O Mundial sub-17 entre clubes, disputado em Madri, na Espanha, findou neste domingo (31) a sua 11° edição com a coroação do Corinthians como tricampeão do torneio. Recorde histórico.
O clube do Parque São Jorge, bicampeão em 2010/11, mostrou novamente poder das suas categorias de base e demonstrou um bom futebol durante toda a competição. A conquista também serve para coroar a geração /98, uma das mais talentosas da história recente do clube. Categoria que em 2013 levou o Campeonato Paulista sub-15 em cima do São Paulo, outra potência.
Além do que, o clube vive um grande momento nas categorias de base. Atual campeão da Copa São Paulo, do Brasileiro sub-20, entre outros torneios importantes, a estrutura propiciada pelo Corinthians é de alto nível e se equiparou a outros grandes clubes do futebol brasileiro.
Alinhando estrutura, títulos e talentos, o momento do “antigo terrão” é especial. No ano passado, foram oito títulos. Como já dito aqui no Alambrado, o técnico Tite precisa dar oportunidades a jogadores que podem ajudar muito neste momento de reconstrução da equipe. Não é o caso (ainda) da geração /98.
Em Madrid, o Corinthians recebeu a pecha de um dos favoritos do mundial. Ao lado do Barcelona e Real Madrid, a equipe reunia grandes talentos da geração. Léo Jabá, atacante rápido e forte fisicamente, e Matheus Pereira, grande talento do Timão, eram as grandes esperanças do Corinthians. E se confirmaram.
Apesar da derrota inexplicável na primeira partida para o Atlético de Madrid por 3 a 0, o prestígio continuou grande. E a resposta foi rápida. Na segunda partida, 3 a 1 contra o Atlético Nacional, com gols de Pedro Vitor, Caio e Léo Jabá.
Nas semifinais, os 3 a 0 contra o Barcelona foram conquistados de forma merecida. Com o gol de Léo Jabá logo no começo do jogo, o Corinthians conseguiu anular Aleña e Perez, os dois principais jogadores espanhóis, e ainda fez outros dois gols: Léo Santos e Matheus Pereira.
A final contra o forte Atlético Nacional tinha gosto de revanche para os colombianos. Porém, mais uma vez os comandados de Marcio Zanardi foram perfeitos taticamente e contaram com os gols de Fabrício, Léo Jabá e Antônio para se sagrar campeões.
Ao fim do jogo, Matheus Pereira foi escolhido o melhor jogador do torneio. Dose extra de motivação para a promessa voltar a mostrar toda a técnica que encantou a todos no Corinthians. Léo Jabá, que para mim foi o melhor atleta da competição, também é outro que pode evoluir e já no ano que vem fazer parte do elenco principal do Timão.
Pedro Victor, jogador muito rápido e habilidoso, Renan, primeiro volante muito firme na marcação, e Léo Santos, zagueiro bem acima da média do torneio, são outras figuras que devem evoluir e abocanhar uma vaga no elenco do Timão em breve.
No Atlético Nacional, equipe vice-campeã, o artilheiro Sarmiento, cinco gols anotados, e o goleiro João Orozco, eleito melhor goleiro, são os principais destaques. Além deles, Zuluaga também mostrou ótimo futebol condizente ao estilo técnico da equipe colombiana.
Dos semifinalistas espanhóis, o Barça foi o que apresentou o melhor futebol. Aleña, camisa 10 e craque da equipe, deve ser, seguramente, o melhor jogador em potencial do torneio, porém, não fez uma boa partida contra o Corinthians. Assim como o ótimo atacante Pérez.
Já o Real Madrid, com um futebol sem criatividade e muito lento, apresentou pouco. Nem mesmo o astro holandês Mink Peeters brilhou intensamente.
Das surpresas, mais uma vez o Kashiwa Reysol demonstrou toda a grande evolução do futebol japonês. Muita qualidade no passe de bola e técnica no meio-campo, setor primordial para construção de jogadas.