidade e precisão no dribles. Ele deve formar uma dupla interessante com Ricardo Rodriguez, da Universidad Catolica, para levar a Argentina a mais um título.

Uruguai

Schiappacasse é a estrela da seleção celeste (Foto: AUF/Divulgação)
Schiappacasse é a estrela da seleção celeste (Foto: AUF/Divulgação)

Os uruguaios têm demonstrado força nas categorias de base nos últimos anos. Nas 3 edições mais recentes do Mundial Sub-17 a Celeste terminou entre os 8 melhores, chegando a um vice-campeonato em 2011, quando perdeu a final para os mexicanos, anfitriões do torneio.

Para repetir o sucesso recente, o Uruguai aposta que o técnico Santiago Ostolaza consiga repetir no comando da seleção sub-17 as glórias dos seus tempos de jogador, quando foi o principal destaque do Nacional nos títulos da Libertadores e do Mundial Interclubes em 1988.

Durante o Sulamericano, as atenções dos olheiros em jogos do Uruguai deverão estar voltadas para o caçula do time, Nicolás Schiappacasse, que com apenas 16 anos já marcou 11 gols em 12 jogos pela seleção sub-17, e detém o posto de craque da equipe.

O Atlético de Madrid já iniciou as conversas para contar com a jovem promessa, o que deve ocorrer assim que ele atingir os 18 anos, no início do ano que vem.

O sistema defensivo promete demonstrar muita solidez, tendo como pilares uma dupla do Defensor, formada pelo lateral (e capitão) Marcelo Saracchi e o volante Santiago Mederos. O chefe da zaga, no entanto, é Santiago Bueno, do Peñarol, que impressiona pela capacidade de antecipação.

Chile

Seleção do Chile tenta o primeiro título na competição (Foto: Divulgação/Federação Chilena)
Seleção do Chile tenta o primeiro título na competição (Foto: Divulgação/Federação Chilena)

A seleção Roja pretende acabar com um incômodo jejum neste ano. Fora do mundial da categoria desde a distante temporada 1997, o Chile parece não ter o mesmo sucesso no sub-17 que obtido recentemente pela equipe principal.

Para acabar com o cenário negativo a confederação local aposta no técnico argentino Alfredo Grelak. Centralizador e exigente, o treinador prepara a seleção desde o término do último Sul-Americano Sub-15, quando “La Roja” perdeu apenas nas semifinais para os campeões peruanos. Ele terá sete semanas ininterruptas de preparação até a estreia diante da Bolívia. É o maior tempo de preparo do torneio.

Em campo, a seleção tem como base os talentos do futebol nacional. A convocação, 100% caseira, teve como ausência mais sentida a do promissor Mathias Pinto, que já faz parte parte das categorias de base do Liverpool.

Entretanto, dois jogadores tentam fazer Gralak esquecer o ótimo jogador. Na preparação realizada no Chile antes do torneio disputado no Paraguai, foram quatro vitórias em quatro jogos diante de times locais. Os grandes destaques foram os atacantes David Salazar, do O’Higgins, e Antonio Ramirez, do Huachipato.

Apesar da eficiência dos dois nos amistosos preparatórios, a grande estrela é mesmo Ricardo Álvarez. Meio-campista baixinho e habilidoso, ele se diferencia da maioria não só pela técnica, mas também pelos recordes.

Um ano mais novo que a média de idade do torneio, Álvarez estreou pelo tradicional Colo-Colo com apenas 15 anos e é frequentemente utilizado nos jogos pelo campeonato chileno.

Equador

Seleção equatoriana enche de esperança a imprensa local (Foto: FEF/Divulgação)
Seleção equatoriana enche de esperança a imprensa local (Foto: FEF/Divulgação)

Tentando repetir a boa campanha de 2011, quando foi sede e obteve uma vaga no Mundial da categoria, o Equador vai animado para a disputa do Sul-Americano disputado no Paraguai. A seleção treinada por Jose Javier Rodriguez, técnico que acompanha a geração desde o Sul-Americano Sub-15 de 2013, vai em busca de mais um passo rumo à evolução plena do futebol do país.

Quatro jogadores que disputaram o sub-15 em 2013, inclusive fazendo jogo duro contra a Argentina na primeira fase, estão entre os destaque da “Mini Tri”, entre eles Joan Cortez, bom meio-campista do Norte America. Peter Valencia, outro talento do meio-campo, já brilha fora do país e faz parte das fileiras do River Plate.

Outro fator que anima os Equatorianos é o título da Copa das Nações Sub-16, disputada no México no final do último ano. A conquista da seleção tricolor motiva ainda mais os jogadores a buscar o título inédito do Sul-Americano.

A imprensa local também se empolga com a presença de José Gabriel Cevallos, mais um filho do lendário goleiro José Francisco Cevallos que chega a “Mini Tri”. Diferentemente do habilidoso José Enriquez Cevallos, da seleção sub-20, Gabriel também é goleiro e buscar manter a linhagem de alto nível da família.

Porém, o grande destaque da seleção é, sem dúvidas, Anderson Naula. O jovem de 17 anos assombrou o país a marcar dois gols recentemente na vitória do seu clube, a Liga de Loja, sobre o Aucas, pelo campeonato nacional da primeira divisão. Habilidoso e dono de ótimo chute, Naula é a principal esperança do técnico Rodriguez.

Bolívia

Alex Gonzales é a estrela da seleção boliviana (Foto: Accion Sport/Divulgação)
Alex Gonzales é o maior destaque da Bolívia (Foto: Accion Sport/Divulgação)

A Bolívia participará do Sulamericano Sub-17 com o objetivo de quebrar uma escrita que dura quase 30 anos: desde 1986 a seleção andina não consegue garantir uma vaga para o Mundial da categoria.

Na ocasião, o time era liderado pelo jogador mais idolatrado da história do país, “El Diablo” Etcheverry, e conquistou o título do Sulamericano realizado no Peru.

A fase atual, no entanto, não inspira muita confiança para acreditar que esses dias vão se repetir. Durante a fase de preparação para o campeonato os bolivianos apresentaram um futebol muito fraco em jogos contra equipes que também estarão disputando o torneio, como o 5×0 contra o Equador e o 8×3 contra o Paraguai.

A maior esperança do técnico argentino Claudio Chacior para não fazer feio vem dos pés do meia Alex Gonzales, de apenas 16 anos, que já faz parte das categorias do Athletic Bilbao desde 2012. Rápido e ambidestro, Gonzales trabalha bem a bola e chega com habilidade ao ataque.

A defesa do time é bastante vulnerável, tendo como destaque isolado o zagueiro Orellana. Para o ataque, a equipe deposita uma confiança maior em Limberg Gutierrez, que atua no San Martin.

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