Embora seja o cenário mais frequente, o Pacaembu nem sempre abrigou a final da Copa São Paulo. Com quase cinco décadas de existência, a tradicional competição já viu a disputa de título ser realizada em variadas canchas paulistas, como Morumbi, Parque São Jorge, Canindé, Parque Antártica e até mesmo o Estádio Universitário da USP.
Mas você, caro leitor, consegue se lembrar da última vez que a decisão da Copinha ocorreu fora do seu, do meu, do nosso Pacaembu?
Foi em 2008, quando Figueirense e Rio Branco desbancaram São Paulo e Internacional nas semifinais, respectivamente, e se opuseram no Estádio Nicolau Alayon, façanha já relatada aqui no Alambrado.
Na ocasião, o Estádio Paulo Machado de Carvalho estava fechado em função de amplas reformas, que envolveram a troca do gramado, o nivelamento do campo e mais uma série de mudanças, como a instalação do sistema de drenagem, do placar eletrônico, a modernização do bancos de reservas, da parte elétrica, além de revitalização da fachada.
Como havia clubes populares na briga pela taça, cogitava-se, naturalmente, o Morumbi como palco para a grande decisão. No entanto, a queda de ambos fez com que a Federação Paulista de Futebol (FPF) reconsiderasse o uso de um estádio com capacidade para mais de 60 mil torcedores, levando o embate para os domínios do Nacional-SP.
Em parte, a escolha da FPF mostrou-se acertada, pois mesmo com o acesso relativamente fácil, numa data comemorativa, o estádio localizado na Rua Comendador Souza não lotou. Por outro lado, foi ruim devido às condições do gramado, prejudicado pelo excesso de chuvas e de jogos, fator que atrapalhou o bom rendimento da partida.
Enfim, a escolha do Nicolau Alayon pôs fim a uma série de cinco finais consecutivas no Pacaembu. O último substituto dele até então havia sido o Canindé, em 2002. Hoje, o Paulo Machado de Carvalho caminha para sua nona final seguida de Copinha, um recorde absoluto.