A bola já está rolando para a fase final do Europeu Sub-17, mas você ainda tem tempo de saber em quem ficar de olho no torneio. O Alambrado mostra os grandes destaques das equipes que disputam os grupos C e D do torneio da UEFA.
Grupo C
Alemanha
Tricampeã do torneio e potência tanto na base quanto no profissional, a Alemanha dispensa maiores apresentações. Graças ao desempenho nos últimos anos, os germânicos tiveram o privilégio de entrar direto no Elite Round, onde mostraram um verdadeiro arsenal.
Em 3 jogos da fase qualificatória, foram nada menos que 19 gols. Tá certo que Armênia, Finlândia e Turquia não chegam a ser adversários de peso, mas os alemães aproveitaram a oportunidade para mandar um recado claro: a base vem forte.
No meio-campo, o entrosamento da dupla do Red Bull Leipzig, formada pelo capitão Majetschak e o criativo armador Abouchabaka, é um dos principais fatores para a saída de bola inteligente e o alto volume de jogo da equipe.
No ataque, Jann-Fiete Arp, centroavante do Hamburgo que já desperta interesse dos gigantes da Inglaterra, é o ponto de referência. Alto e com boa mobilidade, é uma boa opção tanto na jogada aérea quanto nas inúmeras triangulações do forte time alemão.
Bósnia Herzegovina
Estreante em 2016, a Bósnia fez um papel razoável em sua primeira participação no Europeu. Para 2017 a equipe manteve a perspectiva de se fixar entre as melhores do continente, mas a fase de qualificação apertada gerou dúvidas.
Os bósnios se classificaram com a última vaga entre os segundos colocados do Elite Round, com 4 pontos conquistados em um grupo com Inglaterra, Eslovênia e República Tcheca.
A equipe tenta apostar na defesa, muito por conta de um de seus grandes destaques, o ala Dobrica Tegeltija, que joga no Vojvodina-SER. O zagueiro Rijad Sadiku é o outro pilar do setor defensivo.
O meia-atacante Eldin Omerovic, do Sloboda-Tuzla, é o centro das atenções quando a equipe está com a bola. Em uma jogada de habilidade, é capaz de encontrar o atacante Sikanjic, do Estrela Vermelha-SER, em condições de decidir o jogo, e, quem sabe, uma vaga inédita nas quartas.
Sérvia
Herdeira da tradição iugoslava de revelar bons jogadores, a Sérvia chega ao Europeu com um time competitivo, que aparece como favorito pela segunda vaga do grupo. O time tem vários jogadores que, apesar da pouca idade, já contam com experiência profissional em seus clubes.
A estrela é o atacante Filip Stuparevic, do Vozdovac-SER, que sabe misturar bem a força física com a inteligência para finalizar as jogadas. Stuparevic ainda consegue jogar um pouco mais recuado. No ano passado, o canhoto se tornou o atleta mais jovem a jogar o campeonato sérvio.
Apesar do brilho do atacante, algumas outras joias da Sérvia merecem atenção. É o caso do bom goleiro Milos Gordic, do Estrela Vermelha, e dos meias Amin Djerlek e Mihajlo Neskovic, jogadores inteligentes e capazes de marcar e distribuir o jogo com qualidade.
Irlanda
Ao se falar no futebol irlandês já vem o velho clichê à mente: Jogo duro, chute pro alto, correria e jogadas aéreas. Mas apesar da dificuldade de mudar uma mentalidade centenária, o atual time sub-17 da Irlanda tenta jogar com a bola no chão, sob a batuta do técnico Colin O’Brien.
A boa campanha da equipe, com 6 vitórias e apenas 2 gols sofridos em toda a fase de qualificação, acabou chamando a atenção. Principalmente para o trio de ataque, que bagunçou as defesas rivais.
Adam Idah, do College Corinthians, Aaron Connolly, do Brighton & Hove-ING, e Rowan Roache, do Blackpool-ING, invertem de posições em vários momentos para confundir os marcadores, e possuem faro de gol. Mas é Connolly, autor de 7 gols nas eliminatórias, quem chama mais atenção.
Jordan Doherty, zagueiro do Sheffield United-ING, é sinônimo de segurança na defesa. Armas essenciais para conquistar uma vaga nas quartas.
Grupo D
Holanda
Sempre credenciada pela grande tradição nas categorias de base, a Holanda é, mais uma vez, esperança de jogo bonito e talentos individuais em alta dose para os fãs de futebol.
Classificada com excelente campanha, incluindo 100 % de aproveitamento na fase de classificação, os holandeses confiam em um talento acima da média: Juan Familia Castillo. O meio-campista do Chelsea é o poder de decisão de uma seleção sólida.
Com capacidade de drible e muita velocidade,saem dele as principais jogadas ofensivas. Sempre muito bem auxiliado pelo ponta Myron Boadu, do AZ, e de Andrew Mendonca, do PSV.
No meio-campo, Achraf el Bouchataoui, do Feyenoord, define todas as ações. O capitão vai liderar uma seleção que entra forte e favorita na busca pelo terceiro título da competição.
Noruega
A busca pelo primeiro Mundial Sub-17 começou mal no sorteio. Apesar da geração talentosa, os noruegueses sentiram cair em um grupo tão forte, sobretudo pela presença de Holanda e Inglaterra.
Os ingleses, inclusive, importaram os dois maiores expoentes da seleção. Um deles, o meio-campista Edvard Tagseth, acabou de acertar com o Liverpool.
Badalado, o jogador é visto como grande esperança do país. A qualidade e tranquilidade para atuar impressionam a todos. É jogador da geração /01, mas deve surpreender já no Europeu deste ano.
Outro destaque é Colin Rosler, do Manchester City. Volante marcador, caracteriza-se pelo bom passe e roubadas de bola. Faz parte de um time muito vencedor na Inglaterra.
Ucrânia
Totalmente formada em casa, a seleção da Ucrânia busca ir bem novamente no Europeu Sub-17 – última ótima campanha foi em 1994, com uma terceira colocação.
Para chegar ao objetivo, a aposta é na base do Dinamo de Kiev. São 12 atletas convocados na primeira lista do país, que contemplou 21 atletas. Logo, o entrosamento será um dos pontos positivos da equipe.
O craque, no entanto, é do Shakhtar Donetsk. Oleksiy Kashchuk é meio-campista, mas foi artilheiro do time na fase de classificação, com quatro tentos anotados.
Mykyta Tytaievskyi, do Chornomorets Odessa, e Vadym Mashchenko, do Dinamo de Kiev, são outros meio-campistas de uma seleção que não empolga, mas pode fazer do setor seu grande ponto positivo.
Inglaterra
Talvez a maior favorita ao título. Difícil encontrar uma equipe com tantos talentos individuais quanto os ingleses no Europeu Sub-17 de 2017. Do meio-campo para frente, há no mínimo oito jogadores citados como muito acima da média na categoria.
Até mesmo Angel Gomes, talvez melhor meia da atual geração, não faça tanta falta. Ele se lesionou e é desfalque da seleção que busca o terceiro título.
Difícil não citar os atacantes Sancho, do Manchester City, e Brewster, do Liverpool. Com velocidade aliada à potência e técnica, são quase imparáveis atuando juntos.
Eles ainda terão a companhia de Emile Smith-Rowe, do Arsenal, e Callum Hudson-Odoi, do chelsea, outros dois atacantes de muito talento. No meio-campo, Phil Fodem, craque do City, e George McEachran, do Chelsea, são os responsáveis pela criação.