Francis Jeffers, a grande contratação do Arsenal em 2001

Francis Jeffers, a grande contratação do Arsenal em 2001

Conheça o atacante que custou mais de R$ 10 milhões de euros em 2001

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Em 2001, o Arsenal apresentava o seu camisa 9 para a temporada 2001-02. Um reforço que custou aos cofres do clube mais de 8 milhões de euros. Francis Jeffers chegava ao Arsenal com moral. Aos 20 anos, vinha de quatro temporadas empolgantes. Era a grande promessa do Everton antes de Wayne Rooney.

Ao mesmo tempo em que demonstrava potencial gigantesco como centroavante, Francis, mesmo muito jovem, já sofria com lesões. Em quatro temporadas de Everton – estreou aos 16 anos, em 1997 -, machucou-se algumas vezes, com problemas no tornozelo e ombro.

O fim de temporada, porém, consagrou o atacante como um dos mais letais da Premier League. Era o atleta que menos precisava de minutos para marcar gols. Apenas 117 minutos, menos tempo até do que craques do talento de Owen e Henry.

Com isso, o Arsenal decidiu arriscar. A oferta de renovação do Everton era vantajosa para Jeffers, mas a demora para o acerto deu força ao clube londrino. Na janela de transferências da temporada 2001-02, o acerto foi confirmado. O atual campeão inglês acertava com o jovem astro. Como Arsene Wenger desejava. Como o Arsenal gostava.

Francis Jeffers com a camisa do Arsenal (Foto: Divulgação/arsenal.com)
Francis Jeffers com a camisa do Arsenal (Foto: Divulgação/arsenal.com)

Por 8 milhões de euros, ele se juntava a Bergkamp, Pires, Henry, Ljungberg no time galáctico do Arsenal. E Jeffers chegava para briga por posição com Kanu e Wiltord, que ainda não tinham empolgado.

Jeffers tinha 18 gols em 49 jogos pelo Everton. Números impressionantes para um jovem de 20 anos. Na seleção sub-21, marcou 13 gols em 16 jogos, recorde compartilhado com Alan Shearer.

Ao chegar ao clube londrino, as expectativas eram altas. Pena, para ambos os lados, que o desfecho não foi como esperado. O começo, porém, não foi proveitoso por culpa do jogador – como em praticamente toda a sua carreira.

Após lesão no torneio em partida pela seleção da Inglaterra, a primeira temporada de Jeffers foi ao departamento médico. Apenas 10 partidas e dois gols na temporada. Para 2002-03, a esperança foi retomada. E a parte física também. Foi a melhor temporada de Jeffers pós-Everton: 28 partidas e seis gols, um deles contra o Chelsea. Ainda conquistou o bicampeonato da FA Cup e a Supercopa da Inglaterra.

Mesmo com confiança, o Arsenal decidiu emprestá-lo. Foi o Everton quem se interessou. O filho prodígio voltava ao clube. E lá encontraria Wayne Rooney. Era o encontro das duas grandes promessas do clube na década. E, justamente, a pior dos últimos anos. Foi 17º colocado da Premier League, escapando do rebaixamento apenas nas últimas rodadas.

Foram 22 jogos – sequência boa de partidas – e apenas dois gols. O declínio, aos 23 anos, era evidente. Desde lá, foram 10 clubes em nove anos. E, além da falta de sequência, a falta de tentos. O essencial para um goleador.

Ele rodou pelo mundo: Austrália, Escócia, e Estônia. Exato. Em 2013, com apenas 32 anos, aposentou-se. Chegou a marcar na única chance que teve com a camisa da seleção inglesa. O início que prometia se fez em nada. Contusões, falta de sequência e queda de rendimento a cada ano. O que causou a não evolução de Jeffers?

Fato é que ele entrou para a história como um dos maiores flops do Arsenal. E, por que não, da Inglaterra.

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