A Itália coleciona desempenhos ruins nas últimas duas Copas do Mundo. Após 2014, muito se discutiu sobre a falta de renovação da seleção italiana – em alguns pontos, totalmente corretos. Porém, mesmo na última Copa do Mundo, nomes mais jovens surgiram com força no cenário nacional, como Verrati e Insigne.
No entanto, outras gerações, mais jovens, parecem estar fortalecidas. Apesar do jejum de títulos, as equipes italianas de base demonstram crescimento nos últimos torneios. No Europeu sub-17 de 2013, as gerações /96 e /97 empolgaram os italianos.
Porém, apesar de ainda jovens, poucos atletas decolaram. O principal expoente é Alberto Cerri. O gigante foi revelado pelo Parma e era o camisa 9 da seleção italiana que levou o vice-europeu sub-17.
Com o porte físico que lembra Luca Toni e outros camisas 9 italianos, Cerri também impressiona pela velocidade e qualidade com a bola, já que possui nada mais nada menos que 1,93cm.
Nas categorias de base, impressionou com gols e liderança. A capacidade de inspirar a equipe e lutar pela vitória saltavam aos olhos de quem via a Itália sub-17. E foi justamente nesta equipe que Cerri demonstrou todo o seu potencial.
Foram 31 partidas e 12 gols pela categoria. Juntando todas as equipes de base, são 22 gols em 60 partidas. Apesar da pouca idade, Cerri é experiente e rodado. E não apenas na seleção italiana.
Como profissional, desde que estreou, na temporada 2012-13, pelo Parma, Cerri jogou 32 partidas e marcou cinco gols. O espírito goleador da época das categorias de base permaneceu no jovem. O número de gols modesto talvez seja explicado pelos poucos minutos nas exibições.
Até por isso, vale ressaltar que Cerri é um jogador que se doa para a equipe. Não é apenas um goleador. Além de fazer bem o pivô, e servir os companheiros de time, Cerri tem ótimo senso tático, ajudando a defesa durante o jogo.
Pela altura, o promissor atacante sempre causa esperança nas bolas paradas. Além de ser alto, cabeceia muito bem e conta com uma impulsão acima da média. Com o desenvolvimento, este talvez seja o grande ponte forte do centroavante.
Assim com a capacidade de finalizar com as duas pernas. Apesar de ser destro, possui uma potente perna esquerda, capaz de causar dificuldades a qualquer goleiro. É possível observar a capacidade de finalização de curta e longa distância.
Cerri foi uma últimas grandes promessas do Parma antes de o clube decretar falência. No começo da temporada passada, a Juventus aproveitou e contratou o jovem. Com muitos atacantes no elenco, logo foi emprestado ao Cagliari para ganhar experiência. E ritmo de jogo.
Na segunda divisão da Itália, Cerri disputou 11 partidas e fez um gol. A qualidade e a necessidade de melhora em alguns pontos da partida são notáveis. Caso se inspire nos grandes centroavantes italianos, Cerri deve dar certo.
Não há melhor escola. Ainda mais para aqueles estilo Luca Toni, que “enganam” pelo estereótipo de “jogador caneludo”.
