Como o caçula Altos-PI virou a “Manga Mecânica” da Série D

Como o caçula Altos-PI virou a “Manga Mecânica” da Série D

Conheça mais sobre o time que vem tirando o sono dos rivais na Série D

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Invicto na Série D, Altos é a sensação do torneio (Foto: Divulgação)
Invicto na Série D, Altos é a sensação do torneio (Foto: Divulgação)

O nome do time nada mais é que uma homenagem à cidade em que está sediado, mas bem que poderia ser um retrato dos resultados conquistados neste ano. Com uma campanha surpreendente para um time estreante, o Altos-PI é definitivamente a grande sensação da Série D até o momento.

Os números não mentem. Na primeira fase, o Altos atropelou praticamente todos os adversários, com cinco vitórias e um empate nos seis jogos disputados. E os triunfos vieram com estilo, sem piedade das defesas adversárias: Nada menos que 22 gols marcados, média de 3,66 por jogo.

São motivos de sobra para encher de orgulho a pequena cidade homônima, localizada a cerca de 40 quilômetros da capital, Teresina. E um feito ainda mais impressionante por se tratar de um clube fundado há apenas 3 anos.

Logo no primeiro ano de profissionalização, o Jacaré já conquistou o acesso para a primeira divisão do futebol piauiense. E o debute na elite do estado também foi positivo, com direito ao título do returno, que acabaria sendo invalidado após a descoberta da escalação de um jogador irregular.

Sabendo da dificuldade na disputa da Série D, a diretoria do Altos buscou um medalhão que pudesse dar toques de experiência ao elenco. O escolhido foi o atacante Carlinhos Bala, de 36 anos, que encarou o desafio de tentar o acesso à Série C depois de fazer sucesso com as camisas dos três grandes do Recife.

Manoel é destaque em um time que preza pelo ataque (Foto: Reprodução)
Manoel é destaque em um time que preza pelo ataque (Foto: Reprodução)

Bala de fato tem contribuído muito para o sucesso da equipe, mas o grande nome do Altos na campanha arrebatadora é outro, um tanto mais modesto. Trata-se do centro-avante Manoel, que com 10 gols marcados detém a artilharia isolada da competição.

Somam-se aos dois o atacante Genesis, autor de 5 gols no campeonato, e está montado o trio ofensivo que rendeu ao Altos o apelido de “Manga Mecânica”, dado pelos torcedores em referência à fruta abundante na cidade e ao bom futebol da equipe.

Apesar do estilo ofensivo, o Altos não chega a ser nenhum time kamikaze, contando também com uma defesa sólida o suficiente para dar suporte aos jogadores de criatividade. Atuando no 3-4-3, a equipe treinada pelo técnico Nivaldo Lancuna mostra maturidade para fechar os espaços quando necessário.

Foi o que ocorreu no primeiro jogo do mata-mata da segunda fase, contra o América-PE. Vencendo por 2×1 após o intervalo, o Jacaré teve maturidade para frear a pressão dos mandantes e levar a vantagem para o Piauí. O jogo de volta acontece no sábado (30), às 16h, no Estádio Felipão.

Apesar da excelente campanha até o momento, é impossível cravar desde já o acesso do caçula, até pela natureza imprevisível dos torneios eliminatórios. Mas o Altos vem mostrando futebol suficiente para sonhar com um futuro ainda mais próspero.

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Jornalista, 23 anos. Amante do futebol bonito e praticante do futebol feio