O ‘artilheiro grosseiro’ que chegou à Copa do Mundo atuando na segunda...

O ‘artilheiro grosseiro’ que chegou à Copa do Mundo atuando na segunda divisão inglesa

Conheça a história do jogador do Wolverhampton que marcou histórias nos anos 80 e 90

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Steve Bull em uma cena comum: comemorando gols (Foto: Reprodução)
Steve Bull em uma cena comum: comemorando gols (Foto: Reprodução)

Um dos maiores artilheiros do futebol inglês não tem o mesmo charme de alguns ídolos do país que inventou o esporte. Não. Não pense em Rooney ou Hurst. Quem apresentou um artilheiro tipicamente inglês foi o Wolverhampton nas décadas de 80 e 90. E ele tem nome conhecido: Steve Bull.

O centroavante, autor de 250 somente pelo Wolves, é dos mais especiais de sua época. Nascido em 1965, não iniciou na base do clube. Mas chegou cedo. Aos 21 anos, saiu do West Brom para tentar algo no Wolverhampton, então, na quarta divisão inglesa. Um dos períodos mais difíceis do clube.

Steve, porém, foi um marco na recuperação da equipe. Na época, poucos se mostraram otimistas na volta do time aos tempos. E estavam errados. O Wolverhampton já era tricampeão inglês, títulos conquistados na década de 50, e tinha uma torcida de expressão.

Soma-se ao fato de fazer boas campanhas nas competições nacionais, e, com certeza, a quarta divisão não era seu lugar. Com Steve Bull, tudo mudou. A começar por sua primeira temporada no clube: 15 gols em 30 partidas pelo nacional. Porém, não foi suficiente para o acesso.

Na temporada 1986/87, sua mais goleadora, foram 52 gols em 58 jogos. Acesso conquistado. Além de subir para a terceira divisão, Bull foi um dos destaques da conquista do Sherpa Van Trophy, torneio com os times da quarta e terceira divisões inglesas.Junto com Andy Mutch, o título serviu para acabar com um jejum de oito anos sem títulos do Wolves.

Porém, o auge estava para vir. Na temporada seguinte, mais gols. Cinquenta em 55 jogos. A média impressionante foi mais uma vez muito importante para o segundo acesso consecutivo, agora para a Championship.

Gols de todos os jeitos, mas principalmente na área e de cabeça. A facilidade para marcar chamou atenção da seleção inglesa. Em 1989, ele foi chamado pela primeira vez para vestir a camisa da Inglaterra. Logo em sua estreia, gol contra a Escócia.

A bela impressão deixada e o seguinte bom ano o alçaram para um feito bem raro: ser convocado para a Copa do Mundo de 1990 atuando pela segunda divisão inglesa.

Naquela temporada foram “apenas” 27 gols em 48 partidas. O número alto em um nível maior de disputa não deixou dúvidas na convocação. O atacante brigador, forte e até mesmo “caneleiro” disputou uma Copa do Mundo. E participou de quatro jogos.

As participações pela seleção pararam por aí. Mas nada que deixasse Steve Bull triste. Ele participou de um dos maiores times ingleses em Copas, e pôde mostrar um pouco do que mais sabia fazer: gols. Foram quatro tentos em 13 jogos.

Ele atuou pelo Wolves por mais nove anos, chegando aos 250 gols em 474 partidas. Marca expressiva para qualquer atacante. E o mais importante: deixou o Wolverhampton na segunda divisão, muito longe da situação em que chegou ao clube.

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