Veteranos, gêmeos e um velho ídolo no comando: As armas do Lokomotiv...

Veteranos, gêmeos e um velho ídolo no comando: As armas do Lokomotiv pelo título russo

Lokomotiv fica perto de conquistar título russo que não chega há 14 temporadas

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Farfán e Aleksei Miranchuk comemoram mais uma vitória do líder na Rússia (Foto: Reprodução)
Farfán e Aleksei Miranchuk comemoram mais uma vitória do líder na Rússia (Foto: Reprodução)

Desde que a União Soviética se dissolveu e foi criado o Campeonato Russo, em 1992, os torcedores do Lokomotiv Moscou foram obrigados a ver seus vizinhos do Spartak e CSKA combinando para um total de 16 títulos. A sorte só brilhou para os “ferroviários” em duas oportunidades – a primeira em 2002 e a segunda em 2004.

Ambos os títulos tiveram algo em comum: a presença do técnico Yuri Temin, ex-jogador do clube. As duas campanhas vitoriosas foram marcadas por times aguerridos, que mesmo sem grandes estrelas conseguiam se defender bem e cresciam em momentos importantes.

Muitos anos se passaram, mas a temporada 2017-18 reserva algumas coincidências que animam os torcedores da equipe rubro-verde. Temin é novamente o treinador do Lokomotiv, dessa vez com um elenco cheio de veteranos desacreditados, e juntos lideram a liga com cinco pontos de vantagem e um jogo a menos que o vice-líder, Spartak.

Mais uma vez a defesa forte parece ser a principal arma no esquema de Temin. Em 22 partidas disputadas o time sofreu apenas 15 gols, consolidando-se como a equipe menos vazada. Mas o Lokomotiv também conta com um ataque eficiente, cujo ótimo desempenho é até inesperado.

Quem poderia dizer, por exemplo, que Jefferson Farfán poderia correr como um garoto mesmo no alto de seus 33 anos? O meia-atacante peruano é o artilheiro do Lokomotiv na liga com 8 gols, e surge como nome mais forte na disputa pelo prêmio de craque do campeonato.

Outros “velhinhos” se destacam na equipe, como o ala português Manuel Fernandes, parte importantíssima no time de Yuri Temin com suas subidas pelos lados do campo. No ataque, o Lokomotiv ainda conta com o português Éder, heroi do título lusitano na Euro 2016, e o brasileiro Ari, que se destaca no futebol russo há pelo menos oito anos.

Apesar de tantos medalhões, o Lokomotiv também conta com alguns jovens que oferecem a vitalidade e a força para fazer o time andar. E os maiores expoentes são os gêmeos Aleksei e Anton Miranchuk, crias da base que atuam no meio do campo e já vêm aparecendo nas convocações da seleção russa.

O caminho para o título reserva mais oito partidas, algo que parece pouco mas soa como uma eternidade para um time que está com o grito de campeão entalado há 14 anos. Mas o Lokomotiv parece ter elementos suficientes para se sagrar nessa temporada como o melhor time no país da Copa.

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Jornalista, 23 anos. Amante do futebol bonito e praticante do futebol feio