A plenitude de Diego

A plenitude de Diego

Relembre a passagem do meio-campista brasileiro no Werder Bremen

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As comparações entre Robinho e Diego fomentaram debates esportivos no início da década. Tal qual a discussão de quem era melhor, Neymar ou Ganso, a imprensa esportiva investiu bastante nessa questão no começo dos anos 2000.

Ao contrário do camisa 7 da Vila Belmiro, Diego não foi para uma potência na Europa. Em 2004, assinou com o Porto, à época campeão da Champions League. Porém, o desejo de explodir em solo europeu não se confirmou.

Já em 2006, uma mudança de rumo fez com que o jogador encontrasse um novo caminho. Por seis milhões de euros, o Werder Bremen contratou o meio-campista. A camisa 10 estava esperando o jovem de apenas 21 anos. Sim. Diego era muito jovem, diferentemente do que muitos pensavam.

A casa perfeita

O talento precoce do meia foi provado aos 17 anos, na campanha do Santos no Campeonato Brasileiro de 2002. Quatro temporadas depois, ele chegava para ser “o cara” de um clube que atravessava um momento importante.

E mais uma vez o início da caminhada foi positiva. Atuando como armador da equipe de Thomas Schaaf, Diego já começou com o pé direito. Em agosto de 2006, liderou o time, que contava com os atacantes Klose e Klasnic, ao título da Copa da Liga da Alemanha.

A adaptação ao país foi tão boa que Diego terminou o primeiro turno da Bundesliga 2006/07 como o melhor atleta da competição. Aliás, à época, até Franz Beckenbauer, um dos maiores jogadores da história, suspirava com o talento do habilidoso camisa 10.

“Ele é brasileiro, e é sabido que os brasileiros sabem jogar futebol melhor do que o resto do mundo. Ele é um jogador perfeito. Eu acho até que a diferença entre Bayern de Munique e Werder Bremen é, no momento, Diego”, falou Beckenbauer à imprensa naquela temporada.

Diego brilhou intensamente no Werder Bremen (Foto: Reprodução/spox.com)
Diego brilhou intensamente no Werder Bremen (Foto: Reprodução/spox.com)

Só de pensar que naquele campeonato, mesmo que o Werder Bremen tenha ficado na terceira posição, Diego recebeu o prêmio de melhor jogador do torneio. Uma distinção que enobrecia e premiava o armador, que completara 22 anos durante a temporada.

Naquele ano, o meia marcava um gols mais bonitos da história do Campeonato Alemão. Posteriormente, escolhido como o mais bonito da história do Werder Bremen. Contra o Alemannia Aachen, um gol para ficar marcado. Uma pintura.

A lacuna de um camisa 10 clássico no futebol brasileiro poderia ser preenchida pelo talentoso jogador. A idolatria por parte da torcida do Werder já começava a assustar a imprensa.

Campanha quase perfeita

No segundo ano na Alemanha, a estabilidade de Diego continuou. Sua técnica diferenciada ajudou o Werden a chegar à vice-liderança da Bundesliga, atrás apenas do sempre favorito Bayern.

Na temporada 2008/09, o jogador chegava ao status de líder máximo da equipe e ídolo incontestável. O que o meio-campista fazia dava certo. Conseguiu liderar o time, desacreditado, até a final da Copa da Uefa. Ele desfalcou a equipe na decisão, e o título ficou com o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, na prorrogação.

Naquela temporada, foram 21 gols em 39 jogos. O talento de Diego despertou a atenção da Europa. Era inevitável a saída do jogador. O talento ficou grande demais para Bremen. Porém, o desempenho dele nunca mais foi o mesmo. A plenitude vivida por Diego durou somente três anos. O suficiente para entrar na galeria dos maiores ídolos de um dos principais times alemães.

 

 

 

 

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