O Arsenal não teve muita sorte em competições europeias. Sem jamais ter vencido a Champions League, a equipe de Londres também nunca levou a Copa da UEFA, segunda competição do continente. De título, somente a Copa das Feiras, na temporada 1969/70, e a Taça das Taças, na edição 1993/94.
Porém, isso poderia ser diferente. Na Copa da UEFA, o Arsenal acumula um vice-campeonato. Mas foi em 1978/79 que o time teve a primeira grande frustração na competição. Classificados e empolgados com a possibilidade de conquista, os londrinos chegaram para a disputa com uma equipe forte.
Após o vice-campeonato da FA Cup e uma quarta colocação no Inglês na temporada anterior, os Gunners continuaram com a mesma base: Frank Stapleton, Liam Brady e Alan Sunderland se destacavam. O treinador era Terry Neill, que ficou por quase sete temporadas no clube.
Com alguns jogadores irlandeses e um estilo de jogo bem sólido, o clube londrino não chegou a incomodar no Inglês – terminando o torneio na sétima colocação. Porém, nas copas, a história foi outra.
Na FA Cup, título emocionante diante do rival United. Na Europa, a história não terminou tão bem. No começo, empolgou. A primeira fase colocou o Lokomotive Leipzig à frente. Duelo tranquilo, que terminou em 3 a 0, atuando como mandante, e 4 a 1, jogando na Alemanha.
Já na segunda fase, a equipe pegou logo de cara o Hajduk Split, campeão iugoslavo daquela temporada. Fora de casa, sufoco. Diante de uma torcida eufórica, os londrinos saíram atrás do placar, aos 13 minutos. Cop fez para os iugoslavos. Aos 16, Brady empatou. Porém, o jogo seguiu em ritmo forte, e, aos 39, Dordevic fez 2 a 1.
Na volta, a torcida do Arsenal também compareceu. Em mais um jogo complicado, somente Young, aos 38 minutos do segundo tempo, fez o gol para garantir a vaga nas quartas. Emoção em Londres, e chance do título inédito seguia.
Na próxima fase, um adversário com ainda mais tradição. O Estrela Vermelha tinha belo time, além de alguns jogadores da elogiada seleção da Iugoslávia, como Sastic, Petrovic e Savic. E novamente o Arsenal atuou a primeira partida como visitante. Mais uma vez, estádio lotado. E derrota. 1 a 0, com gol marcado ainda no começo de jogo, por Blagojević, aos 13 minutos.
O cenário da partida na volta era semelhante ao da fase anterior. Porém, sem o gol anotado fora de casa. Na base da força e pressão, a torcida do Arsenal pôde comemorar o primeiro gol da partida com o herói Sunderland. O atacante fez o que mais tinha de qualidade: cabeceou. Aos 24 minutos da segunda etapa, o duelo ficou igual.
Diante da necessidade de mais um gol para garantir a classificação, o Arsenal se jogou para o ataque. Porém, foi o Estrela Vermelha que empatou. Em excelente jogada pelo lado esquerdo, Savic, o artilheiro do clube, fez o gol dos visitantes, aos 42 minutos. Tristeza geral. E o início de uma decepção que passou a ser recorrente para o clube nas competições europeias.
Já o Estrela Vermelha foi até a decisão, em que perdeu para o Borussia Monchengladbach por 2 a 1 no placar somado. Campeonato que ficou no quase para ambos.