A primeira vez de Barcelona e Juventus

A primeira vez de Barcelona e Juventus

Relembre com a equipe do Alambrado os primeiros títulos de Champions League de Juve e Barça

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A Orelhuda tão desejada (Foto: Reprodução/culturamix.com)
A Orelhuda tão desejada (Foto: Reprodução/culturamix.com)

Neste sábado (05), será disputada mais uma final de Champions League. A famigerada decisão colocará frente a frente duas potências europeias: Barcelona e Juventus. O clube espanhol tentará a sua quinta conquista. Já os italianos buscam o tricampeonato do torneio. Como aquecimento, a equipe do Alambrado traz os primeiros títulos conquistados pelos dois clubes na história da competição.

Juventus (1984-85)

A poderosa Velha Senhora se orgulha de ter uma das camisas mais tradicionais do futebol mundial. Em âmbito nacional, ninguém tem mais títulos que a Juventus. Porém, em Champions League, a história é outra. Com duas conquistas, os bianconeros estão atrás de Inter (3) e Milan (7). Os rivais estão acima e também conquistaram o título primeiro que a Juve.

O fardo do jejum só acabou mesmo na temporada 1984/85. Com Giovanni Trapattoni no banco de reservas, e um vasto número de títulos italianos na década, só faltava a conquista européia. E ela veio em uma das finais mais polêmicas e trágicas da história do futebol. Em meio a tragédia de Heysel, que vitimou 39 torcedores e foi um marco para o futebol europeu, a equipe de Turim conquistava a glória máxima.

E o grande responsável pela conquista foi Michel Platini. Melhor jogador do mundo à época, o meio-campista era o grande craque da Juve. Envergando a camisa 10, foi dele o gol de pênalti, aos 15 minutos do segundo tempo, que decretou a vitória por 1 a 0.

Um jogador diferenciado em meio a tantos craques. Principalmente na defesa. O sistema defensivo tinha dois campeões mundiais com a Itália em 1982: os ótimos Scirea, capitão da equipe, e Cabrini. No gol, Tacconi era a segurança.

A consistência da defesa foi vista na final. Mas a equipe não se resumia a isso. O meio-campo formado por Tardelli – um dos craques italianos na Copa de 1982 -, Platini e o craque polonês Boniek era muito forte. Os três abasteciam o goleador Paolo Rossi, centroavante matador.

Foram esses os grandes responsáveis pelo primeiro título da Juve. Uma geração vencedora na Itália e na Europa, considerada por muitos a melhor da história do clube. Uma comemoração contida por uma tragédia.

Barcelona (1991-92)

O Barcelona sempre foi grande. Os títulos espanhóis, as ótimas campanhas europeias e a grande fase que Cruyff viveu no clube dimensionavam um dos maiores times da Europa. O grande problema, que incomodava os torcedores blaugranas, era o Real Madrid.

Os madridistas já eram considerados o grande clube do mundo. Um gigante. Motivado, é claro, pelas seis Champions League e inúmeros campeonatos espanhóis. Até o início dos anos 90, a supremacia em relação a títulos europeus sobre o Barcelona era evidente.

O clube culé precisava dar um passo a mais: ser gigante. Aproveitando um longo jejum vivido pelo rival, o Barcelona aproveitou a competição de 1991/92 para se tornar campeão pela primeira vez. Aproveitou ter no banco o mestre Cruyff e uma filosofia que se perpetuou durante muito tempo.

O Dream Team criado no início da década de 90 encantava o planeta. A filosofia do toque de bola e valorização da posse faziam daquela equipe um gigante. A chegada do holandês ao comando técnico do clube ocorreu em 1988. As atenções voltadas para os jogadores espanhóis (Guardiola, Bakero e Bigiristain) e contratações pontuais de jogadores técnicos (Koeman, Stoichkov e Laudrup) fizeram efeito.

Os quatro títulos espanhóis consecutivos entre 1991 e 1994 dão noção da hegemonia blaugrana na década. A conquista da grande competição europeia foi consequência. A ótima campanha na temporada 1991/92 levou a equipe até a final contra a surpreendente Sampdoria.

Em Wembley, o domínio do Barcelona não parecia ser suficiente. No contra ataque, os italianos eram mais perigosos. Somente Koeman, grande zagueiro-artilheiro, foi capaz de fazer um gol. E que golaço.

Aos sete minutos do segundo tempo da prorrogação, ele chutou uma falta de muito longe. A potente perna esquerda conseguiu vencer Pagliuca. Euforia completa dos torcedores do Barcelona. O passo estava dado. O Dream Team se agigantou e marcou o seu nome na história do esporte.

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