Enquanto na divisão principal do estado ainda persiste o debate sobre o formato ideal de torneio (ou até mesmo sobre a sua necessidade), a edição de 2015 da Série A-2 do Campeonato Paulista promete ser a mais disputada dos últimos anos. Clubes tradicionais de São Paulo, antigos campeões estaduais e até mesmo nacionais se enfrentam em busca de uma retomada aos tempos em que eram temidos, e tem até clube caçula querendo mostrar que pode ser grande. É por isso que o Alambrado apresenta o Guia da Série A-2, analisando os destaques de cada um dos 20 times em disputa pelas 4 vagas do acesso, além de possíveis surpresas que o campeonato possa reservar. Confira!
Água Santa
Tradicional clube amador de Diadema e campeão de vários troféus na várzea, o Água Santa disputou seu primeiro jogo entre os profissionais em 2013 e conquistou 2 acessos consecutivos desde então. Sob o comando do técnico Márcio Ribeiro, o Netuno tenta manter a rotina de sucesso para seguir o exemplo de seus vizinhos da região do ABCD e incomodar os grandes do país. A equipe conta com atletas experientes, como o meia Francisco Alex (ex-jogador do São Paulo) e os recém-chegados Borebi e Makanaki, que destaca a rodagem do grupo como um fato diferencial: “O grupo aqui é experiente, a maioria dos jogadores tem 27 anos ou mais. Isso facilita porque já são atletas que conhecem o estilo do campeonato e sabem o que precisam fazer para conseguirmos as vitórias. Os jovens são um trabalho mais a longo prazo, mas é importante contar com eles no elenco”. Com o apoio de uma torcida fanática que acompanha o time desde os tempos de várzea, o Água Santa pode ser uma das surpresas desta edição.
Time-base: Maurício; Jonathan, Cícero, Rafael e João Paulo; Wanderson, Serginho, Wellington e Francisco Alex; Rafael Martins e Julio Madureira
Técnico: Márcio Ribeiro
Atlético Sorocaba
O Atlético é administrado desde o ano 2000 pela Igreja da Unificação, criada pelo Reverendo Sun Myung Moon. Depois de um período de grandes investimentos, a instituição parou de colocar dinheiro no clube em 2013, o que provocou a queda para a série A-2 no ano passado. Apesar da crise financeira, o time trouxe vários reforços para a disputa do torneio, como o lateral-direito Alex, que disputou o Brasileiro da Série B em 2014 pelo Avaí, e o meia Bismarck, ex-Icasa. Eles se juntam a uma base que já disputou a Copa Paulista do ano passado, com destaque para o goleiro Adinam e os meias Rafael Tufa e Romário. O entrosamento do grupo pode ser fundamental para fazer com que os sorocabanos não sintam falta da elite por muito tempo. “A expectativa para a Série A2 é boa e o grupo é bom, tem respondido. Cada jogo é uma decisão e temos que encarar dessa forma”, avalia o treinador João Batista.
Time-base: Adinam; Alex, Dezinho, Doni e Marquinhos; Rafael Tufa, Diego Marangon, Elielton e Romário; Caihame e Canga
Técnico: João Batista
Batatais
O Fantasma da Mogiana teve uma preparação pouco usual para a disputa da Série A-2. Após pouco mais de um mês no comando da equipe, o técnico Sandro Gomes foi sacado no começo de janeiro e substituído por Adriano Kanaã, indicado pela empresa HC Promoções e Eventos Esportivos, parceira do clube. Além disso, o clube pretende contar com o folclórico atacante Carlinhos Bala, que aos 35 anos disputará a primeira fase do campeonato pernambucano pelo América-PE e deve desembarcar em Batatais no mês de fevereiro. “Essa vai ser a primeira vez que eu vou jogar em São Paulo, e a expectativa é boa. Será bem legal”, afirma Bala. Além dele, a esperança de gols fica por conta do experiente atacante Luciano Gigante, no time desde 2013. Os empresários especulam um investimento de cerca de 700 mil reais durante o campeonato, tentando colocar o clube de 95 anos pela primeira vez na divisão principal do futebol paulista.
Time-base:
Eduardo; Maurício Jr., Marcão, Jéferson Volpi e Jonathan; Lucão, Álvaro, Raul; Flávio, Marreta e Luciano Gigante
Técnico: Adriano Kanaã
Catanduvense
Com o perdão do óbvio trocadilho, a bruxa que serve como mascote do Catanduvense andou solta nos cofres do clube nos últimos anos. O acúmulo de dívidas, num valor estimado de 3 milhões de reais, fez com que a direção cogitasse desistir da disputa do Campeonato Paulista deste ano, mas um grupo de empresários locais garantiu a montagem do time para o torneio. A ordem é economizar e o elenco é modesto, mas conta com rostos conhecidos, como o volante Djair, que disputou o último Brasileirão pelo Coritiba, e o atacante Leandro Guerreiro, que brilhou com as camisas de Corinthians e São Paulo. “ O campeonato é difícil, muito pegado, de muita disputa. Eu espero que a gente possa chegar preparado para esse desafio e sonhar alto para tentar levar o Grêmio à primeira divisão”, conta Leandro.
Time-base:
Guilherme; Manjinha, Paulo Brumatti, Vitor e Marcelo Santos; Ricardo Oliveira, Djair, Juninho e Vinicius Leite; Marcão e Leandro Guerreiro
Técnico: Ivan Canela
Comercial
O Comercial conquistou acessos nas 2 últimas vezes em que disputou a Série A-2, em 2011 e 2013, mas em ambos os casos o time não conseguiu se manter na elite por uma temporada sequer. Em 2015, a promessa é de um time forte que possa chegar à elite mais uma vez, mas dessa vez continuar por lá. Para isso, a equipe comandada pelo técnico Play Freitas tenta mesclar velocidade e técnica, com jogadores como o lateral-direito Tiago Baiano (ex-ASA) e o atacante veterano Marcinho Beija-Flor, que retorna ao Bafo após 10 anos rodando por clubes do interior. Outro destaque fica por conta de Gauchinho, promessa da base do União São João que chegou a ter passagem apagada pelo Corinthians e tenta retomar o rumo de sua carreira. “Tive a oportunidade de marcar muitos gols, isso me levou a um clube grande. Infelizmente, passei muitas dificuldades, dei bobeira, era muito jovem. Estava distante da minha família e acabei me perdendo nas baladas”, revela.
Time-base:
Marcelo Henrique; Tiago Baiano, Lucas Silva, Celso e Assis; Misael, Elizeu, Matheus Santos e Juninho; Gauchinho e Marcinho Beija-Flor
Técnico: Play Freitas
Ferroviária
A Ferroviária chega para a disputa da série A-2 com cerca de 2 meses de preparação para o torneio, tentando voltar à elite paulista pela primeira vez desde 1996. Naquela época, os problemas financeiros fizeram com que o time chegasse a disputar a quarta divisão do Estado, mas nos últimos anos uma reformulação trouxe a tradicional Ferrinha de volta à briga por espaço. O time de Araraquara conta com a moderna Arena da Fonte Luminosa e um time entrosado para conseguir um lugar entre os 4 melhores. Montada em um esquema 4-3-3, a equipe deve levar perigo com as subidas do lateral-direito Paulo Henrique ao ataque, e a técnica de Danilo Sacramento na organização do meio-campo. “Tivemos seis amistosos e só perdemos um. Mas o que mais me interessou foi a performance da equipe. Conseguimos tornar as ideias em comportamento e essa era minha maior preocupação. Estamos com um plantel enxuto, mas no geral nossos jogadores estão muito empenhados”, avisa o técnico Milton Mendes
Time-base:Rodolfo; Paulo Henrique, Neguete, Luan e Renato Xavier; Milton Junior, Renan e Danilo Sacramento; Fio, Thiago Adan e Elder
Técnico: Milton Mendes
Guarani
Um estranho no ninho. É assim que o torcedor bugrino tem se sentido nos últimos anos, vendo o clube que até pouco tempo disputava títulos em âmbito nacional ser seguidamente rebaixado e enfrentando crises dentro e fora de campo. Após campanhas pífias tanto na A-2 como na série C do ano passado, em que o Guarani escapou por pouco de outro descenso, a diretoria resolveu dar continuidade ao trabalho do técnico Marcelo Veiga, que destacou o orgulho de fazer parte do clube: “Estou feliz em estar à frente do Guarani. Que os jogadores façam um grupo competitivo. Ficar na historia do clube é superimportante. Qualquer profissional vai se valorizar em um clube desse porte”, explica o comandante do Bugre. Além da manutenção do treinador, o alviverde investiu na contratação de nomes conhecidos, como o atacante Nunes, ex-Santo André, o goleiro Neneca, que disputou a série B de 2014 pelo América-MG, e o zagueiro Preto Costa, que já atuou na Portuguesa. Eles se juntam ao meia Fumagalli, um dos poucos ídolos recentes do clube, para formar um dos mais fortes candidatos ao acesso.
Time-base:
Neneca; Oziel, Rafael Caldeira, Preto Costa e Bruno Pacheco; Copetti, Thiago Carpini, Malaquias e Fumagalli; Adalgiso Pitbull e Nunes
Técnico: Marcelo Veiga
Guaratinguetá
“1º Campeão Paulista do Interior – 2007”. A frase, pintada em um dos muros do estádio Dario Rodrigues Leite, é motivo de orgulho para o torcedor do Tricolor do Vale, mas também marca a saudade de um passado não tão distante, mas que mostrava uma situação bem diferente da atual. Após quase cair para a A-3 no Paulista do ano passado, o time não passou da primeira fase da série C, e teve uma preparação conturbada para a A-2 desse ano, apresentando o elenco somente na última semana antes da estréia. O grupo reformulado e reduzido que tenta o acesso na base da superação tem como destaque o atacante Sócrates , artilheiro das últimas 2 edições da quarta divisão de São Paulo, em 2013 pelo União Suzano e em 2014 pelo Nacional. O time é treinado por João Telê, que divide suas atenções entre o Guará e as categorias de base do Lemense. “São jogadores promissores e de muita qualidade. É um plantel bom e barato. Tenho certeza que vamos surpreender muitos “, conta o técnico.
Time-base:
Flaysmar; Jailson, Giuseppe, Lucão e Ralf; Dinda, Augusto, Thiago e Dodô; Gabriel e Sócrates
Técnico: João Telê
Independente
O Independente surpreendeu muita gente no ano passado com a campanha sólida que rendeu o vice-campeonato da série A-3 e a chegada nas semifinais da Copa Paulista. Para se manter na ascendente o clube procurou manter a base forte de 2014 e reforçar o elenco com contratações pontuais, como o atacante Jonathan, que se destacou com a camisa do Brasil no Sulamericano Sub-17 de 2007 e tenta um recomeço na carreira após as seguidas lesões no joelho que impediram seu sucesso nas passagens por Palmeiras e Corinthians. A equipe também conta com atletas acostumados com esse tipo de competição, como o goleiro Marcelo Bonan, ex-São Bernardo, e o volante Walker, que se destacou com a camisa do Juventude. Segundo o técnico Fernando Gaia, o segredo para o sucesso é a boa administração do clube: “Existe aqui um planejamento muito bem assessorado pela empresa Arte da Bola, que conta com grandes profissionais que trabalham dia e noite para o bem do Galo. Naturalmente, o bom trabalho que é feito fora de campo, reflete dentro dele”, explica.
Time-base:
Marcelo Bonan; Denner, Josimar e Xandão; Walker, Diogo, Tiago Silva, Allyson e Andrezinho; Jonathan e Julio César
Técnico: Álvaro Gaia
Matonense
Longe da elite do futebol paulista desde 2002, a Matonense tenta repetir a façanha conquistada nos anos 90, quando conseguiu uma série de três acessos consecutivos que culminou na disputa da divisão principal. Após ter passado por sérias dificuldades financeiras em meados dos anos 2000, o time se reestruturou e conquistou o título da B-1 em 2013 após uma virada histórica contra o Água Santa na final, e o quarto lugar na A-3 do ano passado foi suficiente para garantir mais um acesso. Agora, o clube tenta manter a rotina ascendente mesmo após o atraso no início da preparação para o campeonato. A esperança de gols fica por conta do atacante Adilson, emprestado pelo XV de Piracicaba e recuperado de um problema no coração que encurtou sua passagem pelo Corinthians em 2013. “Uma equipe equilibrada é o que buscamos nesse período. Um time posicionado, com cada jogador sabendo a função que terá de executar em várias situações”, disse o técnico Ito Roque.
Time-base:
Wilson Júnior; Denner, Diogo, João Pablo e Assolan; Elsinho, André Cunha, Jonathans e Diego Pituca; Lucas Biselli e Adilson
Técnico: Ito Roque
Mirassol
O Mirassol não conseguiu o acesso em 2014 por detalhes. O clube terminou a primeira fase empatado em pontos com o Marília, mas com uma vitória a menos, o que frustrou as esperanças dos torcedores do Leão. Em 2015, o time tentará honrar a reputação conquistada no ano passado de uma equipe difícil de ser batida em seus domínios, usando o estádio José Campos Maia como um alçapão. No elenco, nomes conhecidos como o do capitão Jorge Luiz e o atacante Marcelo Toscano tentam dar o toque de experiência necessário para não ficar no quase mais uma vez. Além deles, juntam-se ao elenco peças importantes da campanha de sucesso do Capivariano no ano passado, como o goleiro Wanderson, o zagueiro Petterson Martins e o técnico Evaristo Piza, que aposta na regularidade como a chave para conquistar o acesso. “Uma equipe equilibrada é o que buscamos nesse período. Um time posicionado, com cada jogador sabendo a função que terá de executar em várias situações”, explica.
Time-base:
Wanderson; Alex Santos, Petterson Martins, Jorge Luiz e César; Xaves, Alex Silva, Jefferson Maranhão e Marcos Paraná; Bruno Nunes e Marcelo Toscano
Técnico: Evaristo Piza
Monte Azul
O Monte Azul inicia sua quinta participação consecutiva na Série A-2 com um elenco jovem e perspectivas modestas. Mesmo que por um lado vários jogadores já tenham certo entrosamento por conta da disputa da Segunda Divisão pelo Olímpia no ano passado, as expectativas são de um time pé no chão e ciente de suas limitações. O período de preparação foi curto, com alguns jogadores sendo apresentados somente na última semana antes da abertura da competição, caso do atacante Vitor Flora, que foi embora cedo do Brasil para uma tentativa frustrada no Liverpool. Para comandar uma equipe recheada de jogadores jovens, a diretoria do Monte Azul optou por promover o técnico Bercinho, que estava nas categorias de base do clube até o final de 2014, e acredita que os primeiros jogos serão fundamentais para que o time não faça feio: “Ao todo, nós temos seis dos nove primeiros jogos em casa, então temos que buscar os resultados positivos para saber onde nós vamos galgar, se em cima ou embaixo (da tabela)”, afirmou.
Time-base:
João Guilherme; Luiz Guilherme, Jorge Miguel, Diego Rafael, Rafael Borel; Rodolfo, Gabriel, Thiago Fernandes; Émerson, Canela e Jean.
Técnico:
Eberson Serralheiro (Bercinho)
Novorizontino
Mesmas cores, mesmo mascote, mesmo hino. Agora só falta o mesmo sucesso. Muitas semelhanças marcam a relação entre o Grêmio Novorizontino, atual campeão da Série A-3 que disputa pela primeira vez a A-2 desde sua fundação, em 2010, e o GE Novorizontino, que chegou ao vice-campeonato da divisão principal em 1990. A equipe iniciou os trabalhos da pré-temporada em novembro, sob o comando do treinador Guilherme Alves, artilheiro do Brasileiro de 1999 pelo Atlético-MG. Os jogos preparatórios serviram para colocar o time entre os favoritos na disputa por uma das vagas. Após vitórias convincentes contra times que disputarão a A-1 (3×2 e 3×0 no Botafogo-SP; 2×0 no São Bento), a impressão que ficou foi a de um time ofensivo e eficiente, que tomará cuidado com a parte física para evitar desfalques. “Só vai jogar quem estiver descansado e cada partida será uma decisão”, explica o técnico Guilherme.
Time-base:
Veloso; Marcelo Bispo, Guilherme Teixeira, Perone e Lucas Newilton; Deda, Fágner, Railan e Pereira; João Paulo e Cléo Silva
Técnico: Guilherme Alves
Oeste
O Oeste conseguiu evitar por pouco o rebaixamento na série B nacional do ano passado, o que foi suficiente para fazer com que a diretoria resolvesse apostar na manutenção do técnico Roberto Cavalo e de boa parte do elenco que terminou 2014 no clube. Somente oito reforços foram apresentados, nas posições em que o time se encontrava mais carente. Entre os recém-chegados, destaque para o atacante Junior Negão, ex-América-MG que teve passagem relâmpago pelo Corinthians em 2007, e o volante Foguinho, que veio do Icasa. O entrosamento e o sólido sistema defensivo, liderado pelo zagueiro Ligger, são as maiores apostas do treinador para conseguir o retorno para a Série A-1. “Temos uma equipe forte na marcação, que costuma sair rápido para o jogo e que trabalha junto desde novembro. O entrosamento mais a qualidade individual vai fazer a diferença na busca do acesso”, conta Cavalo.
Time-base: Paes; Leandro Melo, Daniel Gigante, Ligger e David; Dionísio, Wagninho, Roger Gaúcho e Lelê; Serginho e Júnior Negão.
Técnico: Roberto Cavalo
Paulista
Após 13 participações seguidas na elite, o Paulista foi rebaixado no ano passado para a Série A-2 com a pior campanha da história do torneio, sem vencer nenhum jogo e somando apenas 4 pontos . Em 2015, a meta do Galo da Japi é conquistar certa estabilidade para voltar a alçar vôos mais altos em um futuro próximo. Com dificuldades financeiras, o clube não fez investimentos pesados para a disputa do campeonato, e recorreu às categorias de base para compor o elenco. Da Copa São Paulo de Futebol Júnior foram promovidos o goleiro Iago e o atacante Felipe Santos. Para guiar os atletas mais jovens, o Paulista conta com o retorno dos ídolos Fábio Gomes e Rodrigo Sabiá, que estavam presentes nas conquistas da Copa do Brasil de 2007 e da Copa Paulista 2010, respectivamente. O time ainda conta com a agilidade de Erik Mamadeira na frente e com a versatilidade do meia Felipe Lima, que promete muito esforço para conquistar bons resultados com o clube: “Tenho trabalhado forte no dia a dia para mostrar à comissão técnica que estou preparado para entrar em campo e ajudar o Paulista a conseguir as vitórias. Espero que o meu desempenho corresponda e agrade também os nossos torcedores, que serão fundamentais para nos ajudar na busca pelo título e pelo acesso”.
Time-base:
Ygor Vinhas; Brendon, Rodrigo Sabiá, Leandro Alemão e Pará; Maicon, Sandro Silva, Fábio Gomes e Felipe Lima; Erick Mamadeira e Rômulo
Técnico: Roberval Davino
Rio Branco
Fora da série A-1 desde 2010, o Rio Branco buscou implantar um modelo gestão mais moderno para tentar o retorno à elite. No ano passado, o clube fechou parceria de três anos com a empresa Zaka Sports e Marketing, que prometeu investimento pesado para os padrões do interior paulista, além de um remodelamento da imagem do Tigre de Americana. O time terminou a pré-temporada invicto em amistosos realizados contra equipes da primeira divisão, como a Ponte Preta e o XV de Piracicaba. O elenco é um dos poucos que foi fechado antes mesmo da competição começar, o que permitiu um entrosamento maior do grupo. Os destaque ficam por conta do atacante Jobinho, autor de 10 gols na campanha da Copa Paulista de 2014, e do volante Sampson, contratado junto ao Duque de Caxias. Mas o time não poderá contar com uma arma importante nos primeiros jogos: o estádio Décio Vitta foi interditado pela FPF. “O fator casa é muito importante por contar com o apoio da torcida. Dentro de campo quem estiver melhor vence, mas tendo a torcida apoiando é diferente. Também estamos habituados a treinar aqui, o que facilita. Se o estádio for liberado ajuda muito”, explica o técnico Fahel Júnior.
Time-base: Cleber Alves; Wendell, Émerson, João Gabriel e Nichollas; Romário, Sampson, Sandro Costa e Maicon Douglas; Jobinho e Fernando.
Técnico: Fahel Júnior
Santo André
Há 10 anos atrás, o Santo André se preparava para a histórica disputa de sua primeira Copa Libertadores, consequência do título da Copa do Brasil de 2004. O presente não é tão generoso, no entanto, e o clube inicia a Série A-2 tentando dar mais um passo para se reerguer no futebol do Estado. O segundo semestre do ano passado foi animador, com o Ramalhão conquistando o título da Copa Paulista em final contra o Botafogo-SP. O título foi conquistado sob o comando do técnico Ivan Izzo, que na montagem do elenco resolveu mesclar a base de 2014, que inclui jogadores como o atacante Muller Fernandes, um dos destaques da Copa paulista, com reforços em posições pontuais, como o zagueiro Tobi, que chegou do Bragantino. Outro destaque fica por conta do experiente volante Ramalho, que aposta na força do conjunto: “Temos uma mescla importante de jogadores dinâmicos e entrosados. O treinador é inteligente, conhece de futebol e estamos bem preparados para colocar o Santo André novamente na Primeira Divisão. Passamos perto no ano passado, mas acredito que agora vai dar tudo certo”, disse.
Time-base: Neto, Jean, Jonas, Tobi e Renato Peixe; Ramalho, Jackson, Michael e Cacá; Anderson Bartola e Muller Fernandes
Técnico: Ivan Izzo
São Caetano
Apagar a péssima impressão deixada nos últimos anos é a meta do São Caetano para 2015. No ano passado o time quase foi rebaixado para a A-3, escapando somente na última rodada, e foi rebaixado para Série D nacional. Para conseguir resultados parecidos com os do ínicio da década de 2000, o clube investiu em um nome conhecido: Luis Carlos Martins, o popular “Rei do Acesso”, será o comandante do azulão na A-2. Com 14 promoções de série no currículo, incluindo 13 apenas no Estado de São Paulo, ele ressalta a grandeza do clube para iniciar mais uma campanha de sucesso: “Vou procurar fazer meu trabalho da melhor maneira possível. Não adianta inventar. Para vestir a camisa do São Caetano precisa ter vontade. Senão, não adianta. Vamos corrigir os erros e buscar o melhor para o clube”, decretou Martins. Para driblar a falta de recursos econômicos, a estratégia utilizada foi de promover atletas da boa campanha realizada na Copa São Paulo, com destaque para o atacante Santiago, artilheiro do torneio com 8 gols. A criação de jogadas fica por conta do meia Xuxa, que teve passagem destacada pelo Mirassol
Time-base: Saulo; Angelo, Junior Alves, Sandoval e Bruno Recife; Leandro Carvalho, Esley, Neto e Xuxa; Diego Acosta e Wesley
Técnico: Luis Carlos Martins
União Barbarense
A preparação da Barbarense para a Série A-2 foi marcada por reviravoltas. Reforços que haviam sido contratados para a disputa da competição foram dispensados após o rompimento com a parceira do clube e a saída do gerente de futebol Fábio Oliveira. Correndo contra o tempo antes da estréia, o clube resolveu apostar no retorno de ex-atletas da própria Barbarense, como o atacante Jefinho, que estava atuando no futebol da Nicarágua. O técnico Ruy Scarpino foi alvo de sondagens por parte do Rio Branco, maior rival do time de Santa Bárbara d’Oeste, mas preferiu acreditar na manutenção de seu trabalho no clube, mesmo após os resultados desanimadores na pré-temporada: “ A equipe não evoluiu e dei oportunidades a todos, mas não encaixou. O desempenho da equipe foi muito abaixo do que esperava. O resultado serviu para mostrar que tem jogadores abaixo do que esperávamos e temos que melhorar bastante”, disse o técnico. O volante Rafael Fefo, revelado pelo Corinthians e que estava atuando no Kuwait, também chega para ajudar o Leão a fazer uma campanha digna
Time-base: Walter, Weriton, Vinicius, Camacho e Marcos Alemão; Rafael Fefo, Alex Araújo, Felipe Mateus e Melinho; Jefinho e Rodrigo Maranhão
Técnico: Ruy Sacarpino
Velo Clube
O Velo Clube encerrou 2014 com um planejamento fechado para este ano, esperando conseguir o acesso que escapou de suas mãos na reta decisiva do campeonato passado. O clube já tinha anunciado em outubro a contratação de reforços para a A-2 e a chegada do técnico Waguinho Dias, mas em janeiro a diretoria anunciou o encerramento de uma parceria que provocou nova remodelação do elenco. Waguinho foi substituído por João Vallim, que mesmo chegando em cima da hora conseguiu conquistar bons resultados na pré-temporada, com vitórias contra São Bento e Inter de Limeira. O novo investidor dispensou os reforços previamente contratados e foi atrás de outros nomes, como o ala Niander, que chegou do Penapolense, e o volante PC, emprestado pelo Corinthians. O time também conta com um reforço quase internacional: Judson, ex-jogador do São Bernardo que já disputou partidas pela seleção da Guiné Equatorial. “O grupo é bem coeso, bem leve pra trabalhar. Dessa forma fica mais fácil lutar pelo nosso objetivo”, declarou o meia.
Time-base: Igor; Misael, Dogão, Tiago Berardi e Calixto; PC, Niander e Judson; Valdo Gigante, Diego Higino e Renatinho
Técnico: João Vallim
